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Notícias
04
nov
2011
(GERAL)
Caem preços de terras em grandes áreas
A indefinição sobre as regras para a aquisição de terras por estrangeiros no Brasil ajudou a conter o ritmo forte de alta nos preços dos imóveis rurais. Em algumas regiões houve estagnação e, pontualmente, até retração de valores, sobretudo nos "grandes" negócios em áreas maiores, acima de 3 mil hectares. No entanto, apesar desse movimento, o saldo geral em 2011 ainda é de valorização, puxada pelos negócios dos clientes tradicionais desse mercado: produtores rurais capitalizados após safra de boa rentabilidade.
Nos negócios intermediados pela empresa do ramo imobiliário Commercial Properties, a retração de preços ocorreu em áreas grandes e foi acima de 10%, dependendo da região e da cultura para a qual a terra é destinada. Em Ribeirão Preto (SP), por exemplo, tradicional polo de cana, houve negócios fechados por R$ 32 mil o hectare, 16% menos que no ano passado. Em Cascavel (PR), o preço da terra diminuiu 14%, para R$ 25 mil o hectare. Em Pouso Alegre (MG), região de cultivo de grãos, café e frutas, a queda apurada pela empresa foi de 12%; em Luís Eduardo Magalhães (BA), chegou a 19%.
Uma das poucas regiões onde a Commercial Properties apurou aumento nos preços de terras com mais de 3 mil hectares em 2011 foi na faixa que vai de Lucas do Rio Verde (MT) a Sinop (MT), onde a alta é de 32%. Em Chapadão do Sul (MS) também houve aumento, de 27%. "Intermediamos essas negociações. Temos as visões do comprador e do vendedor. Sabemos quando o dono de uma fazenda quer vender por R$ 10 milhões, mas aceita receber R$ 8 milhões porque não consegue pedir mais, sabe que o mercado perdeu liquidez", diz Aloisio Feres Barinotti, CEO da Commercial Properties.
Assim, o ano de 2011, até agora, foi de relativa estagnação nos negócios de porte, foco de grandes investidores, muitos deles multinacionais ou fundos de investimentos. "Nosso portfólio, voltado para áreas superiores a 10 mil hectares, teve que se adaptar para negociar propriedades "menores", a partir de 3 mil hectares", explica o presidente da empresa, que é associada à multinacional americana do ramo imobiliário NAI.
Quem sustentou a compra e a venda de terra no país em 2011 foi a clientela tradicional, sobretudo produtores de soja, milho, algodão e cana mais capitalizados com os preços mais elevados dessas commodities. "É cultural no produtor, em ano de boa rentabilidade, comprar terra como reserva de valor", acrescenta Barinotti.
A Informa Economics FNP, que faz um levantamento que considera, em sua maior parte, áreas menores de 2 mil hectares, verificou no acumulado de 2011 um aumento nos preços das terras acima de 5%, segundo a gerente de agroenergia da consultoria, Jacqueline Bierhals. Ela observa, porém, que de fato os grandes negócios perderam liquidez e que a maior parte das operações ocorreu mesmo em áreas inferiores a 2 mil hectares. "O ano de 2011 não está paralisado, mas a liquidez está mediana. Os produtores rurais locais é que estão fechando negócios".
Mas, mesmo entre as áreas menores, houve estagnação em algumas regiões, como na Bahia e em parte de Mato Grosso do Sul. "Acredito que no oeste baiano houve uma aceleração muito forte em 2009 e 2010. Agora, estagnaram por já estarem confortáveis", avalia Jacqueline.
Para Barinotti, o recuo dos grandes negócios em 2011 foi, na realidade, um adiamento. Ele acredita que quando o governo definir a legislação sobre a compra de terras por estrangeiros as transações represadas voltarão à mesa. "Os investidores já se estruturaram para essa nova fase. Ajustes societários, captações de recursos e projetos já foram definidos. Vai ficar faltando só apertar o botão", afirma ele. Por isso, não é difícil prever que em 2012 os preços das grandes áreas de terras deverão voltar a subir.
De olho nisso, companhias como a SLC Agrícola estão aproveitando o recuo da "concorrência" no mercado de terras para ir às compras. Em menos de dois meses, a SLC anunciou a aquisição de duas fazendas no Piauí e negocia com uma terceira, em Mato Grosso. Em 6 de setembro, informou a compra de 13,812 mil hectares por R$ 68,581 milhões, e em 21 de outubro, a aquisição de 12.936 hectares, por R$ 47,335 milhões, ambas no Piauí. "A fazenda em Mato Grosso que estamos negociando é ainda maior, tem 29 mil hectares", afirma diretor-presidente da SLC Agrícola, Arlindo Moura. Para ele, não houve estagnação ou redução dos preços nas áreas rurais de maior porte. "O que eu senti é que não subiu tanto, pelo menos no ritmo que vinha no ano passado. Mas após essa definição jurídica, certamente os preços vão explodir", acredita.
Nos negócios intermediados pela empresa do ramo imobiliário Commercial Properties, a retração de preços ocorreu em áreas grandes e foi acima de 10%, dependendo da região e da cultura para a qual a terra é destinada. Em Ribeirão Preto (SP), por exemplo, tradicional polo de cana, houve negócios fechados por R$ 32 mil o hectare, 16% menos que no ano passado. Em Cascavel (PR), o preço da terra diminuiu 14%, para R$ 25 mil o hectare. Em Pouso Alegre (MG), região de cultivo de grãos, café e frutas, a queda apurada pela empresa foi de 12%; em Luís Eduardo Magalhães (BA), chegou a 19%.
Uma das poucas regiões onde a Commercial Properties apurou aumento nos preços de terras com mais de 3 mil hectares em 2011 foi na faixa que vai de Lucas do Rio Verde (MT) a Sinop (MT), onde a alta é de 32%. Em Chapadão do Sul (MS) também houve aumento, de 27%. "Intermediamos essas negociações. Temos as visões do comprador e do vendedor. Sabemos quando o dono de uma fazenda quer vender por R$ 10 milhões, mas aceita receber R$ 8 milhões porque não consegue pedir mais, sabe que o mercado perdeu liquidez", diz Aloisio Feres Barinotti, CEO da Commercial Properties.
Assim, o ano de 2011, até agora, foi de relativa estagnação nos negócios de porte, foco de grandes investidores, muitos deles multinacionais ou fundos de investimentos. "Nosso portfólio, voltado para áreas superiores a 10 mil hectares, teve que se adaptar para negociar propriedades "menores", a partir de 3 mil hectares", explica o presidente da empresa, que é associada à multinacional americana do ramo imobiliário NAI.
Quem sustentou a compra e a venda de terra no país em 2011 foi a clientela tradicional, sobretudo produtores de soja, milho, algodão e cana mais capitalizados com os preços mais elevados dessas commodities. "É cultural no produtor, em ano de boa rentabilidade, comprar terra como reserva de valor", acrescenta Barinotti.
A Informa Economics FNP, que faz um levantamento que considera, em sua maior parte, áreas menores de 2 mil hectares, verificou no acumulado de 2011 um aumento nos preços das terras acima de 5%, segundo a gerente de agroenergia da consultoria, Jacqueline Bierhals. Ela observa, porém, que de fato os grandes negócios perderam liquidez e que a maior parte das operações ocorreu mesmo em áreas inferiores a 2 mil hectares. "O ano de 2011 não está paralisado, mas a liquidez está mediana. Os produtores rurais locais é que estão fechando negócios".
Mas, mesmo entre as áreas menores, houve estagnação em algumas regiões, como na Bahia e em parte de Mato Grosso do Sul. "Acredito que no oeste baiano houve uma aceleração muito forte em 2009 e 2010. Agora, estagnaram por já estarem confortáveis", avalia Jacqueline.
Para Barinotti, o recuo dos grandes negócios em 2011 foi, na realidade, um adiamento. Ele acredita que quando o governo definir a legislação sobre a compra de terras por estrangeiros as transações represadas voltarão à mesa. "Os investidores já se estruturaram para essa nova fase. Ajustes societários, captações de recursos e projetos já foram definidos. Vai ficar faltando só apertar o botão", afirma ele. Por isso, não é difícil prever que em 2012 os preços das grandes áreas de terras deverão voltar a subir.
De olho nisso, companhias como a SLC Agrícola estão aproveitando o recuo da "concorrência" no mercado de terras para ir às compras. Em menos de dois meses, a SLC anunciou a aquisição de duas fazendas no Piauí e negocia com uma terceira, em Mato Grosso. Em 6 de setembro, informou a compra de 13,812 mil hectares por R$ 68,581 milhões, e em 21 de outubro, a aquisição de 12.936 hectares, por R$ 47,335 milhões, ambas no Piauí. "A fazenda em Mato Grosso que estamos negociando é ainda maior, tem 29 mil hectares", afirma diretor-presidente da SLC Agrícola, Arlindo Moura. Para ele, não houve estagnação ou redução dos preços nas áreas rurais de maior porte. "O que eu senti é que não subiu tanto, pelo menos no ritmo que vinha no ano passado. Mas após essa definição jurídica, certamente os preços vão explodir", acredita.
Fonte: Fabiana Batista - Valor Econômico
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