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Notícias
06
dez
2011
(LOGÍSTICA)
Portos brasileiros têm movimento recorde, mas gargalos preocupam
Apesar de os grandes portos brasileiros das Regiões Sudeste e Sul terem anunciado números históricos de movimentação de mercadorias em 2011, apresentaram no período, mais uma vez, os problemas de gargalo já conhecidos. Agora, a questão é: em 2012 (ano no qual se projeta uma nova safra recorde de grãos) o cenário de filas de caminhões, em terra, e de navios no mar em torno de nossos maiores terminais marítimos vai se repetir? A resposta é sim, segundo a maioria dos analistas do setor: “Ainda não se investe o suficiente em dragagem e armazenagem portuária no Brasil. As leis que regem o setor continuam arcaicas e antieconômicas”, acusa o consultor portuário Osvaldo Agripino de Castro Jr.
Em números, já se pode afirmar que 2011 foi um ano vitorioso para nossos portos. Santos, em especial, apresentou um volume recorde de carga entre janeiro e outubro. O maior porto da América Latina registrou 81,96 milhões de toneladas movimentadas no período — 0,8% a mais que os 81,28 milhões de toneladas de idêntica época de 2010. Embora tenha ocorrido um decréscimo de 3% das exportações feitas ali, o aumento de 8,8% das importações em Santos assegurou o crescimento excepcional do complexo situado no litoral paulista. Excelente foi também o total de embarques e desembarques dos portos paranaenses de Paranaguá e Antonina; nestes, o resultado atingido já ultrapassou o de 2007, que era o último recorde registrado. Faltando apenas um mês para 2012, já foram movimentados em ambos os sistemas portuários mais de 38 milhões de toneladas de mercadorias, e a expectativa é que até o final de dezembro por eles passem 41 milhões de toneladas de bens.
Cada vez mais, é justamente na venda ao exterior de commodities que se especializa o País. Isto fica claro na lista dos três produtos mais exportados por Santos até outubro: açúcar, a 14,79 milhões de toneladas; soja, 10,56 milhões de toneladas; e milho, 3,99 milhões de toneladas. No entanto, o envio de açúcar — ainda a mercadoria mais movimentada no complexo — teve queda de 15% quando comparado ao acumulado até outubro de 2010. Soja apresentou alta de 2%, ao passo que milho subiu 8,9% em relação ao ano anterior em Santos. Em importações, ganharam destaque no complexo paulista adubo, com 3,01 milhões de toneladas; carvão, com 3 milhões de toneladas, e enxofre, com 1,63 milhão de toneladas trazidas ao País.
Novamente em Santos, sobressai o transporte de carga conteinerizada e a de carros. O volume de contêineres operado entre janeiro e outubro ali cresceu 10% em relação ao de 2010. No caso dos veículos, a movimentação foi recorde: 353.449 unidades, 21,4% acima do registrado em igual período do ano passado. O incremento também foi forte no envio de óleo combustível, café e óleo diesel (com gasóleo). Vale ressaltar que, nos últimos dez meses, as operações do Porto de Santos contribuíram com 24,5% da balança comercial brasileira (US$ 398,9 bilhões), totalizando US$ 98 bilhões. Os produtos brasileiros exportados por Santos somaram US$ 52 bilhões; nas importações, o montante operado resultou em US$ 46 bilhões.
Appa
No Paraná, o desempenho dos complexos locais foi comemorado: “Estes resultados são fruto das mudanças administrativas determinadas pelo governador Beto Richa. Uma administração de portas abertas, com o intuito de facilitar os processos e recuperar cargas. Bater o recorde histórico do porto antes mesmo do fim do ano é prova efetiva de que este novo estilo de governar implantado por ele está dando certo”, disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron. A entidade destaca que foram registrados outros recordes nos complexos paranaenses. Houve, por exemplo, o embarque ate agora de 6,7 milhões de toneladas de soja para o exterior — volume 13% superior ao máximo histórico de exportações do produto, registrado em 2003.
A preocupação, novamente, é com 2012. Quais os principais problemas de Santos, Paranaguá e Antonina que poderão estrangular estes sistemas no ano que vem? “Em Santos, as dificuldades de acesso por terra ao terminal são uma questão terrível: rodovias e ferrovias que levam ao porto são insuficientes. Problemas de gestão e falta de dinheiro para obras também são dificuldades deste terminal”, comenta Castro Jr.
“Já Paranaguá e Antonina padecem com o calado ainda pequeno que possuem. Em Paranaguá, o canal da Galheta está muito assoreado”, diz ele. “Pior ainda: hoje, o frete rodoviário de grãos da Região Centro-Oeste a Paranaguá sai mais caro do que o frete marítimo deste porto até países da Ásia, o que é um absurdo”, critica o consultor.
Em números, já se pode afirmar que 2011 foi um ano vitorioso para nossos portos. Santos, em especial, apresentou um volume recorde de carga entre janeiro e outubro. O maior porto da América Latina registrou 81,96 milhões de toneladas movimentadas no período — 0,8% a mais que os 81,28 milhões de toneladas de idêntica época de 2010. Embora tenha ocorrido um decréscimo de 3% das exportações feitas ali, o aumento de 8,8% das importações em Santos assegurou o crescimento excepcional do complexo situado no litoral paulista. Excelente foi também o total de embarques e desembarques dos portos paranaenses de Paranaguá e Antonina; nestes, o resultado atingido já ultrapassou o de 2007, que era o último recorde registrado. Faltando apenas um mês para 2012, já foram movimentados em ambos os sistemas portuários mais de 38 milhões de toneladas de mercadorias, e a expectativa é que até o final de dezembro por eles passem 41 milhões de toneladas de bens.
Cada vez mais, é justamente na venda ao exterior de commodities que se especializa o País. Isto fica claro na lista dos três produtos mais exportados por Santos até outubro: açúcar, a 14,79 milhões de toneladas; soja, 10,56 milhões de toneladas; e milho, 3,99 milhões de toneladas. No entanto, o envio de açúcar — ainda a mercadoria mais movimentada no complexo — teve queda de 15% quando comparado ao acumulado até outubro de 2010. Soja apresentou alta de 2%, ao passo que milho subiu 8,9% em relação ao ano anterior em Santos. Em importações, ganharam destaque no complexo paulista adubo, com 3,01 milhões de toneladas; carvão, com 3 milhões de toneladas, e enxofre, com 1,63 milhão de toneladas trazidas ao País.
Novamente em Santos, sobressai o transporte de carga conteinerizada e a de carros. O volume de contêineres operado entre janeiro e outubro ali cresceu 10% em relação ao de 2010. No caso dos veículos, a movimentação foi recorde: 353.449 unidades, 21,4% acima do registrado em igual período do ano passado. O incremento também foi forte no envio de óleo combustível, café e óleo diesel (com gasóleo). Vale ressaltar que, nos últimos dez meses, as operações do Porto de Santos contribuíram com 24,5% da balança comercial brasileira (US$ 398,9 bilhões), totalizando US$ 98 bilhões. Os produtos brasileiros exportados por Santos somaram US$ 52 bilhões; nas importações, o montante operado resultou em US$ 46 bilhões.
Appa
No Paraná, o desempenho dos complexos locais foi comemorado: “Estes resultados são fruto das mudanças administrativas determinadas pelo governador Beto Richa. Uma administração de portas abertas, com o intuito de facilitar os processos e recuperar cargas. Bater o recorde histórico do porto antes mesmo do fim do ano é prova efetiva de que este novo estilo de governar implantado por ele está dando certo”, disse o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron. A entidade destaca que foram registrados outros recordes nos complexos paranaenses. Houve, por exemplo, o embarque ate agora de 6,7 milhões de toneladas de soja para o exterior — volume 13% superior ao máximo histórico de exportações do produto, registrado em 2003.
A preocupação, novamente, é com 2012. Quais os principais problemas de Santos, Paranaguá e Antonina que poderão estrangular estes sistemas no ano que vem? “Em Santos, as dificuldades de acesso por terra ao terminal são uma questão terrível: rodovias e ferrovias que levam ao porto são insuficientes. Problemas de gestão e falta de dinheiro para obras também são dificuldades deste terminal”, comenta Castro Jr.
“Já Paranaguá e Antonina padecem com o calado ainda pequeno que possuem. Em Paranaguá, o canal da Galheta está muito assoreado”, diz ele. “Pior ainda: hoje, o frete rodoviário de grãos da Região Centro-Oeste a Paranaguá sai mais caro do que o frete marítimo deste porto até países da Ásia, o que é um absurdo”, critica o consultor.
Fonte: Alex Ricciardi - DCI
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