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Notícias
19
out
2011
(GERAL)
Enriquecimento de áreas florestais acelera recuperação
Rodovias, anéis viários, aeroportos, praças esportivas e uma série de intervenções urbanísticas representam obras de infraestrutura promovidas a partir de desmatamentos legalizados. No entanto, o aproveitamento dessas áreas a partir do resgate de mudas destinadas à restauração de mata ciliar (APP) e Reservas Legais previstas no Código Florestal hoje em vigor ainda é algo recente. “Esse tipo de ação barateia custos e aumenta as possibilidades de restauração em todo o Brasil”, comenta Sergius Gandolfi, professor do Departamento de Ciências Florestais (LCB), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Em um dos trabalhos orientados por Gandolfi, a bióloga Milene Bianchi dos Santos avaliou a eficiência de diferentes métodos de enriquecimento, como a transferência de plântulas da regeneração natural para produção e introdução de mudas de espécies de sub-bosque em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em processo de restauração no Estado de São Paulo. Inserida no programa de pós-graduação em Recursos Florestais, a pesquisadora atuou em uma área no município de Santa Bárbara d’Oeste (interior de São Paulo).
“O enriquecimento dessas áreas por meio da introdução de diferentes espécies, formas de vida e grupos funcionais busca acelerar o restabelecimento da complexidade estrutural e funcional a fim de perpetuar o fragmento”, explica a bióloga.
O estudo segue uma nova linha de pesquisa realizada no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) para o desenvolvimento de técnicas de intervenção e manejo em áreas em processo de restauração Na prática é feita uma coleta de material antes do desmatamento, as plântulas são levadas para o viveiro para a formação de mudas e plantadas em campo para o enriquecimento de uma área. “Este trabalho pode gerar subsídios para elaboração de políticas públicas visando a coleta deste material como medidas compensatórias e mitigadoras para o licenciamento ambiental de grandes empreendimentos”, comenta a pesquisadora.
Transferência de mudas
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o trabalho observou que a comunidade de plântulas encontrada na área que seria desmatada representou uma fonte importante de plântulas para a produção de mudas com elevada diversidade regional e diferentes formas de vida. Foram coletadas plântulas de uma floresta nativa no município de Guará (próximo à Franca, no interior de São Paulo) que seria legalmente suprimida e, em seguida, transferidas para o viveiro para a produção de mudas.
Após dez anos, há pouca regeneração natural e necessidade de enriquecimento
Posteriormente, mudas de vinte espécies foram plantadas no fragmento de floresta em Santa Bárbara d’Oeste e apresentaram elevadas taxas de sobrevivência. Nesta mesma área foi realizado o plantio de plântulas e mudas de espécies de sub-bosque produzidas em viveiro. Foram plantadas sete espécies de plântulas e dez espécies de mudas na entrelinha do plantio original, que durante o período de avaliação apresentaram elevadas taxas de sobrevivência. “A produção de mudas a partir das plântulas coletadas possui a fase inicial de viveiro como a fase mais crítica em relação à sobrevivência (60%), mas está dentro da faixa de resultados já observados e ainda possui a vantagem de suprimir fases desconhecidas para a maioria das espécies, como a fase de germinação e estabelecimento inicial. O plantio de plântulas e mudas de espécies de sub-bosque para o enriquecimento de áreas em processo de restauração demonstrou ser viável pela elevada sobrevivência em campo, acima de 90%”, conclui.
Em um dos trabalhos orientados por Gandolfi, a bióloga Milene Bianchi dos Santos avaliou a eficiência de diferentes métodos de enriquecimento, como a transferência de plântulas da regeneração natural para produção e introdução de mudas de espécies de sub-bosque em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual em processo de restauração no Estado de São Paulo. Inserida no programa de pós-graduação em Recursos Florestais, a pesquisadora atuou em uma área no município de Santa Bárbara d’Oeste (interior de São Paulo).
“O enriquecimento dessas áreas por meio da introdução de diferentes espécies, formas de vida e grupos funcionais busca acelerar o restabelecimento da complexidade estrutural e funcional a fim de perpetuar o fragmento”, explica a bióloga.
O estudo segue uma nova linha de pesquisa realizada no Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) para o desenvolvimento de técnicas de intervenção e manejo em áreas em processo de restauração Na prática é feita uma coleta de material antes do desmatamento, as plântulas são levadas para o viveiro para a formação de mudas e plantadas em campo para o enriquecimento de uma área. “Este trabalho pode gerar subsídios para elaboração de políticas públicas visando a coleta deste material como medidas compensatórias e mitigadoras para o licenciamento ambiental de grandes empreendimentos”, comenta a pesquisadora.
Transferência de mudas
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o trabalho observou que a comunidade de plântulas encontrada na área que seria desmatada representou uma fonte importante de plântulas para a produção de mudas com elevada diversidade regional e diferentes formas de vida. Foram coletadas plântulas de uma floresta nativa no município de Guará (próximo à Franca, no interior de São Paulo) que seria legalmente suprimida e, em seguida, transferidas para o viveiro para a produção de mudas.
Após dez anos, há pouca regeneração natural e necessidade de enriquecimento
Posteriormente, mudas de vinte espécies foram plantadas no fragmento de floresta em Santa Bárbara d’Oeste e apresentaram elevadas taxas de sobrevivência. Nesta mesma área foi realizado o plantio de plântulas e mudas de espécies de sub-bosque produzidas em viveiro. Foram plantadas sete espécies de plântulas e dez espécies de mudas na entrelinha do plantio original, que durante o período de avaliação apresentaram elevadas taxas de sobrevivência. “A produção de mudas a partir das plântulas coletadas possui a fase inicial de viveiro como a fase mais crítica em relação à sobrevivência (60%), mas está dentro da faixa de resultados já observados e ainda possui a vantagem de suprimir fases desconhecidas para a maioria das espécies, como a fase de germinação e estabelecimento inicial. O plantio de plântulas e mudas de espécies de sub-bosque para o enriquecimento de áreas em processo de restauração demonstrou ser viável pela elevada sobrevivência em campo, acima de 90%”, conclui.
Fonte: Caio Albuquerque, da Esalq - Agência USP
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