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Notícias
26
mar
2012
(MÓVEIS)
Árvores madeireiras são testadas em polo moveleiro
Pesquisa avalia produtividade de espécies vegetais mais apropriadas para utilização em móveis
Marco Arvores mais apropriadas para extração de madeiras nobres que consequentemente produzam móveis mais douradores. Este é o resultado prévio da pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agroindustrial (Embrapa), através da Embrapa Agroindústria Tropical, de Fortaleza, e da Embrapa Florestas, de Colombo (Paraná). Parte da pesquisa foi apresentada ontem, no final da manhã, nesta cidade da Zona Norte do Estado.
A pesquisa serve para testar árvores produtoras de madeira. O resultado foi mostrado através de uma visita técnica à área do projeto, onde representantes de instituições parceiras e empresários do setor moveleiro de Fortaleza conheceram ainda fábricas de móveis de Marco.
Desenvolvida desde 2009, a pesquisa analisa as espécies com maior produtividade e melhor qualidade da matéria-prima para a indústria do polo moveleiro de Marco, o oitavo produtor do setor no País. As 28 indústrias moveleiras da cidade que empregam 1,7 mil pessoas consomem mensalmente mil metros cúbicos de madeira proveniente das regiões Norte, Sul e Sudeste do País.
A intenção da pesquisa é avaliar perspectivas de produção da matéria-prima no Município, fortalecendo a principal atividade econômica local. O desafio dos pesquisadores é selecionar espécies viáveis nas condições da região: solo arenoso e clima quente com ventos que favorecem o tombamento das árvores.
No total, o estudo pretende avaliar 42 espécies de árvores de origem amazônica e algumas nativas e exóticas que não são tradicionais para uso moveleiro. Estão sendo observados o desenvolvimento das plantas com e sem irrigação. Mudas de 34 espécies já foram plantadas em três hectares de área de irrigação do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), na zona rural de Marco. A área total disponibilizada para os estudos futuros é de 8,3 hectares.
Conforme a coordenadora do estudo, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Diva Correia, a maioria das espécies plantadas é considerada de madeira nobre e de crescimento lento. A seleção das espécies com boa adaptação às condições de Marco é a primeira etapa dos estudos. Serão necessários, ainda, testes de manejo das plantas, qualidade da madeira e também beneficiamento.
"Se a madeira não for de qualidade, podem surgir outras possibilidade de utilização, como é o caso da aplicação da madeira na geração de energia, pois o projeto contempla espécies como acacia mangium, nim, casuarina e eucalyptus. Mas só saberemos após passar por todas as etapas", analisa Diva Correia.
Ela reforça que já foram plantadas 34 das 42 espécies previstas nos três grupos de árvores: não tradicionais para uso moveleiro (que podem ser nativas ou não), exóticas e de origem amazônica. "Verificamos o crescimento e adaptação de cada espécie, sob as condições a que são submetidas, como a presença de irrigação ou não", informa.
Até o final de 2011, o desenvolvimento das árvores plantadas era monitorado semanalmente, mas agora em 2012 ocorre em períodos de no máximo 30 dias. As medições são realizadas a cada seis meses. Por meio dos resultados do ensaio de espécie da fase eliminatória e dos testes de comprovação, Diva Correia afirma que será possível indicar espécies arbóreas não tradicionais para o polo moveleiro de Marco, aumentando a produtividade de madeira. "A adaptação dessas espécies está variada, não sabemos qual será o resultado. Poderemos ter surpresas".
Segundo a pesquisadora, conhecer as espécies que mais bem se adaptam às condições de Marco é somente o primeiro passo de um futuro que pode ser muito promissor. Ela conta que existe uma série de etapas, como o manejo das plantações, qualidade da madeira e beneficiamento, que ainda deve passar por estudos de outras equipes de pesquisadores. E que outras possibilidades podem surgir, no caso de a madeira não ser adequada para a fabricação de móveis.
Como a madeira é um negócio muito rentável, a pesquisadora destaca que, apesar de os estudos estarem ainda em fase inicial, muitas pessoas procuram a Embrapa para obter informações sobre os resultados dos experimentos.
Os estudos contam com recursos do Banco do Nordeste (BNB) e da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece). São, ainda, parceiros o Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Estado do Ceará (Sindmóveis), o Dnocs, o Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi) e Fabricantes Associados de Marco (Fama).
Marco Arvores mais apropriadas para extração de madeiras nobres que consequentemente produzam móveis mais douradores. Este é o resultado prévio da pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agroindustrial (Embrapa), através da Embrapa Agroindústria Tropical, de Fortaleza, e da Embrapa Florestas, de Colombo (Paraná). Parte da pesquisa foi apresentada ontem, no final da manhã, nesta cidade da Zona Norte do Estado.
A pesquisa serve para testar árvores produtoras de madeira. O resultado foi mostrado através de uma visita técnica à área do projeto, onde representantes de instituições parceiras e empresários do setor moveleiro de Fortaleza conheceram ainda fábricas de móveis de Marco.
Desenvolvida desde 2009, a pesquisa analisa as espécies com maior produtividade e melhor qualidade da matéria-prima para a indústria do polo moveleiro de Marco, o oitavo produtor do setor no País. As 28 indústrias moveleiras da cidade que empregam 1,7 mil pessoas consomem mensalmente mil metros cúbicos de madeira proveniente das regiões Norte, Sul e Sudeste do País.
A intenção da pesquisa é avaliar perspectivas de produção da matéria-prima no Município, fortalecendo a principal atividade econômica local. O desafio dos pesquisadores é selecionar espécies viáveis nas condições da região: solo arenoso e clima quente com ventos que favorecem o tombamento das árvores.
No total, o estudo pretende avaliar 42 espécies de árvores de origem amazônica e algumas nativas e exóticas que não são tradicionais para uso moveleiro. Estão sendo observados o desenvolvimento das plantas com e sem irrigação. Mudas de 34 espécies já foram plantadas em três hectares de área de irrigação do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), na zona rural de Marco. A área total disponibilizada para os estudos futuros é de 8,3 hectares.
Conforme a coordenadora do estudo, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Diva Correia, a maioria das espécies plantadas é considerada de madeira nobre e de crescimento lento. A seleção das espécies com boa adaptação às condições de Marco é a primeira etapa dos estudos. Serão necessários, ainda, testes de manejo das plantas, qualidade da madeira e também beneficiamento.
"Se a madeira não for de qualidade, podem surgir outras possibilidade de utilização, como é o caso da aplicação da madeira na geração de energia, pois o projeto contempla espécies como acacia mangium, nim, casuarina e eucalyptus. Mas só saberemos após passar por todas as etapas", analisa Diva Correia.
Ela reforça que já foram plantadas 34 das 42 espécies previstas nos três grupos de árvores: não tradicionais para uso moveleiro (que podem ser nativas ou não), exóticas e de origem amazônica. "Verificamos o crescimento e adaptação de cada espécie, sob as condições a que são submetidas, como a presença de irrigação ou não", informa.
Até o final de 2011, o desenvolvimento das árvores plantadas era monitorado semanalmente, mas agora em 2012 ocorre em períodos de no máximo 30 dias. As medições são realizadas a cada seis meses. Por meio dos resultados do ensaio de espécie da fase eliminatória e dos testes de comprovação, Diva Correia afirma que será possível indicar espécies arbóreas não tradicionais para o polo moveleiro de Marco, aumentando a produtividade de madeira. "A adaptação dessas espécies está variada, não sabemos qual será o resultado. Poderemos ter surpresas".
Segundo a pesquisadora, conhecer as espécies que mais bem se adaptam às condições de Marco é somente o primeiro passo de um futuro que pode ser muito promissor. Ela conta que existe uma série de etapas, como o manejo das plantações, qualidade da madeira e beneficiamento, que ainda deve passar por estudos de outras equipes de pesquisadores. E que outras possibilidades podem surgir, no caso de a madeira não ser adequada para a fabricação de móveis.
Como a madeira é um negócio muito rentável, a pesquisadora destaca que, apesar de os estudos estarem ainda em fase inicial, muitas pessoas procuram a Embrapa para obter informações sobre os resultados dos experimentos.
Os estudos contam com recursos do Banco do Nordeste (BNB) e da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece). São, ainda, parceiros o Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Estado do Ceará (Sindmóveis), o Dnocs, o Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi) e Fabricantes Associados de Marco (Fama).
Fonte: Diário do Nordeste
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