Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Condomínio de preservação surge como alternativa à reserva legal
A edição da Medida Provisória 2166/2001, que estabelece percentuais que devem ser protegidos por cada propriedade ou imóvel rural, trouxe à tona o debate sobre a impossibilidade de um empresário rural explorar, de forma contínua, uma área de terra.
Os percentuais variam de acordo com as regiões do país, chegando a 80% nas áreas de florestas da Amazônia; 35% para o cerrado da Amazônia Legal; e 20% para as demais regiões do país. O uso econômico da reserva legal é permitido, mediante a adoção do manejo sustentável de seus recursos. Trata-se de tema polêmico e motivo de protestos por vários proprietários rurais, fazendo surgir várias propostas alternativas.
Uma delas, já amplamente debatida por alguns advogados ambientalistas do centro sul do País, é a de reunir reservas legais em condomínios de preservação. A alternativa seria, segundo seus defensores, a solução para cumprir a lei sem restringir a produção agropecuária em algumas áreas. O chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Francisco Missias Lopes, disse que este debate é recente e vários argumentos são postos na mesa de discussão.
Disse que, além da MP 2166, o Código Florestal estabelece, em seus artigos e parágrafos, a reserva legal das propriedades rurais, com o objetivo de garantir a preservação das espécies da flora e fauna brasileira; o equilíbrio do meio ambiente natural com seus ecossistemas, bacias hidrográficas e demais recursos da biodiversidade. "Procura-se mostrar que a reserva legal agregada à propriedade pode não ser a melhor opção para se garantir a integridade física desta áreas". Missias destaca que no Acre já existe uma experiência onde a reserva legal de uma determinada área foi compensada com florestas situadas em outra área do Estado. "O projeto Zaqueu Machado tem a sua reserva legal compensada através de uma unidade de conservação federal, mais precisamente na Floresta Nacional do Purus, localizada nos municípios de Sena Madureira e Santa Rosa". Missias, que é analista ambiental, alerta que existem os aspectos positivos e negativos quanto à formação de condomínios de preservação.
Um dos pontos favoráveis seria a garantia efetiva de manutenção de forma intacta da quantidade total. "Isto porque, quando a reserva legal está agregada à propriedade, muitos fazendeiros não respeitam o limite imposto e acabam por desmatar parte da área de preservação".
Um outro aspecto positivo seria o de facilitar a fiscalização. "Ficando em um só bloco de floresta, é muito mais fácil identificar a exploração, do que em várias áreas dispersas em cada área particular." Do ponto de vista da preservação ambiental e das espécies de fauna e flora da reserva, evitaria a interrupção de áreas de florestas, com existência de "ilhas" florestais de reservas, "em meio a uma imensidão de campos e/ou agricultura". As espécies de animais teriam condições ecológicas e espaço físico mais apropriado para sobreviverem e procriarem, além de ficarem mais protegidos da gana dos caçadores do que o que acontece atualmente nas reservas legais. "Contribui também para evitar as costumeiras invasões nas áreas de reserva legal".
A falta de uma cobertura vegetal em áreas contínuas de terras podem, por outro lado, acarretar danos irreversíveis à natureza. "Pode-se levar à morte mais rapidamente os cursos d'água existentes nas propriedades rurais".
Missias disse que outro ponto negativo é a possibilidade de levar à extinção de algumas espécies de fauna que existem em ambientes restritos da Amazônia e que não se adaptariam para sobreviver em outros habitats. O chefe de fiscalização do Ibama avalia que, apesar de existirem pontos negativos, "acreditamos que são experiências que, tratadas com ética, profissionalismo e principalmente com um olhar ambiental e futuristas, são modalidades válidas."
Fonte: Amazônia.org.br – 28/07/2004
Os percentuais variam de acordo com as regiões do país, chegando a 80% nas áreas de florestas da Amazônia; 35% para o cerrado da Amazônia Legal; e 20% para as demais regiões do país. O uso econômico da reserva legal é permitido, mediante a adoção do manejo sustentável de seus recursos. Trata-se de tema polêmico e motivo de protestos por vários proprietários rurais, fazendo surgir várias propostas alternativas.
Uma delas, já amplamente debatida por alguns advogados ambientalistas do centro sul do País, é a de reunir reservas legais em condomínios de preservação. A alternativa seria, segundo seus defensores, a solução para cumprir a lei sem restringir a produção agropecuária em algumas áreas. O chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Francisco Missias Lopes, disse que este debate é recente e vários argumentos são postos na mesa de discussão.
Disse que, além da MP 2166, o Código Florestal estabelece, em seus artigos e parágrafos, a reserva legal das propriedades rurais, com o objetivo de garantir a preservação das espécies da flora e fauna brasileira; o equilíbrio do meio ambiente natural com seus ecossistemas, bacias hidrográficas e demais recursos da biodiversidade. "Procura-se mostrar que a reserva legal agregada à propriedade pode não ser a melhor opção para se garantir a integridade física desta áreas". Missias destaca que no Acre já existe uma experiência onde a reserva legal de uma determinada área foi compensada com florestas situadas em outra área do Estado. "O projeto Zaqueu Machado tem a sua reserva legal compensada através de uma unidade de conservação federal, mais precisamente na Floresta Nacional do Purus, localizada nos municípios de Sena Madureira e Santa Rosa". Missias, que é analista ambiental, alerta que existem os aspectos positivos e negativos quanto à formação de condomínios de preservação.
Um dos pontos favoráveis seria a garantia efetiva de manutenção de forma intacta da quantidade total. "Isto porque, quando a reserva legal está agregada à propriedade, muitos fazendeiros não respeitam o limite imposto e acabam por desmatar parte da área de preservação".
Um outro aspecto positivo seria o de facilitar a fiscalização. "Ficando em um só bloco de floresta, é muito mais fácil identificar a exploração, do que em várias áreas dispersas em cada área particular." Do ponto de vista da preservação ambiental e das espécies de fauna e flora da reserva, evitaria a interrupção de áreas de florestas, com existência de "ilhas" florestais de reservas, "em meio a uma imensidão de campos e/ou agricultura". As espécies de animais teriam condições ecológicas e espaço físico mais apropriado para sobreviverem e procriarem, além de ficarem mais protegidos da gana dos caçadores do que o que acontece atualmente nas reservas legais. "Contribui também para evitar as costumeiras invasões nas áreas de reserva legal".
A falta de uma cobertura vegetal em áreas contínuas de terras podem, por outro lado, acarretar danos irreversíveis à natureza. "Pode-se levar à morte mais rapidamente os cursos d'água existentes nas propriedades rurais".
Missias disse que outro ponto negativo é a possibilidade de levar à extinção de algumas espécies de fauna que existem em ambientes restritos da Amazônia e que não se adaptariam para sobreviver em outros habitats. O chefe de fiscalização do Ibama avalia que, apesar de existirem pontos negativos, "acreditamos que são experiências que, tratadas com ética, profissionalismo e principalmente com um olhar ambiental e futuristas, são modalidades válidas."
Fonte: Amazônia.org.br – 28/07/2004
Fonte:
Notícias em destaque

Exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12 por cento em valo
Em maio de 2025, as exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12% em valor em...
(MERCADO)

Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da...
(GERAL)

As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva nos EUA?
As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva no mercado americano devido às tarifas mais...
(INTERNACIONAL)

Onde está localizada a maior árvore do mundo? Sua altura supera a do Cristo Redentor
Com um tamanho gigantesco, essas árvores podem ser consideradas verdadeiros arranha-céus verdes. Algumas delas têm o dobro da...
(GERAL)

O Brasil se tornou o maior fornecedor de aglomerados de madeira da China
De acordo com a Alfândega da China, as importações de aglomerados de madeira da Tailândia caíram 51% no primeiro...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Governo de Ontário lança "Plano de Ação para Construção Avançada em Madeira"
O governo de Ontário lançou o Plano de Ação para Construção Avançada em Madeira para aumentar a...
(GERAL)