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Notícias
25
nov
2011
(GERAL)
Pesquisa da FGV revela que não há antagonismo entre pequenos e grandes produtores rurais
Não há antagonismo entre pequenos e grandes produtores rurais, cujas atividades são complementares. Esta é uma das conclusões mais importantes da pesquisa Os perfis das classes de renda rural no Brasil, apresentada pelo pesquisador Mauro Lopes, da Fundação Getúlio Vargas, no seminário Os Desafios do Brasil como 5ª Potência Mundial e o Papel do Agronegócio. “As classes rurais D e E são grandes consumidoras de milho e soja na alimentação de aves e suínos e, para isso, dependem dos grandes produtores, que produzem com escala, forçando os preços desses produtos para baixo ”, explicou o pesquisador. A pesquisa também revelou que o uso de tecnologia é o principal fator de mobilidade entre as classes de renda do campo. O seminário, realizado em Brasília, nesta quarta-feira (23/11), marca as comemorações dos 60 anos da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e os 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).
De acordo com a pesquisa, foram identificadas três classes no meio rural a partir da definição de classe média adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Agropecuário de 2006. A pesquisa considera como renda líquida total do estabelecimento rural o valor líquido da produção, subtraídos os gastos do custeio e acrescidos os valores obtidos com aposentadorias e pensões, trabalhos fora dos estabelecimentos e as transferências governamentais. A classe C tem 15,4% dos estabelecimentos rurais, com renda líquida entre R$ 947 e R$ 4.083. As classes rurais A/B pertencem ao estrato que obtém renda líquida acima de R$ 4.083 e correspondem a 5,8% do total de estabelecimentos. A pesquisa identificou um grupo numeroso em pobreza extrema, que forma as classes D/E e representa 70,4% dos estabelecimentos rurais no Brasil. A renda desses estabelecimentos é inferior a R$ 947.
O estudo revelou um quadro inédito da composição da renda das três classes pesquisadas. Nas classes A/B e C, as atividades agropecuárias representam 94% e 73%, respectivamente, da renda dos estabelecimentos. Já nas classes D/E a composição da renda é diferente. Aposentadorias, pensões e programas governamentais de transferência de renda representam 52% da remuneração total e as atividades agropecuárias, 30%. Ou seja, são outras fontes que mantêm essas classes no campo e “evitam a migração dessa população para as já saturadas metrópoles brasileiras”, observou Mauro Lopes. Outra importante observação da pesquisa é que a composição da renda da classe média se assemelha mais à das classes A/B do que nas classes D/E. A participação das classes A/B e C na geração do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária é de 92,4%, enquanto nas classes D/E é de 7,6%.
Política Agrícola — Segundo Mauro Lopes, os resultados do estudo “têm fortes implicações para a formulação de políticas públicas para o setor”. Políticas voltadas para a produção são adequadas para as classes A/B e C. As classes D/E precisam ser mais estudadas para uma definição sobre a política que poderia beneficiar essa parcela da sociedade rural. “Há dúvidas se a política agrícola pode contribuir para o contingente mais pobre”, afirmou Lopes.
O foco da política agrícola deve ser a tecnologia e as classes rurais. A classe C, por exemplo, concentra as despesas no uso de insumos importados, portanto deveria contar com um financiamento adequado para evitar o impacto de variação do câmbio. Além disso, é o constante uso de tecnologia que promoverá a transição dessa classe para a A/B.
Veja a apresentação da pesquisa da FGV no www.canaldoprodutor.com.br
De acordo com a pesquisa, foram identificadas três classes no meio rural a partir da definição de classe média adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Agropecuário de 2006. A pesquisa considera como renda líquida total do estabelecimento rural o valor líquido da produção, subtraídos os gastos do custeio e acrescidos os valores obtidos com aposentadorias e pensões, trabalhos fora dos estabelecimentos e as transferências governamentais. A classe C tem 15,4% dos estabelecimentos rurais, com renda líquida entre R$ 947 e R$ 4.083. As classes rurais A/B pertencem ao estrato que obtém renda líquida acima de R$ 4.083 e correspondem a 5,8% do total de estabelecimentos. A pesquisa identificou um grupo numeroso em pobreza extrema, que forma as classes D/E e representa 70,4% dos estabelecimentos rurais no Brasil. A renda desses estabelecimentos é inferior a R$ 947.
O estudo revelou um quadro inédito da composição da renda das três classes pesquisadas. Nas classes A/B e C, as atividades agropecuárias representam 94% e 73%, respectivamente, da renda dos estabelecimentos. Já nas classes D/E a composição da renda é diferente. Aposentadorias, pensões e programas governamentais de transferência de renda representam 52% da remuneração total e as atividades agropecuárias, 30%. Ou seja, são outras fontes que mantêm essas classes no campo e “evitam a migração dessa população para as já saturadas metrópoles brasileiras”, observou Mauro Lopes. Outra importante observação da pesquisa é que a composição da renda da classe média se assemelha mais à das classes A/B do que nas classes D/E. A participação das classes A/B e C na geração do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária é de 92,4%, enquanto nas classes D/E é de 7,6%.
Política Agrícola — Segundo Mauro Lopes, os resultados do estudo “têm fortes implicações para a formulação de políticas públicas para o setor”. Políticas voltadas para a produção são adequadas para as classes A/B e C. As classes D/E precisam ser mais estudadas para uma definição sobre a política que poderia beneficiar essa parcela da sociedade rural. “Há dúvidas se a política agrícola pode contribuir para o contingente mais pobre”, afirmou Lopes.
O foco da política agrícola deve ser a tecnologia e as classes rurais. A classe C, por exemplo, concentra as despesas no uso de insumos importados, portanto deveria contar com um financiamento adequado para evitar o impacto de variação do câmbio. Além disso, é o constante uso de tecnologia que promoverá a transição dessa classe para a A/B.
Veja a apresentação da pesquisa da FGV no www.canaldoprodutor.com.br
Fonte: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO CNA
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