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Notícias
16
nov
2011
(MADEIRA E PRODUTOS)
Tecnologia de placas para construção civil e móveis ajuda a reduzir uso de madeira da floresta
Pesquisa feita pela Embrapa e Inpa cria biocompósito cimento-madeira
Como a manufatura de produtos que tem como matéria-prima a madeira pode ajudar a reduzir a pressão de desmatamento sobre a floresta amazônica? A resposta está em um produto elaborado a partir de cimento e madeira. A madeira viria de plantios de espécies florestais de rápido crescimento.
O produto é feito de partículas de madeira misturadas com cimento. Dessa mistura são feitas peças que tomam a aparência de placas de cerâmica. O nome desse produto é biocompósito cimento-madeira e pode substituir parte da madeira usada na construção civil e na fabricação de móveis.
Essa tecnologia é resultado de pesquisas realizadas no Amazonas, envolvendo pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sediados em Manaus-AM.
As pesquisas que resultaram nesse produto vêm sendo feitas ao longo dos últimos dez anos.
Os estudos por parte da Embrapa são com silvicultura, para desenvolver tecnologias de cultivo de espécies de madeira com crescimento rápido e que tenham características que atendam as condições para a preparação do biocompósito. Na Embrapa Amazônia Ocidental o responsável por esse trabalho é o pesquisador Roberval Lima. Já os estudos por parte do Inpa são com testes de laboratório para avaliar a compatibilidade do cimento com o substrato de madeira e transformar a matéria-prima nas peças. No Inpa esse trabalho é conduzido pelo pesquisador Fernando Almeida e conta cm colaboração do técnico José Maria Gonçalves, ambos são da Coordenação de Pesquisas de Produtos Florestais (CPPF/Inpa).
Madeira para o produto vem de plantios em áreas alteradas
De acordo com o pesquisador Roberval Lima, uma das vantagens da tecnologia é incentivar o plantio de árvores específicas para essa finalidade, evitando o uso de madeira retirada das florestas nativas. A madeira utilizada para produzir o biocompósito viria de plantios direcionados a esse produto. Esses plantios podem ser feitos para recuperar áreas que já foram alteradas e com isso se estaria dando a esses espaços uma finalidade que gere emprego e renda.
Essa árvores seriam espécies de crescimento rápido com características específicas para servir como matéria-prima para o biocompósito.
De acordo com os pesquisadores Fernando Almeida e Roberval Lima, essa tecnologia do biocompósito ajudaria também a evitar desmatamentos nas florestas nativas, uma vez que o produto tem condições de atender parte da demanda de peças de madeira para construção civil e movelaria.
Ambos pesquisadores, Roberval e Fernando, esclarecem que o biocompósito pode ser produzido também a partir de resíduos de madeira, porém a opção com o plantio de árvores de rápido crescimento permitirá a oferta regular de matéria-prima para produção do biocompósito em escala industrial e sua utilização na construção civil.
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida explica que nem todas as espécies florestais são compatíveis para o biocompósito, por causa da densidade da madeira e compatibilidade com os aditivos. Em vários testes foram selecionadas as que apresentaram melhor desempenho para o produto.
Foram selecionadas uma espécie exótica, o eucalipto, e uma espécie nativa da Amazônia, o tachi branco. Ambas são árvores de crescimento rápido e com isso o retorno do investimento vem em curto prazo. A partir de dois anos após o plantio se faz o desbaste e se retira matéria-prima para a manufatura das chapas de biocompósito, segundo os pesquisadores.
O pesquisador Roberval Lima acrescenta que se o produtor cultivar em plantio misto, poderá a curto, médio e longo prazo, dispor de outros produtos além da matéria prima para o biocompósito.
Testes apontaram resistência e durabilidade do material
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida destaca ainda a resistência e durabilidade do biocompósito cimento-madeira. "O produto com as espécies selecionadas passou por testes mostrando-se resistente à umidade, fungos e a prova d'água e, portanto, pode ser usado tanto em ambiente interno ou externo", informou.
O pesquisador Fernando Almeida explica que o processo consiste em triturar a matéria prima para que se tornem partículas de madeira com geometria pré-determinada. Essas partículas são misturadas com água e aditivos, submetidas a pressão a frio e tratadas para ficarem com uma aparência de placas de lajota ou cerâmica. "A espessura fica entre 12 a 19 mm e o comprimento e largura são variáveis, dependendo da finalidade que queira se dar ao uso do produto, para taco, divisória, teto, chão e no mobiliário", afirma.
Os pesquisadores informaram que a tecnologia de biocompósito já passou por vários testes em protótipos de móveis e de construção civil e está pronta para o mercado. Continuam sendo feitos estudos com outras espécies, para diversificar as opções de matéria-prima que sejam compatíveis para as placas de cimento-madeira.
Como a manufatura de produtos que tem como matéria-prima a madeira pode ajudar a reduzir a pressão de desmatamento sobre a floresta amazônica? A resposta está em um produto elaborado a partir de cimento e madeira. A madeira viria de plantios de espécies florestais de rápido crescimento.
O produto é feito de partículas de madeira misturadas com cimento. Dessa mistura são feitas peças que tomam a aparência de placas de cerâmica. O nome desse produto é biocompósito cimento-madeira e pode substituir parte da madeira usada na construção civil e na fabricação de móveis.
Essa tecnologia é resultado de pesquisas realizadas no Amazonas, envolvendo pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), sediados em Manaus-AM.
As pesquisas que resultaram nesse produto vêm sendo feitas ao longo dos últimos dez anos.
Os estudos por parte da Embrapa são com silvicultura, para desenvolver tecnologias de cultivo de espécies de madeira com crescimento rápido e que tenham características que atendam as condições para a preparação do biocompósito. Na Embrapa Amazônia Ocidental o responsável por esse trabalho é o pesquisador Roberval Lima. Já os estudos por parte do Inpa são com testes de laboratório para avaliar a compatibilidade do cimento com o substrato de madeira e transformar a matéria-prima nas peças. No Inpa esse trabalho é conduzido pelo pesquisador Fernando Almeida e conta cm colaboração do técnico José Maria Gonçalves, ambos são da Coordenação de Pesquisas de Produtos Florestais (CPPF/Inpa).
Madeira para o produto vem de plantios em áreas alteradas
De acordo com o pesquisador Roberval Lima, uma das vantagens da tecnologia é incentivar o plantio de árvores específicas para essa finalidade, evitando o uso de madeira retirada das florestas nativas. A madeira utilizada para produzir o biocompósito viria de plantios direcionados a esse produto. Esses plantios podem ser feitos para recuperar áreas que já foram alteradas e com isso se estaria dando a esses espaços uma finalidade que gere emprego e renda.
Essa árvores seriam espécies de crescimento rápido com características específicas para servir como matéria-prima para o biocompósito.
De acordo com os pesquisadores Fernando Almeida e Roberval Lima, essa tecnologia do biocompósito ajudaria também a evitar desmatamentos nas florestas nativas, uma vez que o produto tem condições de atender parte da demanda de peças de madeira para construção civil e movelaria.
Ambos pesquisadores, Roberval e Fernando, esclarecem que o biocompósito pode ser produzido também a partir de resíduos de madeira, porém a opção com o plantio de árvores de rápido crescimento permitirá a oferta regular de matéria-prima para produção do biocompósito em escala industrial e sua utilização na construção civil.
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida explica que nem todas as espécies florestais são compatíveis para o biocompósito, por causa da densidade da madeira e compatibilidade com os aditivos. Em vários testes foram selecionadas as que apresentaram melhor desempenho para o produto.
Foram selecionadas uma espécie exótica, o eucalipto, e uma espécie nativa da Amazônia, o tachi branco. Ambas são árvores de crescimento rápido e com isso o retorno do investimento vem em curto prazo. A partir de dois anos após o plantio se faz o desbaste e se retira matéria-prima para a manufatura das chapas de biocompósito, segundo os pesquisadores.
O pesquisador Roberval Lima acrescenta que se o produtor cultivar em plantio misto, poderá a curto, médio e longo prazo, dispor de outros produtos além da matéria prima para o biocompósito.
Testes apontaram resistência e durabilidade do material
O pesquisador do Inpa Fernando Almeida destaca ainda a resistência e durabilidade do biocompósito cimento-madeira. "O produto com as espécies selecionadas passou por testes mostrando-se resistente à umidade, fungos e a prova d'água e, portanto, pode ser usado tanto em ambiente interno ou externo", informou.
O pesquisador Fernando Almeida explica que o processo consiste em triturar a matéria prima para que se tornem partículas de madeira com geometria pré-determinada. Essas partículas são misturadas com água e aditivos, submetidas a pressão a frio e tratadas para ficarem com uma aparência de placas de lajota ou cerâmica. "A espessura fica entre 12 a 19 mm e o comprimento e largura são variáveis, dependendo da finalidade que queira se dar ao uso do produto, para taco, divisória, teto, chão e no mobiliário", afirma.
Os pesquisadores informaram que a tecnologia de biocompósito já passou por vários testes em protótipos de móveis e de construção civil e está pronta para o mercado. Continuam sendo feitos estudos com outras espécies, para diversificar as opções de matéria-prima que sejam compatíveis para as placas de cimento-madeira.
Fonte: Síglia Regina dos Santos Souza/ Jornalista MTb 066-AM
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