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Notícias
26
nov
2011
(BIOENERGIA)
Crise gera negócio para a biomassa florestal na Europa
A utilização da biomassa poderá servir para o aquecimento de edifícios públicos, gerando uma nova "dinâmica social" em zonas de abandono do país, defende a Associação Florestal de Portugal (Forestis).
"A crise que estamos a passar pode representar uma boa opção para apostar na biomassa, através de uma tentativa de aproveitar recursos endógenos, sem utilização, criando uma dinâmica social e económica em zonas muito deficitárias", explicou hoje à Lusa Jorge Cunha, da Forestis.
A utilização destes excedentes na produção de calor, em edifícios públicos como escolas ou autarquias, será um dos temas em debate entre produtores, proprietários florestais e técnicos, empresas e elementos de universidades de Portugal e da Galiza, na quinta-feira.
A primeira reunião da Rede de Cooperação decorre em Tomiño, naquela região espanhola, no âmbito do projeto Promoção do Uso Sustentável de Biomassa Florestal para Fins Energéticos no Norte de Portugal e Sul da Galiza, e envolverá mais de 70 pessoas.
Mais-valias para os produtores
"Ao nível da produção elétrica já há um sistema, regras e até uma tabela de preços para a biomassa. Falta definir um modelo para a produção calorífica, como as espécies a utilizar, para tornar esta atividade rentável para os produtores. De resto, algo que já se faz em vários países", sublinha Jorge Cunha.
Trata-se de uma atividade que "pode criar grandes mais valias aos produtores", através de "dinâmicas locais", além de diminuir custos com energia, aproveitando soluções técnicas já disponíveis para garantir essa utilização.
"Para não falar do fator mais evidente que é contribuir para diminuir o risco de incêndio nas florestas, tendo em conta que passaria a existir um interesse ainda maior na recolha dessa biomassa", diz ainda.
A biomassa a usar para aquecimento pode ter várias origens, como a redução da densidade, em ação de diminuição do risco de incêndio, de cortes de excedentes sem valor comercial, e até o próprio mato.
Florestas abandonadas aumentam perigo de incêndio
"No fundo, o que fica abandonado na floresta sem gerar qualquer cadeia de valor. Pelo contrário, porque aumenta o risco de incêndio", remata Jorge Cunha.
No final desta reunião, os promotores do projeto esperam que os resultados "sirvam de modelo de referência para a utilização sustentável da biomassa, numa perspetiva local" e até para aplicação a outras regiões do sul da Europa.
Deste projeto fazem parte a Autoridade Florestal Nacional, Agência Regional de Energia e Ambiente do Alto Minho, Associação Florestal da Galiza e os municípios galegos de Ponteareas e Tomiño.
O processo é liderado pela Forestis que atualmente conta com 31 organizações de proprietários florestais associadas, com âmbito de atuação sub-regional. Representa e apoia tecnicamente mais de 12.000 proprietários florestais.
"A crise que estamos a passar pode representar uma boa opção para apostar na biomassa, através de uma tentativa de aproveitar recursos endógenos, sem utilização, criando uma dinâmica social e económica em zonas muito deficitárias", explicou hoje à Lusa Jorge Cunha, da Forestis.
A utilização destes excedentes na produção de calor, em edifícios públicos como escolas ou autarquias, será um dos temas em debate entre produtores, proprietários florestais e técnicos, empresas e elementos de universidades de Portugal e da Galiza, na quinta-feira.
A primeira reunião da Rede de Cooperação decorre em Tomiño, naquela região espanhola, no âmbito do projeto Promoção do Uso Sustentável de Biomassa Florestal para Fins Energéticos no Norte de Portugal e Sul da Galiza, e envolverá mais de 70 pessoas.
Mais-valias para os produtores
"Ao nível da produção elétrica já há um sistema, regras e até uma tabela de preços para a biomassa. Falta definir um modelo para a produção calorífica, como as espécies a utilizar, para tornar esta atividade rentável para os produtores. De resto, algo que já se faz em vários países", sublinha Jorge Cunha.
Trata-se de uma atividade que "pode criar grandes mais valias aos produtores", através de "dinâmicas locais", além de diminuir custos com energia, aproveitando soluções técnicas já disponíveis para garantir essa utilização.
"Para não falar do fator mais evidente que é contribuir para diminuir o risco de incêndio nas florestas, tendo em conta que passaria a existir um interesse ainda maior na recolha dessa biomassa", diz ainda.
A biomassa a usar para aquecimento pode ter várias origens, como a redução da densidade, em ação de diminuição do risco de incêndio, de cortes de excedentes sem valor comercial, e até o próprio mato.
Florestas abandonadas aumentam perigo de incêndio
"No fundo, o que fica abandonado na floresta sem gerar qualquer cadeia de valor. Pelo contrário, porque aumenta o risco de incêndio", remata Jorge Cunha.
No final desta reunião, os promotores do projeto esperam que os resultados "sirvam de modelo de referência para a utilização sustentável da biomassa, numa perspetiva local" e até para aplicação a outras regiões do sul da Europa.
Deste projeto fazem parte a Autoridade Florestal Nacional, Agência Regional de Energia e Ambiente do Alto Minho, Associação Florestal da Galiza e os municípios galegos de Ponteareas e Tomiño.
O processo é liderado pela Forestis que atualmente conta com 31 organizações de proprietários florestais associadas, com âmbito de atuação sub-regional. Representa e apoia tecnicamente mais de 12.000 proprietários florestais.
Fonte: Exame Expresso
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