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Notícias
13
dez
2011
(GERAL)
Valor da terra agriculturável está duas vezes mais elevado
A corrida por terras agriculturáveis no Brasil está mais intensa, puxada principalmente pelo interesse de investimento de grandes grupos empresariais, que geraram uma elevação do valor das áreas. Somente este ano, a valorização média das terras é superior a 10%, ou seja, mais do que o dobro do percentual médio registrado nos dois últimos anos no País.
Os estados do centro-oeste e do nordeste são os mais visados pelos investidores, dado que os valores são muito inferiores aos vistos no sul e no sudeste do País, e as áreas disponíveis para plantio de soja, milho e algodão são maiores que as vistas nas regiões mais desenvolvidas.
A alta do preço das commodities agrícolas e a necessidade de cada vez produzir mais alimentos também têm atraído o interesse de grandes investidores para esse setor. Após a crise financeira global, em meados de 2008, as terras brasileiras têm se valorizado em média entre 4% e 5% ao ano, de acordo com a gerente de agroenergia da consultoria Informa Economics FNP, Jacqueline Bierhals. "Este ano, o percentual de valorização das terras foi muito superior ao dos anos pós-crise, que estavam em média a 5%. De agosto de 2010 até agosto deste ano esse percentual mais do que dobrou, o que mostra que o ano está bastante aquecido", considerou ela.
Jacqueline contou que as terras do sul e do sudeste brasileiro seguem mais caras que as demais, devido à infraestrutura funcional, e à proximidade com os polos exportadores. Entretanto a região central e o nordeste apresentaram as maiores taxas de valorização do País. "A procura por terras aqui na região de São Paulo segue muito lenta, não está aquecida como no Mato Grosso, ou no nordeste. Entretanto a valorização também chegou aqui: dois anos atrás o pessoal pedia R$ 35 mil por alqueire, e hoje pedem R$ 60 mil. Com essa valorização as vendas também caíram muito", comentou o corretor da empresa Fazendas AR, Ataíde Ribeiro.
Já na região do centro-oeste e nordeste a comercialização de terras está a todo vapor. Segundo Elton Perez, diretor-presidente da corretora MT Fazendas, o movimento por terras nessas regiões fez com que o valor por hectare mais do que dobrasse em cinco anos. "A crescente procura por terras oriunda de grandes investidores é o que puxou e manteve essa alta dos valores. Antigamente os fazendeiros da região de Primavera negociavam o hectare a 250 sacas de soja; hoje falam em mais de 500 sacas por hectare."
Os principais interessados na compra de terras agriculturáveis prontas em Mato Grosso, Goiás e na região do Mapitoba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), são os grandes grupos empresariais, investidores e estrangeiros. "As grandes empresas e grupos empresariais realmente tem buscado mais terras, até porque para eles o ganho vem em escala, não adianta comprar pequenas propriedades, ou terras caras", disse a gerente da FNP.
"Aqui não é só fazendeiro que está comprando não: banqueiro, investidores, empresas multinacionais e grandes grupos estrangeiros já nos procuraram", frisou Perez, contando que a forma de pagamento escolhida não é a troca por outras propriedades, ou parcelamento, "Aqui é dinheiro mesmo, não há troca de bens nem nada, é uma nota em cima da outra", garantiu.
Jacqueline explicou que, além da crescente busca por terras, os valores dos terrenos também acompanham a alta das commodities. "Existe uma relação muito direta entre o preço das commodities e o valor das terras, até porque muitas vezes o preço por hectare se baseia em uma determinada quantidade de sacas de alguma cultura."
Apesar de a movimentação imobiliária por terras agriculturáveis no sudeste do Brasil seguir lenta, a venda de pequenas propriedades parece uma boa saída para os fazendeiros paulistas. "Quando uma pessoa vende uma terra do estado paulista, ela busca comprar terras em locais mais distantes para dobrar ou triplicar o tamanho da propriedade com o mesmo valor. E normalmente a procura mais forte é por Goiás, Mato Grosso e nordeste", lembrou Ribeiro.
Nova política
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aprovou ontem (16) o projeto de lei que institui a Política de Desenvolvimento do Brasil Rural. A proposta prioriza a implementação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável em localidades com população média inferior a 50 mil habitantes e com baixo índice de desenvolvimento humano e educacional.
O relator do projeto de lei, Eduardo Suplicy (PT-SP), disse que a finalidade é "orientar a ação do Poder Público para o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais". A matéria será analisada por outras comissões do Senado antes de seguir para apreciação em plenário.
Os estados do centro-oeste e do nordeste são os mais visados pelos investidores, dado que os valores são muito inferiores aos vistos no sul e no sudeste do País, e as áreas disponíveis para plantio de soja, milho e algodão são maiores que as vistas nas regiões mais desenvolvidas.
A alta do preço das commodities agrícolas e a necessidade de cada vez produzir mais alimentos também têm atraído o interesse de grandes investidores para esse setor. Após a crise financeira global, em meados de 2008, as terras brasileiras têm se valorizado em média entre 4% e 5% ao ano, de acordo com a gerente de agroenergia da consultoria Informa Economics FNP, Jacqueline Bierhals. "Este ano, o percentual de valorização das terras foi muito superior ao dos anos pós-crise, que estavam em média a 5%. De agosto de 2010 até agosto deste ano esse percentual mais do que dobrou, o que mostra que o ano está bastante aquecido", considerou ela.
Jacqueline contou que as terras do sul e do sudeste brasileiro seguem mais caras que as demais, devido à infraestrutura funcional, e à proximidade com os polos exportadores. Entretanto a região central e o nordeste apresentaram as maiores taxas de valorização do País. "A procura por terras aqui na região de São Paulo segue muito lenta, não está aquecida como no Mato Grosso, ou no nordeste. Entretanto a valorização também chegou aqui: dois anos atrás o pessoal pedia R$ 35 mil por alqueire, e hoje pedem R$ 60 mil. Com essa valorização as vendas também caíram muito", comentou o corretor da empresa Fazendas AR, Ataíde Ribeiro.
Já na região do centro-oeste e nordeste a comercialização de terras está a todo vapor. Segundo Elton Perez, diretor-presidente da corretora MT Fazendas, o movimento por terras nessas regiões fez com que o valor por hectare mais do que dobrasse em cinco anos. "A crescente procura por terras oriunda de grandes investidores é o que puxou e manteve essa alta dos valores. Antigamente os fazendeiros da região de Primavera negociavam o hectare a 250 sacas de soja; hoje falam em mais de 500 sacas por hectare."
Os principais interessados na compra de terras agriculturáveis prontas em Mato Grosso, Goiás e na região do Mapitoba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), são os grandes grupos empresariais, investidores e estrangeiros. "As grandes empresas e grupos empresariais realmente tem buscado mais terras, até porque para eles o ganho vem em escala, não adianta comprar pequenas propriedades, ou terras caras", disse a gerente da FNP.
"Aqui não é só fazendeiro que está comprando não: banqueiro, investidores, empresas multinacionais e grandes grupos estrangeiros já nos procuraram", frisou Perez, contando que a forma de pagamento escolhida não é a troca por outras propriedades, ou parcelamento, "Aqui é dinheiro mesmo, não há troca de bens nem nada, é uma nota em cima da outra", garantiu.
Jacqueline explicou que, além da crescente busca por terras, os valores dos terrenos também acompanham a alta das commodities. "Existe uma relação muito direta entre o preço das commodities e o valor das terras, até porque muitas vezes o preço por hectare se baseia em uma determinada quantidade de sacas de alguma cultura."
Apesar de a movimentação imobiliária por terras agriculturáveis no sudeste do Brasil seguir lenta, a venda de pequenas propriedades parece uma boa saída para os fazendeiros paulistas. "Quando uma pessoa vende uma terra do estado paulista, ela busca comprar terras em locais mais distantes para dobrar ou triplicar o tamanho da propriedade com o mesmo valor. E normalmente a procura mais forte é por Goiás, Mato Grosso e nordeste", lembrou Ribeiro.
Nova política
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aprovou ontem (16) o projeto de lei que institui a Política de Desenvolvimento do Brasil Rural. A proposta prioriza a implementação de políticas públicas de desenvolvimento sustentável em localidades com população média inferior a 50 mil habitantes e com baixo índice de desenvolvimento humano e educacional.
O relator do projeto de lei, Eduardo Suplicy (PT-SP), disse que a finalidade é "orientar a ação do Poder Público para o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais". A matéria será analisada por outras comissões do Senado antes de seguir para apreciação em plenário.
Fonte: DCI
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