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Notícias

13
nov
2024
(LOGÍSTICA)
Litoral de São Paulo ganha terminal de celulose capaz de impactar 2 BILHÕES de pessoas

Expansão da Suzano no Porto de Santos aumenta exportação de celulose, com impacto em 2 bilhões de pessoas em mais de 100 países.

Com um investimento de R$ 443 milhões, a Suzano transformou o Porto de Santos em um gigante exportador de celulose. Confira como essa expansão foi possível e o que ela significa para o país.

Com uma visão ambiciosa de ampliação e modernização, a Suzano Papel e Celulose inaugurou ontem, dia 8, a expansão de um dos mais importantes terminais portuários do Brasil: o Terminal T32, no Porto de Santos, em São Paulo.

Em meio a investimentos de cerca de R$ 443 milhões, a companhia promete transformar a capacidade de exportação de celulose no país, com uma estrutura inédita que deve impactar bilhões de vidas ao redor do mundo.

O terminal, agora ampliado, marca um novo momento para a logística e economia do país, enquanto Santos se consolida como o maior porto exportador de matéria-prima para papel no planeta.

Com o novo terminal, a Suzano aumentará em 43% a capacidade de movimentação de sua carga de celulose de fibra curta.

Em termos práticos, isso significa um salto considerável, passando de 4,6 milhões para 6,6 milhões de toneladas por ano.

Segundo a empresa, esse crescimento torna possível o envio da celulose brasileira para mais de 100 países, impactando cerca de dois bilhões de pessoas diretamente ou indiretamente com a matéria-prima essencial para a produção de papel e outros produtos à base de fibra.

Estrutura moderna e novos equipamentos para agilidade e segurança

Além de expandir a infraestrutura física do terminal, a Suzano investiu em equipamentos de última geração para aumentar a eficiência operacional.

Foram adquiridos dois novos pórticos rolantes sobre trilhos, ao custo de R$ 70 milhões cada.

Com capacidade para descarregar até 48 toneladas em um único movimento, os pórticos substituem o uso tradicional de empilhadeiras, permitindo que um vagão seja descarregado em cerca de um minuto.

A nova tecnologia acelera significativamente o processo, pois cada pórtico consegue descarregar até 44 vagões por hora, otimizando a operação e aumentando a segurança.

Essa inovação, porém, traz um lado controverso: a mecanização da descarga elimina a necessidade de operadores de empilhadeiras, gerando um impacto negativo no emprego para esses profissionais.

“Esse empreendimento demonstra a capacidade das empresas brasileiras em executar projetos transformacionais,” declarou João Alberto Abreu, presidente da Suzano.

Conforme ressaltado por ele durante a inauguração, o projeto contou com suporte do Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) e da Autoridade Portuária de Santos, que têm incentivado novos investimentos no setor privado e alavancado recordes em operações portuárias em todo o país.

Expansão e parceria estratégica com Portocel e DP World

A ampliação do terminal incluiu o aumento da área do armazém de celulose de 21 mil para 28 mil metros quadrados e a construção de quatro ramais ferroviários, cada um com 300 metros de extensão.

A Suzano também possui uma parceria estratégica com a Portocel para a operação do T32 desde o início do ano, consolidando a cooperação entre grandes players da indústria.

A Suzano ampliou, ainda, o armazém do terminal DP World de 36 mil para 51 mil metros quadrados, elevando a capacidade de movimentação de carga anual de 3,6 milhões para 5 milhões de toneladas.

Esses investimentos abrangem a modernização de áreas administrativas e a expansão da sala de controle, além de terem gerado 580 empregos diretos ao longo do período de construção e implementação das novas estruturas.

Logística integrada entre Mato Grosso do Sul e o litoral paulista

A recente expansão logística não se restringe apenas ao litoral de São Paulo.

Em julho deste ano, a Suzano inaugurou uma nova unidade fabril em Mato Grosso do Sul, com uma planta industrial de alta capacidade para produção de celulose de eucalipto.

Com uma área de 150 mil hectares dedicada ao cultivo de eucalipto, a planta tem capacidade de produção anual de até 2,5 milhões de toneladas de celulose.

Para escoar essa produção até os portos, foi construído um terminal intermodal no município de Inocência (MS).

Esse terminal, com uma área de 24,2 mil metros quadrados e 8,8 mil metros de linhas férreas internas e externas, conecta a planta ao restante do país através da Malha Norte, possibilitando que os trens transportem a celulose por mil quilômetros até o Porto de Santos.

Essa operação complexa envolve cerca de 5.200 vagões carregados mensalmente, o que demonstra a amplitude da logística implementada pela Suzano.

O transporte é feito em um trajeto combinado, utilizando caminhões e trens.

A produção segue de Ribas do Rio Pardo (MS) para Inocência em caminhões, e de lá é transferida para trens que percorrem o longo trajeto até o litoral paulista.

A malha ferroviária é uma alternativa eficiente e sustentável, minimizando os impactos ambientais e reforçando a conectividade entre o interior e os portos.

O impacto global do terminal e a relevância para o Brasil

A nova estrutura coloca a Suzano em uma posição de destaque no mercado global, consolidando o Brasil como um dos maiores exportadores de celulose de fibra curta do mundo.

O impacto do projeto vai além das questões econômicas e de logística: a capacidade de fornecimento a mercados internacionais permite que produtos brasileiros estejam presentes em países dos cinco continentes, refletindo a importância do setor para a economia nacional e para a imagem do Brasil como um grande exportador de commodities.

Conforme explicou o presidente da Suzano, a política pública do MPOR tem incentivado o setor privado a realizar investimentos em portos brasileiros, quebrando recordes e modernizando as operações nacionais. Esse estímulo contribui para que o país se mantenha competitivo em um mercado internacional cada vez mais disputado.

A ampliação da Suzano no Porto de Santos é um passo significativo para o Brasil no cenário mundial da celulose e reforça o papel estratégico do país como fornecedor global de produtos sustentáveis, essenciais para indústrias de papel e embalagens.

A nova fase operacional representa um marco na capacidade do Brasil de atender à demanda global com eficiência e sustentabilidade.

Alisson Ficher

 

 

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br

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