Voltar
Notícias
27
dez
2011
(PAPEL E CELULOSE)
Produção de celulose e papel fica estagnada em 2011
A produção brasileira de celulose e papel ficou estagnada em 2011. A crise econômica nos principais destinos das exportações do setor, bem como a redução da atividade industrial no mercado doméstico levaram ao resultado.
Para este ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), serão produzidas 14,2 milhões de toneladas de celulose e 9,8 milhões de papel, volumes praticamente idênticos aos registrados em 2010. Em contrapartida, a receita de exportação deverá chegar a US$ 7,2 bilhões, 6,4% superior a de 2010, devido à valorização cambial.
“Ficamos no empate técnico, o que não é de todo ruim, já que o ano passado foi bem positivo”, afirmou Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa, em São Paulo (SP), ao anunciar o desempenho do segmento em 2011. O fato, disse ela, é que a instabilidade do cenário mundial preocupa, assinalando, ainda, que o setor é dependente do mercado externo. “Qualquer oscilação lá fora interfere. No curto prazo, as empresas deverão adotar medidas de contenção de caixa e a meta para 2012 é, ao menos, manter o ritmo de deste ano.”
Mercados
Mesmo passando por um período turbulento, a Europa permaneceu como o maior importador da celulose produzida no Brasil, respondendo por 46% da receita obtida com a exportação do produto, seguida da China (25%) e América do Norte (19%). Por sua vez, a América Latina lidera a compra do papel brasileiro ao responder por 56% da receita de exportação.
Importação
No âmbito das importações, que cresceram, a presidente da Bracelpa reforçou a crítica contra a entrada de papéis, que gozam de benefício fiscal de 40% para o uso em livros. Segundo Elizabeth, parte do produto importado declarado para uso editorial é desviado e, sem o pagamento de impostos, compete de modo desleal com o papel nacional tributado. “Há uma fraude fiscal em curso.”
Futuro
Além da produção de celulose e papel, Elizabeth pontuou que o setor de florestas plantadas, que deve dobrar de tamanho para 14 milhões de hectares cultivados nos próximos anos, precisa ampliar o uso de sua matéria-prima para as áreas de energia, biocombustíveis, nanotecnologia, entre outras. “Neste desafio, os investimentos em genética, em transgenia serão fundamentais para o desenvolvimento, por exemplo, de clones mais produtivos.”
Outro ponto destacado pela presidente da Bracelpa é a necessidade de valorização do carbono florestal no tocante a negociações relacionadas a mudanças climáticas. Cálculos da entidade apontam que os estoques de carbono nas áreas de florestas plantadas no Brasil armazenam aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.
Polêmicas
Sobre o aperto jurídico para a compra de terras por estrangeiros, Elizabeth lembrou que é preciso diferenciar capital destinado a investimentos nos setores produtivos de operações que envolvam a soberania do País. “As empresas do setor de papel e celulose são brasileiras, com CNPJ nacional, de capital misto.” De acordo com a presidente da Bracelpa, cerca de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em recursos para o segmento estão represados, em razão, do imbróglio relativo ao tema.
Já no que diz respeito ao novo Código Florestal, Elizabeth lamentou o adiamento da votação na Câmara dos Deputados para 2012. Em sua avaliação, o texto aprovado no Senado concilia produção e proteção ao trazer uma mudança importante que é o estímulo ao pagamento por serviços ambientais. “O novo Código traz segurança jurídica.”
Para este ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), serão produzidas 14,2 milhões de toneladas de celulose e 9,8 milhões de papel, volumes praticamente idênticos aos registrados em 2010. Em contrapartida, a receita de exportação deverá chegar a US$ 7,2 bilhões, 6,4% superior a de 2010, devido à valorização cambial.
“Ficamos no empate técnico, o que não é de todo ruim, já que o ano passado foi bem positivo”, afirmou Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa, em São Paulo (SP), ao anunciar o desempenho do segmento em 2011. O fato, disse ela, é que a instabilidade do cenário mundial preocupa, assinalando, ainda, que o setor é dependente do mercado externo. “Qualquer oscilação lá fora interfere. No curto prazo, as empresas deverão adotar medidas de contenção de caixa e a meta para 2012 é, ao menos, manter o ritmo de deste ano.”
Mercados
Mesmo passando por um período turbulento, a Europa permaneceu como o maior importador da celulose produzida no Brasil, respondendo por 46% da receita obtida com a exportação do produto, seguida da China (25%) e América do Norte (19%). Por sua vez, a América Latina lidera a compra do papel brasileiro ao responder por 56% da receita de exportação.
Importação
No âmbito das importações, que cresceram, a presidente da Bracelpa reforçou a crítica contra a entrada de papéis, que gozam de benefício fiscal de 40% para o uso em livros. Segundo Elizabeth, parte do produto importado declarado para uso editorial é desviado e, sem o pagamento de impostos, compete de modo desleal com o papel nacional tributado. “Há uma fraude fiscal em curso.”
Futuro
Além da produção de celulose e papel, Elizabeth pontuou que o setor de florestas plantadas, que deve dobrar de tamanho para 14 milhões de hectares cultivados nos próximos anos, precisa ampliar o uso de sua matéria-prima para as áreas de energia, biocombustíveis, nanotecnologia, entre outras. “Neste desafio, os investimentos em genética, em transgenia serão fundamentais para o desenvolvimento, por exemplo, de clones mais produtivos.”
Outro ponto destacado pela presidente da Bracelpa é a necessidade de valorização do carbono florestal no tocante a negociações relacionadas a mudanças climáticas. Cálculos da entidade apontam que os estoques de carbono nas áreas de florestas plantadas no Brasil armazenam aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.
Polêmicas
Sobre o aperto jurídico para a compra de terras por estrangeiros, Elizabeth lembrou que é preciso diferenciar capital destinado a investimentos nos setores produtivos de operações que envolvam a soberania do País. “As empresas do setor de papel e celulose são brasileiras, com CNPJ nacional, de capital misto.” De acordo com a presidente da Bracelpa, cerca de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em recursos para o segmento estão represados, em razão, do imbróglio relativo ao tema.
Já no que diz respeito ao novo Código Florestal, Elizabeth lamentou o adiamento da votação na Câmara dos Deputados para 2012. Em sua avaliação, o texto aprovado no Senado concilia produção e proteção ao trazer uma mudança importante que é o estímulo ao pagamento por serviços ambientais. “O novo Código traz segurança jurídica.”
Fonte: SOU AGRO
Notícias em destaque

Importadores dos EUA cancelam os contratos de compra de móveis de SC com alíquota de 50 por cento
Empresário diz não ver luz no "fundo do poço" e que entidades cogitam solicitar ajuda ao ex-presidente Jair...
(MERCADO)

Cadastro Florestal tem página reformulada
O Cadastro Florestal teve sua página reformulada, com reestruturação do conteúdo, para facilitar a...
(GERAL)

Focos de fogo caem 46 por cento no Brasil no 1º semestre, aponta INPE
O Brasil registrou uma queda expressiva no número de focos de fogo no primeiro semestre de 2025. De acordo com o INPE, houve uma...
(QUEIMADAS)

Mercado de madeira projetada deve ser avaliado em US$ 427,3 bilhões até 2033
A Allied Market Research publicou um relatório intitulado "Participação no Mercado de Madeira Projetada por...
(MERCADO)

Destaques do comércio de madeira e produtos de madeira (W&WP)
De acordo com o Departamento de Alfândega do Vietnã, as exportações de W&WP em maio de 2025 atingiram US$ 1,4...
(INTERNACIONAL)

Peru sedia workshop regional sobre estatísticas florestais para a América do Sul
Com a participação de representantes de treze países sul-americanos, foi realizado em Lima, em 24 de junho, um Workshop...
(INTERNACIONAL)