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Notícias
11
nov
2009
(PAPEL E CELULOSE)
Celulose: preços têm novo aumento na América Latina
Seguindo um movimento global, os preços de celulose na América Latina continuaram a subir em outubro. De acordo com fontes ouvidas pela RISI, os níveis de preço da celulose branqueada de eucalipto (fibra curta) estavam US$40-50/tonelada mais altos em outubro em relação a setembro, puxados pela forte demanda do mercado de papel para fins sanitários.
Um contato chileno disse que, em outubro, os preços da celulose fibra curta e fibra longa na América Latina estavam respectivamente US$50/tonelada e US$30/tonelada mais altos do que no mês anterior "já que a demanda por celulose se encontra muito ativa". RISI apurou que a demanda de papel para fins sanitários está forte também na Argentina, o que tem estimulado o consumo de celulose e, consequentemente, o aumento de preços.
"Ajustamos o preço de celulose de eucalipto em toda a América Latina em outubro, refletindo a alta de preços implementada na Europa no mês anterior", um produtor afirmou. De acordo com a pesquisa mensal da RISI, porém, os preços de celulose branqueada de eucalipto em outubro de 2009 ainda ficaram cerca de 30% abaixo dos níveis praticados há um ano.
Uma fonte na Argentina comentou que os preços da celulose de fibra longa aumentaram US$50-60/tonelada em outubro. Outro contato no Brasil mencionou que está importando celulose de fibra longa de produtores na América Latina por preços US$30-40/tonelada mais altos se comparados aos níveis de setembro. "A oferta de celulose de fibra longa está restrita no momento, já que os produtores, principalmente os chilenos, estão exportando maiores volumes para a Ásia", uma fonte destacou.
No México, os níveis de preço de celulose têm mostrado uma trajetória crescente também. Contatos locais disseram a RISI que os preços de celulose de fibra longa subiram US$40/tonelada entre setembro e outubro enquanto os embarques de celulose permaneceram estáveis. No período, os preços de celulose de fibra curta também sofreram aumento da ordem de US$30-40/tonelada.
Previsões
As perspectivas para o mercado latino-americano são boas e, em curto prazo, o cenário promete ser muito melhor, de acordo com as fontes da RISI. "Há clientes que não estavam comprando nada meses atrás e, de repente, começaram a adquirir celulose," um produtor afirmou. "A oferta de celulose está menor agora e aqueles que não tinham contratos de compra estão sofrendo já que os produtores não dispõem de volumes suficientes para atender vendas esporádicas," o contato completou.
São esperadas novas altas de preço de celulose ao longo de novembro e dezembro, segundo os contatos. "Provavelmente, os preços vão subir de novo este mês nos mercados da América Latina seguindo uma tendência de aumento de preços mundial anunciada para outubro. E se os preços aumentarem em novembro em todo o mundo, uma nova alta de preços deverá ser realizada na América Latina em dezembro," uma fonte disse.
De acordo com um comprador, a Fibria e a Suzano estudam aumentar o preço de celulose de eucalipto em US$50/tonelada em dezembro devido à alta demanda e à desvalorização do dólar. Outro contato disse que os preços podem ser ajustados em mais US$40-50/tonelada no Brasil e em outros mercados da América Latina.
China em foco
A China é um importante, mas obscuro fator influenciador da demanda de celulose. Alguns especialistas acreditam que a região continuará a crescer fortemente, ditando o consumo de celulose em nível global, uma vez que tradicionalmente importa grandes volumes para abastecer as novas capacidades de fábricas de papel de imprimir e escrever e de papel para fins sanitários que irão entrar em operação nos próximos anos. "O futuro das fábricas não-integradas de papel na China é duvidoso, uma vez que essas plantas estão se estocando. É muito difícil prever como seus estoques estarão no início de 2010 e uma queda nos níveis chineses de consumo de celulose no próximo ano pode gerar uma nova queda de preços como a que tivemos no primeiro semestre de 2009," um analista de mercado disse a RISI.
Dados do Global Trade Information Services (GTIS) mostram que de janeiro a agosto deste ano a China importou 5,1 milhões de toneladas de celulose de fibra curta branqueada, valor 47.5% inferior em relação ao mesmo período do ano anterior. Do Brasil, as importações chinesas de celulose branqueada de fibra curta aumentaram 71,9% para 1,9 milhão de toneladas.
A Indonésia é o segundo maior fornecedor desse tipo de celulose para a China. De acordo com o GTIS, as importações chinesas de celulose de fibra curta branqueada da Indonésia aumentaram 31.9% para 1,3 milhões de toneladas de janeiro a agosto deste ano contra o mesmo período de 2008. Já o Chile, terceiro maior fornecedor da China, exportou para o país 561,587 toneladas, volume 21% superior ao praticado entre janeiro e agosto de 2008.
Enquanto isso, o Uruguai exportou 435,942 toneladas, quatro vezes mais que no ano anterior; o que reflete o início das operações da fábrica de celulose da Botnia, inaugurada no final de 2007. Os dados do GTIS mostram ainda que os embarques de celulose da Rússia para a China cresceram 12% para 219,196 toneladas.
As importações chinesas de celulose branqueada de fibra longa também cresceram 31.7% para 4,5 milhões de toneladas no consolidado até agosto deste ano em comparação ao mesmo período de 2008. O segundo maior fornecedor foi o Chile que, no período, destinou 998,687 toneladas de celulose branqueada de fibra longa à China, um crescimento de 73,8%.
Paralelamente, os Estados Unidos enviaram 819,752 toneladas de celulose branqueada de fibra longa à China, volume 23,1% superior ao praticado até agosto de 2008. Já a Rússia exportou 594,986 toneladas ou 13.9% menos que no período anterior enquanto que os embarques da Finlândia aumentaram 26,2% para 284,678 toneladas.
Um contato chileno disse que, em outubro, os preços da celulose fibra curta e fibra longa na América Latina estavam respectivamente US$50/tonelada e US$30/tonelada mais altos do que no mês anterior "já que a demanda por celulose se encontra muito ativa". RISI apurou que a demanda de papel para fins sanitários está forte também na Argentina, o que tem estimulado o consumo de celulose e, consequentemente, o aumento de preços.
"Ajustamos o preço de celulose de eucalipto em toda a América Latina em outubro, refletindo a alta de preços implementada na Europa no mês anterior", um produtor afirmou. De acordo com a pesquisa mensal da RISI, porém, os preços de celulose branqueada de eucalipto em outubro de 2009 ainda ficaram cerca de 30% abaixo dos níveis praticados há um ano.
Uma fonte na Argentina comentou que os preços da celulose de fibra longa aumentaram US$50-60/tonelada em outubro. Outro contato no Brasil mencionou que está importando celulose de fibra longa de produtores na América Latina por preços US$30-40/tonelada mais altos se comparados aos níveis de setembro. "A oferta de celulose de fibra longa está restrita no momento, já que os produtores, principalmente os chilenos, estão exportando maiores volumes para a Ásia", uma fonte destacou.
No México, os níveis de preço de celulose têm mostrado uma trajetória crescente também. Contatos locais disseram a RISI que os preços de celulose de fibra longa subiram US$40/tonelada entre setembro e outubro enquanto os embarques de celulose permaneceram estáveis. No período, os preços de celulose de fibra curta também sofreram aumento da ordem de US$30-40/tonelada.
Previsões
As perspectivas para o mercado latino-americano são boas e, em curto prazo, o cenário promete ser muito melhor, de acordo com as fontes da RISI. "Há clientes que não estavam comprando nada meses atrás e, de repente, começaram a adquirir celulose," um produtor afirmou. "A oferta de celulose está menor agora e aqueles que não tinham contratos de compra estão sofrendo já que os produtores não dispõem de volumes suficientes para atender vendas esporádicas," o contato completou.
São esperadas novas altas de preço de celulose ao longo de novembro e dezembro, segundo os contatos. "Provavelmente, os preços vão subir de novo este mês nos mercados da América Latina seguindo uma tendência de aumento de preços mundial anunciada para outubro. E se os preços aumentarem em novembro em todo o mundo, uma nova alta de preços deverá ser realizada na América Latina em dezembro," uma fonte disse.
De acordo com um comprador, a Fibria e a Suzano estudam aumentar o preço de celulose de eucalipto em US$50/tonelada em dezembro devido à alta demanda e à desvalorização do dólar. Outro contato disse que os preços podem ser ajustados em mais US$40-50/tonelada no Brasil e em outros mercados da América Latina.
China em foco
A China é um importante, mas obscuro fator influenciador da demanda de celulose. Alguns especialistas acreditam que a região continuará a crescer fortemente, ditando o consumo de celulose em nível global, uma vez que tradicionalmente importa grandes volumes para abastecer as novas capacidades de fábricas de papel de imprimir e escrever e de papel para fins sanitários que irão entrar em operação nos próximos anos. "O futuro das fábricas não-integradas de papel na China é duvidoso, uma vez que essas plantas estão se estocando. É muito difícil prever como seus estoques estarão no início de 2010 e uma queda nos níveis chineses de consumo de celulose no próximo ano pode gerar uma nova queda de preços como a que tivemos no primeiro semestre de 2009," um analista de mercado disse a RISI.
Dados do Global Trade Information Services (GTIS) mostram que de janeiro a agosto deste ano a China importou 5,1 milhões de toneladas de celulose de fibra curta branqueada, valor 47.5% inferior em relação ao mesmo período do ano anterior. Do Brasil, as importações chinesas de celulose branqueada de fibra curta aumentaram 71,9% para 1,9 milhão de toneladas.
A Indonésia é o segundo maior fornecedor desse tipo de celulose para a China. De acordo com o GTIS, as importações chinesas de celulose de fibra curta branqueada da Indonésia aumentaram 31.9% para 1,3 milhões de toneladas de janeiro a agosto deste ano contra o mesmo período de 2008. Já o Chile, terceiro maior fornecedor da China, exportou para o país 561,587 toneladas, volume 21% superior ao praticado entre janeiro e agosto de 2008.
Enquanto isso, o Uruguai exportou 435,942 toneladas, quatro vezes mais que no ano anterior; o que reflete o início das operações da fábrica de celulose da Botnia, inaugurada no final de 2007. Os dados do GTIS mostram ainda que os embarques de celulose da Rússia para a China cresceram 12% para 219,196 toneladas.
As importações chinesas de celulose branqueada de fibra longa também cresceram 31.7% para 4,5 milhões de toneladas no consolidado até agosto deste ano em comparação ao mesmo período de 2008. O segundo maior fornecedor foi o Chile que, no período, destinou 998,687 toneladas de celulose branqueada de fibra longa à China, um crescimento de 73,8%.
Paralelamente, os Estados Unidos enviaram 819,752 toneladas de celulose branqueada de fibra longa à China, volume 23,1% superior ao praticado até agosto de 2008. Já a Rússia exportou 594,986 toneladas ou 13.9% menos que no período anterior enquanto que os embarques da Finlândia aumentaram 26,2% para 284,678 toneladas.
Fonte: RISI
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