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Notícias
10
out
2011
(PAPEL E CELULOSE)
Setor de C&P precisa de canais de distribuição mais eficientes
O aquecimento da economia do Brasil, alavancada muito em função pela melhora do poder aquisitivo do brasileiro, tem garantido o bom desempenho de consumo de papéis, principalmente os destinados a embalagens e também o tissue (para fins sanitários). Mas se este setor quiser estabilizar a competitividade do papel nacional, terá de investir mais fortemente em renovação de equipamentos, no desenvolvimento de novos produtos, na produção em larga escala, bem como inovar no modelo de negócio, que já não combina mais com o perfil do mercado atual.
De acordo com a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), o desafio é transferir para o papel toda a competitividade da celulose brasileira, tanto no mercado interno quanto no internacional.
A alta produtividade das florestas plantadas de pinus e eucalipto, a qualidade da madeira, a eficiência energética das fábricas e os recursos humanos altamente qualificados em tecnologia da madeira, celulose e papel, são fatores favoráveis que podem ser revertidos ao papel brasileiro.
Para incrementar a competividade da fabricação de papel no Brasil, as lideranças vão ter que trabalhar suado e criar mecanismos através de intervenções estratégicas identificadas pela ABTCP em diferentes aspectos.
Na opinião do gerente técnico da entidade, Afonso Moura, a logística é um grande desafio para o setor, pela dificuldade de movimentação, já que o produto requer cuidados especiais de transporte e armazenamento. “A falta de canais de distribuição eficientes que permitam a comercialização no mercado interno e no externo é um empecilho, pois as fábricas normalmente estão distantes dos consumidores e isso dificulta o fornecimento imediato do produto”, aponta ele.
As condições precárias primordialmente de rodovias e portos nacionais acabam por encarecer o transporte doméstico e para o Mercosul do papel, o que resulta em perda de competitividade para similares importados. “Desta maneira, há a necessidade de portos especializados, transporte de cabotagem, hidrovias, serviços de navegação, ferroviários e rodoviários mais eficientes, incluindo melhores facilidades de distribuição”, observa Moura.
No que diz respeito a equipamentos, o gerente destaca a necessidade da modernização dos parques de produção de papel, que hoje estão muito defasados em relação à indústria de celulose. Os recursos humanos e o conhecimento também são aspectos que influenciam a competividade do papel brasileiro. Neste sentido, a ABTCP propôs durante o ABTCP 2011 – que terminou em São Paulo, a adequação da formação de novos profissionais para o atendimento da demanda do setor. “Queremos formar profissionais que desenvolvam e disseminem o conhecimento da fabricação de papel com 100% de fibras de Eucalyptus spp brasileiros, condição inédita para produtores e mercados internacionais”, afirma o gerente técnico da entidade.
Ele também aponta a falta de escala com mais um desafio para o papel brasileiro. Enquanto que a alta demanda por celulose no mercado internacional permite a construção de plantas para a produção do insumo em grande escala, o mesmo não acontece no mesmo ritmo com o papel, muito em função dos problemas citados, como o de logística, por exemplo..
“Somente o crescimento de consumo de papel no mercado interno não viabiliza projetos de fabricação em larga escala no Brasil. Por isso, temos que aproveitar o momento atual de fechamento de fábricas de papel no hemisfério norte para tentarmos suprir esse vácuo com o papel nacional”, finaliza Moura.
De acordo com a ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), o desafio é transferir para o papel toda a competitividade da celulose brasileira, tanto no mercado interno quanto no internacional.
A alta produtividade das florestas plantadas de pinus e eucalipto, a qualidade da madeira, a eficiência energética das fábricas e os recursos humanos altamente qualificados em tecnologia da madeira, celulose e papel, são fatores favoráveis que podem ser revertidos ao papel brasileiro.
Para incrementar a competividade da fabricação de papel no Brasil, as lideranças vão ter que trabalhar suado e criar mecanismos através de intervenções estratégicas identificadas pela ABTCP em diferentes aspectos.
Na opinião do gerente técnico da entidade, Afonso Moura, a logística é um grande desafio para o setor, pela dificuldade de movimentação, já que o produto requer cuidados especiais de transporte e armazenamento. “A falta de canais de distribuição eficientes que permitam a comercialização no mercado interno e no externo é um empecilho, pois as fábricas normalmente estão distantes dos consumidores e isso dificulta o fornecimento imediato do produto”, aponta ele.
As condições precárias primordialmente de rodovias e portos nacionais acabam por encarecer o transporte doméstico e para o Mercosul do papel, o que resulta em perda de competitividade para similares importados. “Desta maneira, há a necessidade de portos especializados, transporte de cabotagem, hidrovias, serviços de navegação, ferroviários e rodoviários mais eficientes, incluindo melhores facilidades de distribuição”, observa Moura.
No que diz respeito a equipamentos, o gerente destaca a necessidade da modernização dos parques de produção de papel, que hoje estão muito defasados em relação à indústria de celulose. Os recursos humanos e o conhecimento também são aspectos que influenciam a competividade do papel brasileiro. Neste sentido, a ABTCP propôs durante o ABTCP 2011 – que terminou em São Paulo, a adequação da formação de novos profissionais para o atendimento da demanda do setor. “Queremos formar profissionais que desenvolvam e disseminem o conhecimento da fabricação de papel com 100% de fibras de Eucalyptus spp brasileiros, condição inédita para produtores e mercados internacionais”, afirma o gerente técnico da entidade.
Ele também aponta a falta de escala com mais um desafio para o papel brasileiro. Enquanto que a alta demanda por celulose no mercado internacional permite a construção de plantas para a produção do insumo em grande escala, o mesmo não acontece no mesmo ritmo com o papel, muito em função dos problemas citados, como o de logística, por exemplo..
“Somente o crescimento de consumo de papel no mercado interno não viabiliza projetos de fabricação em larga escala no Brasil. Por isso, temos que aproveitar o momento atual de fechamento de fábricas de papel no hemisfério norte para tentarmos suprir esse vácuo com o papel nacional”, finaliza Moura.
Fonte: CeluloseOnline
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