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Notícias
14
dez
2011
(PAPEL E CELULOSE)
Mercado de papel tissue crescerá 4,7% em 2011 na América Latina, segundo RISI
As projeções mais pessimistas dão conta de que cerca de 400 mil toneladas de papel tissue entrarão em operação na América Latina até 2016, considerando os projetos em curso e os potenciais. Esse cenário, conservativo, pode mudar, segundo entrevistados, já que a perspectiva para o desempenho do segmento na região é positiva. "Somente o Brasil pode acomodar cinco novas máquinas de dupla largura com capacidade de 60 mil toneladas/ano cada até 2016", afirmou o presidente da Voith Paper América do Sul, Nestor de Castro Neto.
De acordo com a última edição do Latin American Pulp and Paper Forecast da RISI, a América Latina apresentou sólido crescimento em 2011. Dando continuidade aos desenvolvimentos de 2010, o setor deve fechar este ano com crescimento de 4,7% ante os 3,1% do ano passado, o que significará mais 151 mil toneladas de papel tissue na região. Nos próximos cinco anos, a capacidade de produção do continente aumentará 4,2% anualmente, totalizando 4,9 milhões de toneladas no final de 2016. As projeções da RISI ainda mostram que o Brasil receberá o maior número de investimentos e os maiores ganhos de capacidade – 347 mil toneladas no período – com o objetivo de suprir o mercado doméstico.
"Espera-se um crescimento de 27,7% para o mercado latino-americano de papel tissue de 2011 a 2016, ou 941 mil toneladas. O consumo per capita da região também deve aumentar para 7 kg em 2016 ante os 5,2 kg de 2010. "A região está, agora, em uma fase em que o crescimento tende a acelerar devido a variedade de produtos utilizados pela população dos mercados emergentes" avaliou o estudo da RISI.
Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) apuram que o consumo aparente de papel tissue no país cresceu 6,4% para 802 mil toneladas de janeiro a outubro deste ano em relação aos níveis de 2010. Já as vendas domésticas aumentaram em ritmo similar, de 6,3%, totalizando 798 mil toneladas, enquanto a produção teve alta de 6,5% para 802 mil toneladas contra os 10 primeiros meses de 2010.
Em outubro, o consumo brasileiro de papel tissue aumentou 2,5%, totalizando 81 mil toneladas.
Na Argentina, o consumo do item registrou queda de 2,2% para 212.964 toneladas de janeiro a setembro em comparação aos mesmos meses do ano anterior. De acordo as análises da RISI, o país segue na contramão do crescimento da América Latina, já que sua demanda deverá cair 2% em 2011.
O maior crescimento latino-americano será visto no Chile: 18% em 2011 contra 2010, período em que o país foi bastante afetado pelo terremoto que paralisou as atividades fabris de papel e celulose. O México e o Brasil são os mercados que oferecerão as melhores oportunidades de expansão, apesar de crescimentos em longo prazo na Argentina e Colômbia serem esperados. Esses quatro países, juntos, respondem por 55% do crescimento regional dos próximos cinco anos, puxado pelo aumento do consumo per capita e de produtos de alto valor, segundo o Latin American Pulp and Paper Forecast.
Andamento dos novos projetos
Depois de atrasar por quatro vezes o lançamento da sua nova máquina de papel (MP) 7, a colombiana Productos Familia planeja colocá-la em operação em abril de 2012. O equipamento, com capacidade para fabricar 35 mil t/ano, foi fornecido pela brasileira Voith Paper, e a primeira tentativa de lançamento era esperada para 2009.
A equatoriana Industria Cartonera Asociada (INCASA) também postergou a construção de uma nova MP de 11 mil t/ano por conta de problemas financeiros. Ela estava prevista para começar a funcionar este ano, mas a PPI América Latina apurou que o cronograma corre riscos de ser atrasado novamente.
A Voith também está instalando uma MP com capacidade de 33 mil t/ano na brasileira Sepac, que deve entrar em operação no início de 2012. Além desse projeto, a Voith trabalha nas reformas das MPs da Mili.
Um dos maiores projetos em curso na América Latina é a nova MP de 54 mil t/ano da chilena Empresas CMPC. Fornecido pela Metso, o equipamento será instalado na unidade de Talagante dentro de um ano.
Por Fernanda Belchior, Editora de Notícias Sênior, PPI América Latina, fbelchior@risi.com.
Esta reportagem é conteúdo da PPI América Latina, uma publicação da RISI que cobre os mercados e preços de celulose e papel na América Latina. Se você tem interesse em receber a PPI América Latina, envie um email para ppila@risi.com ou acesse http://www.risiinfo.com.br
De acordo com a última edição do Latin American Pulp and Paper Forecast da RISI, a América Latina apresentou sólido crescimento em 2011. Dando continuidade aos desenvolvimentos de 2010, o setor deve fechar este ano com crescimento de 4,7% ante os 3,1% do ano passado, o que significará mais 151 mil toneladas de papel tissue na região. Nos próximos cinco anos, a capacidade de produção do continente aumentará 4,2% anualmente, totalizando 4,9 milhões de toneladas no final de 2016. As projeções da RISI ainda mostram que o Brasil receberá o maior número de investimentos e os maiores ganhos de capacidade – 347 mil toneladas no período – com o objetivo de suprir o mercado doméstico.
"Espera-se um crescimento de 27,7% para o mercado latino-americano de papel tissue de 2011 a 2016, ou 941 mil toneladas. O consumo per capita da região também deve aumentar para 7 kg em 2016 ante os 5,2 kg de 2010. "A região está, agora, em uma fase em que o crescimento tende a acelerar devido a variedade de produtos utilizados pela população dos mercados emergentes" avaliou o estudo da RISI.
Dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) apuram que o consumo aparente de papel tissue no país cresceu 6,4% para 802 mil toneladas de janeiro a outubro deste ano em relação aos níveis de 2010. Já as vendas domésticas aumentaram em ritmo similar, de 6,3%, totalizando 798 mil toneladas, enquanto a produção teve alta de 6,5% para 802 mil toneladas contra os 10 primeiros meses de 2010.
Em outubro, o consumo brasileiro de papel tissue aumentou 2,5%, totalizando 81 mil toneladas.
Na Argentina, o consumo do item registrou queda de 2,2% para 212.964 toneladas de janeiro a setembro em comparação aos mesmos meses do ano anterior. De acordo as análises da RISI, o país segue na contramão do crescimento da América Latina, já que sua demanda deverá cair 2% em 2011.
O maior crescimento latino-americano será visto no Chile: 18% em 2011 contra 2010, período em que o país foi bastante afetado pelo terremoto que paralisou as atividades fabris de papel e celulose. O México e o Brasil são os mercados que oferecerão as melhores oportunidades de expansão, apesar de crescimentos em longo prazo na Argentina e Colômbia serem esperados. Esses quatro países, juntos, respondem por 55% do crescimento regional dos próximos cinco anos, puxado pelo aumento do consumo per capita e de produtos de alto valor, segundo o Latin American Pulp and Paper Forecast.
Andamento dos novos projetos
Depois de atrasar por quatro vezes o lançamento da sua nova máquina de papel (MP) 7, a colombiana Productos Familia planeja colocá-la em operação em abril de 2012. O equipamento, com capacidade para fabricar 35 mil t/ano, foi fornecido pela brasileira Voith Paper, e a primeira tentativa de lançamento era esperada para 2009.
A equatoriana Industria Cartonera Asociada (INCASA) também postergou a construção de uma nova MP de 11 mil t/ano por conta de problemas financeiros. Ela estava prevista para começar a funcionar este ano, mas a PPI América Latina apurou que o cronograma corre riscos de ser atrasado novamente.
A Voith também está instalando uma MP com capacidade de 33 mil t/ano na brasileira Sepac, que deve entrar em operação no início de 2012. Além desse projeto, a Voith trabalha nas reformas das MPs da Mili.
Um dos maiores projetos em curso na América Latina é a nova MP de 54 mil t/ano da chilena Empresas CMPC. Fornecido pela Metso, o equipamento será instalado na unidade de Talagante dentro de um ano.
Por Fernanda Belchior, Editora de Notícias Sênior, PPI América Latina, fbelchior@risi.com.
Esta reportagem é conteúdo da PPI América Latina, uma publicação da RISI que cobre os mercados e preços de celulose e papel na América Latina. Se você tem interesse em receber a PPI América Latina, envie um email para ppila@risi.com ou acesse http://www.risiinfo.com.br
Fonte: Celuloseonline
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