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Objetivo é testar a viabilidade de satélites compostos de madeira, um material que se desintegra totalmente ao retornar à Terra
O primeiro satélite de madeira da história já está na órbita da Terra. O equipamento da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) foi liberado a partir da Estação Espacial Internacional (ISS) nos últimos dias.
A matéria-prima escolhida foi a madeira de magnólia, que já mostrou evidências de sua adequação em utilização no espaço. Batizado de LignoSat, ele abre caminho para a adoção de uma nova abordagem ambiental para a exploração espacial.
LignoSat começará a enviar dados para a Terra
Medindo apenas 10 centímetros de cada lado, o LignoSat foi lançado no final do ano passado em um foguete não tripulado da SpaceX a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) preparou uma cápsula especial para acomodar o satélite, garantindo seu transporte seguro até a ISS.
Satélite foi liberado da Estação Espacial Internacional (Imagem: Artsiom P/Shutterstock)
Agora, o LignoSat começará a enviar dados de sua estrutura para os pesquisadores, que monitorarão a resistência da madeira frente às variações intensas de temperatura e radiação presentes no ambiente espacial. Esses dados são essenciais para avaliar a viabilidade de materiais não metálicos para o uso em satélites e em outras tecnologias aeroespaciais.
A Sumitomo Forestry, co-desenvolvedora do projeto, revelou que esse monitoramento permitirá entender os pontos de tensão da madeira em órbita, possibilitando ajustes em futuras versões de satélites e refinamentos em novas tecnologias sustentáveis para a exploração espacial. As informações são da NASA.
O equipamento foi construído com madeira de magnólia, material que já mostrou ser resistente ao espaço (Imagem: Universidade de Kyoto)
Sustentabilidade na exploração espacial
• O LignoSat tem como um de seus principais objetivos testar a resistência e viabilidade de satélites compostos de madeira, um material que, segundo os cientistas, se desintegra totalmente ao retornar à Terra.
• Ao invés de liberar fragmentos metálicos que podem prejudicar o meio ambiente e interferir em telecomunicações, o satélite de madeira poderia oferecer uma alternativa mais ecológica.
• Satélites tradicionais, ao serem desativados, geram partículas metálicas que acabam por contaminar a atmosfera e aumentar a quantidade de lixo espacial em órbita.
• A proposta do LignoSat é abrir caminho para satélites menos prejudiciais ao meio ambiente, alinhados com práticas sustentáveis para minimizar os impactos negativos causados por satélites convencionais.
Alessandro Di Lorenzo
Fonte: https://olhardigital.com.br
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