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Notícias
11
jan
2012
(MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS)
O ano da Copa já começou para máquinas
Principal palco do futebol mineiro - por onde brilharam ídolos como Tostão, Dadá Maravilha e Reinaldo -, o estádio Governador Magalhães Pinto, conhecido popularmente como Mineirão, passará a abrigar equipamentos gigantes que serão usados na nova fase de sua reforma.
Fechado desde junho de 2010 para as obras de modernização que visam a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão receberá nos próximos dias quatro gruas com alturas que vão de 40 a 53 metros. Com um alcance de até 75 metros, elas serão instadas no campo para deslocar estruturas metálicas e pré-moldadas depositadas fora do estádio, ajudando na instalação das futuras arquibancadas inferiores e da nova cobertura.
Se as fortes chuvas que atingiram Minas nos últimos dias derem uma trégua, todo trabalho de montagem desses equipamentos levará em torno de uma semana e eles poderão entrar em operação ainda neste mês.
A situação descrita acima começa a se tornar comum nos estádios que estão sendo preparados para o maior evento do futebol e agita a indústria de bens de capital, que tem na Copa do Mundo um dos principais vetores de crescimento.
A abertura do Mundial está marcada apenas para o dia 12 de junho de 2014 no futuro estádio do Corinthians - na zona leste de São Paulo -, mas a indústria de máquinas pesadas considera 2012 o ano da Copa para o setor.
Para que o país esteja preparado para receber daqui a 18 meses a Copa das Confederações - evento que antecede em um ano o Mundial de futebol -, muitas obras terão que ser aceleradas ou mesmo sair do papel e isso traz a perspectiva de utilização mais intensiva de maquinário.
Também há projetos que praticamente só começam neste ano, caso da reforma do Beira-Rio, estádio do Internacional de Porto Alegre que teve as obras suspensas por seis meses em decorrência de um impasse no contrato com a Andrade Gutierrez.
A Fifa - a entidade máxima do futebol - já anunciou seis estádios para receber a Copa das Confederações em junho de 2013, mas quase todos - com exceção do Castelão, em Fortaleza (CE) - ainda não conseguiram cumprir metade das obras.
Na Arena Pernambuco, na Grande Recife, a Odebrecht, responsável pelo empreendimento, corre contra o tempo para garantir o estádio no evento. Para dar maior celeridade à construção, instalou uma central própria de corte e dobra de aço, amplia a fábrica de pré-moldados no local e vai receber mais dois guindastes até abril. A participação de Recife na Copa das Confederações, assim como de Salvador (BA), está condicionada ao bom andamento das obras de seus estádios.
De olho na demanda, a Solaris, que aluga máquinas e equipamentos para construtoras, montou uma equipe dedicada a prospectar negócios ligados a Copa do Mundo e Olimpíada. Nesse trabalho, mapeou mais de 80 oportunidades ligadas aos grandes eventos esportivos - desde reformas de estádios e acessos às arenas até a infraestrutura aeroportuária, mobilidade urbana e geração de energia.
A empresa prevê investir cerca de US$ 50 milhões para adicionar 500 máquinas a sua frota, sendo a maior parte delas - ao redor de 65% - importadas.
Cerca de 100 equipamentos da Solaris já foram empregados nas obras do Maracanã (RJ), do Mineirão, da Fonte Nova (BA) e da Arena Pernambuco. Mas Paulo Esteves, diretor da empresa, acredita que o volume chegará a 300 máquinas neste ano. Para ele, a evolução das obras foi muito tímida no ano passado e muita coisa ficou para 2012. "Isso andou muito devagar em 2011, mas espero que o ritmo seja intensificado agora."
Independentemente do comportamento do mercado neste ano, a Copa já trouxe um estímulo significativo ao setor de bens de capital. Existem hoje quase mil máquinas - como guindastes, retroescavadeiras, carregadeiras e caminhões fora-de-estrada - operando na construção ou na modernização das arenas que vão abrigar os jogos.
Davi Morais, diretor da unidade construção da Sotreq, revendedora da Caterpillar, acredita que a Copa respondeu por cerca de cinco a dez pontos percentuais do crescimento de 30% nas vendas de máquinas registrado pela empresa no ano passado.
Ele conta que a Sotreq discutiu com a Caterpillar o planejamento dos estoques para evitar restrições de entrega aos clientes. "Nós procuramos preparar as fábricas da Caterpillar no Brasil e no exterior, mostrando a eles o potencial de crescimento das vendas", diz Morais, acrescentando que a maior parte dos equipamentos - cerca de 70% - é fornecida pela operação da Caterpillar no Brasil.
À medida que os empreendimentos saírem da fase de terraplenagem para uma etapa de instalação das estruturas superiores dos estádios, o maquinário gradualmente migrará de equipamentos de movimentação de terra - como restroescavadeiras e pás carregadeiras - para máquinas de deslocamento de materiais ou elevação de operários. São exemplos as gruas e as plataformas elevatórias, que chegam a lugares não alcançados por andaimes tradicionais.
Em Cuiabá (MT), por exemplo, a construção da Arena Pantanal - um projeto tocado pelas construtoras Santa Bárbara e Mendes Júnior a um custo estimado de R$ 456,7 milhões - deverá usar mais onze guindastes até o fim das obras. O empreendimento já utilizou 61 equipamentos e hoje tem 25. Mas até sua conclusão esse número subirá para 39.
Na reforma do Castelão, duas grandes gruas devem chegar nos próximos meses para a instalação da cobertura do estádio, uma estrutura de revestimento translúcido que vai absorver calor e permitir a circulação do ar na arena, garantindo uma sensação térmica mais agradável ante as altas temperaturas do Nordeste.
Waldemar Biselli, engenheiro responsável pelas obras do Castelão, diz que a terraplenagem deve terminar ainda neste mês, dando espaço para outras máquinas. Para a instalação elétrica, o uso de plataformas aéreas de trabalho deverá dobrar para 12 equipamentos até março.
"Já temos algumas empresas no Ceará que podem fornecer esses equipamentos", diz Biselli, acrescentando que a maior parte das máquinas é alugada.
Segundo ele, o empreendimento - tocado pelo consórcio formado pelas construtoras Galvão Engenharia e Andrade Mendonça - deve entrar na fase de finalização dos acabamentos em junho, dentro da meta de concluir a arena até o fim do ano. As construtoras já concluíram 53% do projeto.
Fechado desde junho de 2010 para as obras de modernização que visam a Copa do Mundo de 2014, o Mineirão receberá nos próximos dias quatro gruas com alturas que vão de 40 a 53 metros. Com um alcance de até 75 metros, elas serão instadas no campo para deslocar estruturas metálicas e pré-moldadas depositadas fora do estádio, ajudando na instalação das futuras arquibancadas inferiores e da nova cobertura.
Se as fortes chuvas que atingiram Minas nos últimos dias derem uma trégua, todo trabalho de montagem desses equipamentos levará em torno de uma semana e eles poderão entrar em operação ainda neste mês.
A situação descrita acima começa a se tornar comum nos estádios que estão sendo preparados para o maior evento do futebol e agita a indústria de bens de capital, que tem na Copa do Mundo um dos principais vetores de crescimento.
A abertura do Mundial está marcada apenas para o dia 12 de junho de 2014 no futuro estádio do Corinthians - na zona leste de São Paulo -, mas a indústria de máquinas pesadas considera 2012 o ano da Copa para o setor.
Para que o país esteja preparado para receber daqui a 18 meses a Copa das Confederações - evento que antecede em um ano o Mundial de futebol -, muitas obras terão que ser aceleradas ou mesmo sair do papel e isso traz a perspectiva de utilização mais intensiva de maquinário.
Também há projetos que praticamente só começam neste ano, caso da reforma do Beira-Rio, estádio do Internacional de Porto Alegre que teve as obras suspensas por seis meses em decorrência de um impasse no contrato com a Andrade Gutierrez.
A Fifa - a entidade máxima do futebol - já anunciou seis estádios para receber a Copa das Confederações em junho de 2013, mas quase todos - com exceção do Castelão, em Fortaleza (CE) - ainda não conseguiram cumprir metade das obras.
Na Arena Pernambuco, na Grande Recife, a Odebrecht, responsável pelo empreendimento, corre contra o tempo para garantir o estádio no evento. Para dar maior celeridade à construção, instalou uma central própria de corte e dobra de aço, amplia a fábrica de pré-moldados no local e vai receber mais dois guindastes até abril. A participação de Recife na Copa das Confederações, assim como de Salvador (BA), está condicionada ao bom andamento das obras de seus estádios.
De olho na demanda, a Solaris, que aluga máquinas e equipamentos para construtoras, montou uma equipe dedicada a prospectar negócios ligados a Copa do Mundo e Olimpíada. Nesse trabalho, mapeou mais de 80 oportunidades ligadas aos grandes eventos esportivos - desde reformas de estádios e acessos às arenas até a infraestrutura aeroportuária, mobilidade urbana e geração de energia.
A empresa prevê investir cerca de US$ 50 milhões para adicionar 500 máquinas a sua frota, sendo a maior parte delas - ao redor de 65% - importadas.
Cerca de 100 equipamentos da Solaris já foram empregados nas obras do Maracanã (RJ), do Mineirão, da Fonte Nova (BA) e da Arena Pernambuco. Mas Paulo Esteves, diretor da empresa, acredita que o volume chegará a 300 máquinas neste ano. Para ele, a evolução das obras foi muito tímida no ano passado e muita coisa ficou para 2012. "Isso andou muito devagar em 2011, mas espero que o ritmo seja intensificado agora."
Independentemente do comportamento do mercado neste ano, a Copa já trouxe um estímulo significativo ao setor de bens de capital. Existem hoje quase mil máquinas - como guindastes, retroescavadeiras, carregadeiras e caminhões fora-de-estrada - operando na construção ou na modernização das arenas que vão abrigar os jogos.
Davi Morais, diretor da unidade construção da Sotreq, revendedora da Caterpillar, acredita que a Copa respondeu por cerca de cinco a dez pontos percentuais do crescimento de 30% nas vendas de máquinas registrado pela empresa no ano passado.
Ele conta que a Sotreq discutiu com a Caterpillar o planejamento dos estoques para evitar restrições de entrega aos clientes. "Nós procuramos preparar as fábricas da Caterpillar no Brasil e no exterior, mostrando a eles o potencial de crescimento das vendas", diz Morais, acrescentando que a maior parte dos equipamentos - cerca de 70% - é fornecida pela operação da Caterpillar no Brasil.
À medida que os empreendimentos saírem da fase de terraplenagem para uma etapa de instalação das estruturas superiores dos estádios, o maquinário gradualmente migrará de equipamentos de movimentação de terra - como restroescavadeiras e pás carregadeiras - para máquinas de deslocamento de materiais ou elevação de operários. São exemplos as gruas e as plataformas elevatórias, que chegam a lugares não alcançados por andaimes tradicionais.
Em Cuiabá (MT), por exemplo, a construção da Arena Pantanal - um projeto tocado pelas construtoras Santa Bárbara e Mendes Júnior a um custo estimado de R$ 456,7 milhões - deverá usar mais onze guindastes até o fim das obras. O empreendimento já utilizou 61 equipamentos e hoje tem 25. Mas até sua conclusão esse número subirá para 39.
Na reforma do Castelão, duas grandes gruas devem chegar nos próximos meses para a instalação da cobertura do estádio, uma estrutura de revestimento translúcido que vai absorver calor e permitir a circulação do ar na arena, garantindo uma sensação térmica mais agradável ante as altas temperaturas do Nordeste.
Waldemar Biselli, engenheiro responsável pelas obras do Castelão, diz que a terraplenagem deve terminar ainda neste mês, dando espaço para outras máquinas. Para a instalação elétrica, o uso de plataformas aéreas de trabalho deverá dobrar para 12 equipamentos até março.
"Já temos algumas empresas no Ceará que podem fornecer esses equipamentos", diz Biselli, acrescentando que a maior parte das máquinas é alugada.
Segundo ele, o empreendimento - tocado pelo consórcio formado pelas construtoras Galvão Engenharia e Andrade Mendonça - deve entrar na fase de finalização dos acabamentos em junho, dentro da meta de concluir a arena até o fim do ano. As construtoras já concluíram 53% do projeto.
Fonte: Valor Econômico
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