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Notícias
30
out
2011
(MÓVEIS)
Palestrantes do XXI Congresso MOVERGS projetam oportunidades para a Copa do Mundo de 2014
O XXI Congresso MOVERGS realizado no dia 19 de outubro, no Clube Botafogo, em Bento Gonçalves, contou com o conhecimento de Marcelo Prado, Ricardo Amorim e Luciano Pires para preparar as indústrias em busca de alternativas de crescimento. Com o tema ‘Você tem uma Copa para Ganhar’, o encontro de empresários do setor moveleiro trouxe questões estratégicas sobre planejamento, dados econômicos e informações atualizadas a respeito do segmento e discutiu as principais oportunidades de crescimento do setor para a Copa do Mundo de 2014.
Confira, a seguir, os principais momentos das palestras realizadas durante o Congresso.
Conhecendo o adversário
O diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Villin Prado, apresentou o Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil (Brasil Móveis 2011). O desempenho da indústria de móveis brasileira, de modo geral, têm sido bom nos últimos anos, segundo Prado. “Crescemos mais do que nos anos 80 e nos anos 90. Já os anos 2000 foram relativamente bons para a indústria brasileira, no entanto, dentro de um modelo de negócio que talvez não nos leve a 2020”, evidencia.
Prado considera que, atualmente, para ser competitivo na indústria moveleira é preciso inovar. “Não adianta mais produzir móveis com cara de ‘já te vi’. Parece-me que, daqui para a Copa, este não será mais o caminho de crescimento para a indústria moveleira”, opina.
Atualmente, o Brasil representa 4,2% da produção mundial de móveis.
“Entre 2005 e 2010, o país aumentou 41% de sua produção em volume de peças”, destacou Prado. No ano passado, o crescimento foi positivo para a indústria de móveis brasileira e, para 2011, as expectativas são de crescimento de 2,5%, conforme Prado. Mas, para isso, segundo ele, é preciso aproveitar os bons momentos que o país vive. “Em 2011 pode-se chegar a 455 milhões de peças, mais do que os 414 milhões alcançados em 2010”, relatou.
Em termos de comércio exterior, Prado aponta que as exportações estavam estagnadas desde 2005, por causa da valorização cambial. “Em 2009, em virtude da crise econômica internacional, o índice caiu 30%, porém, passada a crise, houve um avanço de 11% em 2010”, enumera. “Poderíamos ter feito mais, aumentando ainda mais a diversificação de mercados de destinos dos nossos móveis, oferecendo aos países não produtores”, exemplifica. “No entanto, a competição com ambientes de produção diferentes é difícil, devido aos auxílios governamentais recebidos pelos outros países”, rebate.
Ataque
Diante deste cenário de dificuldades para manter as exportações, o setor moveleiro deve procurar novos mercados para destinar a sua produção, tornando-se, assim, ainda mais competitivo. E foi este um dos conselhos reforçados por Ricardo Amorim durante a sua palestra.
A competitividade, segundo ele, a longo prazo, faz com que as empresas obtenham resultados ainda mais positivos. “Um dos pontos estratégicos que se deve considerar quando as exportações de móveis caem é alterar os mercados para os quais se exportam”, indica. “Ao exportar para um país emergente, há duas situações favoráveis: não haverá perda cambial e aquele país está crescendo e, consequentemente, o consumo está aumentando”, exemplifica.
Além disso, Amorim deixou claro que é preciso privilegiar o mercado doméstico. “O Brasil virou um país de classe média, avaliando-se a renda do brasileiro, ou seja, com a emergência dos ‘consumidores’ das classes D e E, são 55 milhões de pessoas a mais consumindo”, calcula Amorim, alertando aqui para uma grande oportunidade que o mercado moveleiro tem para investir.
Chute a gol
Já Luciano Pires aproveitou o tema central do Congresso – Você tem uma Copa para Ganhar – para indicar que é preciso ter a chance de aproveitar as oportunidades que estão por vir com a Copa do Mundo de 2014. “É preciso estar preparado para entender as subliminares”, afirma.
Citou, então, para exemplificar, a Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil. “Pouca gente sabe que o jogo decisivo foi disputado no Estádio do Maracanã, que foi erguido quase que exclusivamente para a Copa, ou seja, os jogos eram realizados em um estádio em obras, já que teve sua licitação aberta em janeiro de 1947, pedra fundamental inaugurada em agosto de 1948, entrega incompleta em 1950 e as obras terminaram em 1965”, ilustra. “O retrospecto não é bom”, brinca.
De toda forma, Pires considera que é preciso estar atento a tudo o que é noticiado e, mais do que isso, saber filtrar o que as manchetes mostram, para não tomar providências mentirosas. “Por isso, considero a importância de se observar a relevância, a responsabilidade, a reserva e a ressonância das informações que são repassadas como fatores indispensáveis para entender o que se passa a sua volta”, aconselha. “Temos habilidade para dar nó em pingo d’água e também para realizar a Copa do Mundo com compromisso, mas é preciso mais do que isso: é preciso competência”, conclui.
Confira, a seguir, os principais momentos das palestras realizadas durante o Congresso.
Conhecendo o adversário
O diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), Marcelo Villin Prado, apresentou o Relatório Setorial da Indústria de Móveis no Brasil (Brasil Móveis 2011). O desempenho da indústria de móveis brasileira, de modo geral, têm sido bom nos últimos anos, segundo Prado. “Crescemos mais do que nos anos 80 e nos anos 90. Já os anos 2000 foram relativamente bons para a indústria brasileira, no entanto, dentro de um modelo de negócio que talvez não nos leve a 2020”, evidencia.
Prado considera que, atualmente, para ser competitivo na indústria moveleira é preciso inovar. “Não adianta mais produzir móveis com cara de ‘já te vi’. Parece-me que, daqui para a Copa, este não será mais o caminho de crescimento para a indústria moveleira”, opina.
Atualmente, o Brasil representa 4,2% da produção mundial de móveis.
“Entre 2005 e 2010, o país aumentou 41% de sua produção em volume de peças”, destacou Prado. No ano passado, o crescimento foi positivo para a indústria de móveis brasileira e, para 2011, as expectativas são de crescimento de 2,5%, conforme Prado. Mas, para isso, segundo ele, é preciso aproveitar os bons momentos que o país vive. “Em 2011 pode-se chegar a 455 milhões de peças, mais do que os 414 milhões alcançados em 2010”, relatou.
Em termos de comércio exterior, Prado aponta que as exportações estavam estagnadas desde 2005, por causa da valorização cambial. “Em 2009, em virtude da crise econômica internacional, o índice caiu 30%, porém, passada a crise, houve um avanço de 11% em 2010”, enumera. “Poderíamos ter feito mais, aumentando ainda mais a diversificação de mercados de destinos dos nossos móveis, oferecendo aos países não produtores”, exemplifica. “No entanto, a competição com ambientes de produção diferentes é difícil, devido aos auxílios governamentais recebidos pelos outros países”, rebate.
Ataque
Diante deste cenário de dificuldades para manter as exportações, o setor moveleiro deve procurar novos mercados para destinar a sua produção, tornando-se, assim, ainda mais competitivo. E foi este um dos conselhos reforçados por Ricardo Amorim durante a sua palestra.
A competitividade, segundo ele, a longo prazo, faz com que as empresas obtenham resultados ainda mais positivos. “Um dos pontos estratégicos que se deve considerar quando as exportações de móveis caem é alterar os mercados para os quais se exportam”, indica. “Ao exportar para um país emergente, há duas situações favoráveis: não haverá perda cambial e aquele país está crescendo e, consequentemente, o consumo está aumentando”, exemplifica.
Além disso, Amorim deixou claro que é preciso privilegiar o mercado doméstico. “O Brasil virou um país de classe média, avaliando-se a renda do brasileiro, ou seja, com a emergência dos ‘consumidores’ das classes D e E, são 55 milhões de pessoas a mais consumindo”, calcula Amorim, alertando aqui para uma grande oportunidade que o mercado moveleiro tem para investir.
Chute a gol
Já Luciano Pires aproveitou o tema central do Congresso – Você tem uma Copa para Ganhar – para indicar que é preciso ter a chance de aproveitar as oportunidades que estão por vir com a Copa do Mundo de 2014. “É preciso estar preparado para entender as subliminares”, afirma.
Citou, então, para exemplificar, a Copa do Mundo de 1950, disputada no Brasil. “Pouca gente sabe que o jogo decisivo foi disputado no Estádio do Maracanã, que foi erguido quase que exclusivamente para a Copa, ou seja, os jogos eram realizados em um estádio em obras, já que teve sua licitação aberta em janeiro de 1947, pedra fundamental inaugurada em agosto de 1948, entrega incompleta em 1950 e as obras terminaram em 1965”, ilustra. “O retrospecto não é bom”, brinca.
De toda forma, Pires considera que é preciso estar atento a tudo o que é noticiado e, mais do que isso, saber filtrar o que as manchetes mostram, para não tomar providências mentirosas. “Por isso, considero a importância de se observar a relevância, a responsabilidade, a reserva e a ressonância das informações que são repassadas como fatores indispensáveis para entender o que se passa a sua volta”, aconselha. “Temos habilidade para dar nó em pingo d’água e também para realizar a Copa do Mundo com compromisso, mas é preciso mais do que isso: é preciso competência”, conclui.
Fonte: Movergs
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