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Notícias

29
mar
2012
(COMÉRCIO EXTERIOR)
Consumo de madeira na China vai chegar a 270 mi de m3 até 2014
Um cenário promissor de crescimento e oportunidades que envolvem o mercado chinês e frentes de negócios da gigante asiática com a América Latina se configura de uma forma ainda mais intensa para os próximos anos. O assunto tomou a cena do debate promovido com foco na China e foi analisado pelos palestrantes da 2ª Conferência da Indústria Florestal Latino Americana, que terminou dia 28, em São Paulo, no Hotel Transamérica.

Para alguns dos painelistas, o amadurecimento da China como uma economia forte e um alto índice de crescimento vai ganhar mais estabilidade num futuro próximo. “No que se refere ao setor florestal, a China não permitiu que houvesse recessão, o que garantiu até agora todo tipo de consumo de madeira, seja celulose, painéis, madeira serrada, toras, entre outros produtos”, garantiu Bernard Fuller, presidente da Cambridge Forest Products Associates (CFPA).

O palestrante mostrou que entre os produtos que sinalizaram grande aumento de consumo estão os compensados, MDP, produtos de painel, MDF, folhosas ou materiais de madeira de fibra curta. “Os números são surpreendentes. Entre 2005 e 2006, foram produzidos cerca de 210 milhões de metros cúbicos de madeira e em plena recessão em 2009, o volume se manteve bem”, comenta.

Segundo Fuller, na China os painéis que dominam o mercado são basicamente as madeira oriundas de fibra longa. O país produz cerca de 170 milhões de m3 de painéis, “O que é diferente em todo o mundo. A China é realmente um caso único”.

O executivo colocou que apesar de todos os holofotes na mídia estarem direcionados para a questão do crescimento do mercado de celulose, “na China a produção de celulose é de apenas 10% do volume florestal, já 90%% envolve produtos de madeira serrada, painéis, entre outros”, apresentou.

O país asiático avançou no mercado global no que se refere a exportações de madeira serrada. “Em 2011, 20% de toda madeira serrada foi feita pela China”. O país conquistou essa fatia do mercado, por conta dos pontos fracos de outros mercados, “se pensarmos na queda do mercado americano, por exemplo”, cita.

No que se refere a painéis, os números se elevaram e garantiram uma performance ativa para o país, que ficou com mais de 30% toda exportação de compensado e o MDF que conquistou 15% do total de toda comercialização de painéis. “Trata-se de um recorde de exportadores de painéis de produtores chineses, mas o crescimento é interminável”, comenta.

De acordo com Buller, as perspectivas do tamanho do mercado mundial e dos rumos diferentes entre América do Sul e China necessitam de um olhar em direção ao futuro. “Para onde estaremos indo?”.

Um fato apontado por ele não pode passar despercebido: a classe média da China terá uma ascensão e a população investirá em qualidade de vida e moradia. “O consumo de produtos de madeira na China provavelmente vai saltar dos 190 milhões m3 (mensurados em 2010) para 270 milhões de m 3 até 2014”. Ele complementou que este crescimento será impulsionado por um boom na construção de imóveis residências e não residências e uso adequado de mobília nestes lares. “A China tem potencial imenso para construção de lares. Serão cerca de 35 milhões de casas novas para os chineses. Residências que vão usar produtos como portas, janelas, bases decorativas de madeiras, entre outros produtos, como os concretos para modelagens – com compensados). O palestrante comparou essa estimativa ao que ocorreu como o Japão no pós guerra.

Fonte: Agência IN

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