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Notícias

29
nov
2011
(CARBONO)
Preço dos créditos de carbono cai e afeta o mercado
O preço dos créditos de carbono caiu para seu patamar mais baixo de todos os tempos, fazendo com que dirigentes de bancos e operadores questionassem o futuro do programa, criado pela União Europeia (UE) e pela ONU e que visa conter as emissões por meio da negociação das licenças de poluir.

A acentuada queda dos preços ocorre num momento em que várias das maiores corretoras de commodities e bancos de Wall Street reduzem significativamente sua atuação nesse mercado. "O programa de créditos de carbono não está dando resultado", disse Per Lekander, analista do banco suíço UBS, em nota a clientes.

O preço dos certificados de reduções de emissões (CER, na sigla em inglês), avalizados pela ONU e comprados pelas empresas poluidoras para neutralizar os efeitos de suas emissões de gases estufa, caíram ontem para seu nível mais baixo, a € 5,90, com queda de mais de 50% desde junho. O preço dos créditos de carbono europeus (conhecidos pela sigla em inglês EUA) negociados há seis anos, também caiu a nível recorde ontem, a € 7,80. Os preços nos EUA caíram 15% somente esta semana.

A analistas atribuíram a queda vertical dos preços à retração da economia europeia, que deverá frear a expansão das emissões, e à iminente venda de milhões de créditos de carbono a ser realizada pelo European Investment Bank, que quer usar a renda da operação para investir em projetos "verdes".

O declínio dos preços das licenças poderá representar um complicador nas negociações da cúpula do clima da ONU, que terá início na semana que vem em Durban, na África do Sul. O encontro é cercado pelo temor generalizado de que os negociadores não conseguirão, mais uma vez, chegar a um acordo mundial abrangente, legalmente vinculante, para enfrentar as mudanças climáticas.

Fonte: Financial Times/Adaptado por CeluloseOnline

Fonte: Financial Times/Adaptado por CeluloseOnline

ITTO Sindimadeira_rs