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Notícias
07
nov
2011
(AQUECIMENTO GLOBAL)
Paricá é uma alternativa competiviva ao eucalipto e ao pinus na indústria
Há 17 anos, Silvio Danholuzo começou a selecionar sementes de paricá na floresta para formar um campo de matrizes. São ao todo 2.500 árvores plantadas por ele na fazenda Concrem, no município de Dom Eliseu no estado do Pará.
Com sementes colhidas das árvores da fazenda, são produzidas cinco milhões de mudas de paricá por ano. A técnica empregada no viveiro e no plantio das mudas segue o mesmo manejo adotado para a cultura do eucalipto.
Hoje a fazenda tem 17 mil hectares de paricá. O reflorestamento tem árvores com várias idades diferentes para permitir a colheita de madeira durante o ano inteiro. Veja no vídeo como é feito o plantio em solo seco com o uso de hidrogel.
Toda a produção de paricá de Dom Eliseu é direcionada para a fabricação de compensado. Cada árvore produz de três a quatro toras de dois metros de comprimento, tamanho ideal para entrar no torno que retira as lâminas de compensado. O processamento do paricá no torno só foi possível graças a uma mudança feita pelo Silvio Danholuzo nas engrenagens da máquina.
Ele introduziu rolamentos que tracionam a guilhotina do torno automaticamente de acordo com a espessura da tora que entra na boca da máquina. Isso permitiu laminar o paricá que tem de 10 a 40 centímetros de diâmetro. Hoje o torno tracionado é fabricado em escala comercial.
Na região de Dom Eliseu existem 40 tornos em funcionamento. Eles abastecem as fábricas de compensado da região que produzem 50 mil metros cúbicos de placas por mês.
O compensado é vendido no mercado interno para uso na construção civil. Um outro mercado importante é a exportação das lâminas de paricá solteiras, sem a montagem das placas. Um produto leve e que é muito cobiçado nos Estados Unidos para revestir pisos e paredes internas de casas de madeira.
Os resíduos da fabricação do compensado e as pontas de madeira que não servem para a laminação vão para a fábrica de MDF instalada em Pargominas. O MDF é uma placa de aglomerado de madeira que, pelo seu processo de fabricação, adquire boa resistência e estabilidade, características muito importantes para a indústria de móveis.
A indústria instalada no município de Paragominas processa 300 toneladas por dia, metade de paricá e metade de eucalipto. A madeira é triturada e recebe resina sintética para aglutinar as fibras. As chapas podem receber vários tipos de acabamento, de acordo com a finalidade. A tecnologia entregada hoje permite produzir chapas resistentes a umidade e aos cupins.
Com o MDF é possível produzir qualquer tipo de móvel modulado. Hoje boa parte das placas fabricadas em Paragominas é utilizada no pólo moveleiro instalado na região.
O plantio de paricá também pode beneficiar os pequenos produtores da região. Marcelo Soares está colhendo 15 hetares de paricá por ano. Além disso ele já testou com sucesso o consórcio do paricá com milho, mandioca, feijão e girassol.
Com parque moveleiro moderno e matéria prima renovável, através do plantio de árvores nativas como o paricá, Paragominas e outros municípios do sul do Pará estão deixando para trás a fama de campeões na destruição de florestas. São 60 milhões de pés de paricá que se renovam ano a ano e ajudam a preservar a floresta nativa.
No Brasil, o eucalipto e o pinus ocupam quase 99% da área total de florestas plantadas. As outras madeiras, juntas, ocupam pouco mais de 1%, apenas. O paricá, pelas suas qualidades, pode se tornar a primeira espécie brasileira a disputar novos espaços num setor tão competitivo.
Com sementes colhidas das árvores da fazenda, são produzidas cinco milhões de mudas de paricá por ano. A técnica empregada no viveiro e no plantio das mudas segue o mesmo manejo adotado para a cultura do eucalipto.
Hoje a fazenda tem 17 mil hectares de paricá. O reflorestamento tem árvores com várias idades diferentes para permitir a colheita de madeira durante o ano inteiro. Veja no vídeo como é feito o plantio em solo seco com o uso de hidrogel.
Toda a produção de paricá de Dom Eliseu é direcionada para a fabricação de compensado. Cada árvore produz de três a quatro toras de dois metros de comprimento, tamanho ideal para entrar no torno que retira as lâminas de compensado. O processamento do paricá no torno só foi possível graças a uma mudança feita pelo Silvio Danholuzo nas engrenagens da máquina.
Ele introduziu rolamentos que tracionam a guilhotina do torno automaticamente de acordo com a espessura da tora que entra na boca da máquina. Isso permitiu laminar o paricá que tem de 10 a 40 centímetros de diâmetro. Hoje o torno tracionado é fabricado em escala comercial.
Na região de Dom Eliseu existem 40 tornos em funcionamento. Eles abastecem as fábricas de compensado da região que produzem 50 mil metros cúbicos de placas por mês.
O compensado é vendido no mercado interno para uso na construção civil. Um outro mercado importante é a exportação das lâminas de paricá solteiras, sem a montagem das placas. Um produto leve e que é muito cobiçado nos Estados Unidos para revestir pisos e paredes internas de casas de madeira.
Os resíduos da fabricação do compensado e as pontas de madeira que não servem para a laminação vão para a fábrica de MDF instalada em Pargominas. O MDF é uma placa de aglomerado de madeira que, pelo seu processo de fabricação, adquire boa resistência e estabilidade, características muito importantes para a indústria de móveis.
A indústria instalada no município de Paragominas processa 300 toneladas por dia, metade de paricá e metade de eucalipto. A madeira é triturada e recebe resina sintética para aglutinar as fibras. As chapas podem receber vários tipos de acabamento, de acordo com a finalidade. A tecnologia entregada hoje permite produzir chapas resistentes a umidade e aos cupins.
Com o MDF é possível produzir qualquer tipo de móvel modulado. Hoje boa parte das placas fabricadas em Paragominas é utilizada no pólo moveleiro instalado na região.
O plantio de paricá também pode beneficiar os pequenos produtores da região. Marcelo Soares está colhendo 15 hetares de paricá por ano. Além disso ele já testou com sucesso o consórcio do paricá com milho, mandioca, feijão e girassol.
Com parque moveleiro moderno e matéria prima renovável, através do plantio de árvores nativas como o paricá, Paragominas e outros municípios do sul do Pará estão deixando para trás a fama de campeões na destruição de florestas. São 60 milhões de pés de paricá que se renovam ano a ano e ajudam a preservar a floresta nativa.
No Brasil, o eucalipto e o pinus ocupam quase 99% da área total de florestas plantadas. As outras madeiras, juntas, ocupam pouco mais de 1%, apenas. O paricá, pelas suas qualidades, pode se tornar a primeira espécie brasileira a disputar novos espaços num setor tão competitivo.
Fonte: Com informações do Globo Rural
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