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Notícias
06
nov
2011
(AQUECIMENTO GLOBAL)
Não podemos continuar crescendo, o planeta é finito, diz Eduardo Athayde
“Não podemos mais continuar crescendo em um planeta que é finito sem a readaptação dos diferentes setores, sem um novo modelo de produção e consumo que seja sustentável”, defendeu Eduardo Athayde, presidente do Worldwatch Institute no Brasil (WWI Brasil). Ele participou do debate sobre segurança alimentar e as inovações para a sustentabilidade no campo, tema do relatório “Estado do Mundo 2011 – Inovações que Nutrem o Planeta”.
O debate foi realizado em São Paulo, durante o lançamento da versão em português do documento.
“Somos 7 bilhões de pessoas. Um em cada sete de nós acorda pela manhã e não sabe o que comer. Sequer, se vai comer”, alerta. “Enquanto isso, especialistas discutem como produzir mais e não como consumir o que já é produzido de forma sustentável e igualitária.” Dados do relatório indicam, por exemplo, que entre 25% e 50% da colheita dos países mais pobres estraga ou é contaminada por pragas ou fungos antes de chegar à mesa.
Vale lembrar que 1804 a população humana atingiu o primeiro bilhão. Passados apenas 130 anos, isto é, em 1930, o número já era de 2 bilhões. O crescimento populacional continuou muito acelerado, tanto é que hoje somos quase 7 bilhões e caminhamos a passos largos para chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050. “Diante dessa realidade, como garantir segurança alimentar considerando ainda os 78 milhões de novos consumidores acrescidos anualmente à população humana”, questiona Athayde.
O presidente cita algumas ações protagonizadas no continente africano para o combate à fome. As inovações estão descritas no relatório Estado do Mundo:
- Na Gâmbia, 6.000 mulheres se organizaram em associação de produtoras, criando um planejamento de co-gestão sustentável para a exploração local de ostras;
- Em Kibera – uma das maiores favelas africanas que fica em Nairobi, capital do Quênia – mais de 1.000 agricultoras estão cultivando hortas “verticais” em sacos de terra perfurados, alimentando suas famílias.
Ainda segundo o estudo, “dando às mulheres o mesmo acesso que os homens aos recursos agrícolas, poderia aumentar a produção nos países em desenvolvimento em 20% a 30%” e isso poderia reduzir em até 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.
Para Athayde, o mundo precisa crescer readaptando os diversos setores de produção. “Isso significa decrescer os níveis de produção e consumo, gerando o crescimento de lucros por meio da inteligência, da eficácia da ciência e da capacitação para a sustentabilidade”.
O documento alerta também que “o preço mundial dos alimentos sofre forte pressão de aumento, impulsionado pela crescente demanda por carne na Ásia, trigo na África e biocombustíveis na Europa e América do Norte, entre outros fatores”.
O debate foi realizado em São Paulo, durante o lançamento da versão em português do documento.
“Somos 7 bilhões de pessoas. Um em cada sete de nós acorda pela manhã e não sabe o que comer. Sequer, se vai comer”, alerta. “Enquanto isso, especialistas discutem como produzir mais e não como consumir o que já é produzido de forma sustentável e igualitária.” Dados do relatório indicam, por exemplo, que entre 25% e 50% da colheita dos países mais pobres estraga ou é contaminada por pragas ou fungos antes de chegar à mesa.
Vale lembrar que 1804 a população humana atingiu o primeiro bilhão. Passados apenas 130 anos, isto é, em 1930, o número já era de 2 bilhões. O crescimento populacional continuou muito acelerado, tanto é que hoje somos quase 7 bilhões e caminhamos a passos largos para chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050. “Diante dessa realidade, como garantir segurança alimentar considerando ainda os 78 milhões de novos consumidores acrescidos anualmente à população humana”, questiona Athayde.
O presidente cita algumas ações protagonizadas no continente africano para o combate à fome. As inovações estão descritas no relatório Estado do Mundo:
- Na Gâmbia, 6.000 mulheres se organizaram em associação de produtoras, criando um planejamento de co-gestão sustentável para a exploração local de ostras;
- Em Kibera – uma das maiores favelas africanas que fica em Nairobi, capital do Quênia – mais de 1.000 agricultoras estão cultivando hortas “verticais” em sacos de terra perfurados, alimentando suas famílias.
Ainda segundo o estudo, “dando às mulheres o mesmo acesso que os homens aos recursos agrícolas, poderia aumentar a produção nos países em desenvolvimento em 20% a 30%” e isso poderia reduzir em até 150 milhões o número de pessoas com fome no mundo.
Para Athayde, o mundo precisa crescer readaptando os diversos setores de produção. “Isso significa decrescer os níveis de produção e consumo, gerando o crescimento de lucros por meio da inteligência, da eficácia da ciência e da capacitação para a sustentabilidade”.
O documento alerta também que “o preço mundial dos alimentos sofre forte pressão de aumento, impulsionado pela crescente demanda por carne na Ásia, trigo na África e biocombustíveis na Europa e América do Norte, entre outros fatores”.
Fonte: Instituto Akatu
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