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Notícias

03
out
2011
(GERAL)
Posseiros ocupam ilegalmente reserva florestal no Maranhão
Uma das últimas áreas de Floresta Amazônica no Maranhão está sob ameaça de posseiros. Até o prefeito de uma cidade vizinha diz que é dono de uma fazenda dentro da reserva.

A Reserva Biológica do Gurupi foi criada em 1989 e é parte do que sobrou da Floresta Amazônica, no Maranhão. Um lugar cheio de madeira nobre e animais silvestres – alguns até ameaçados de extinção. Para entrar na reserva, somente para estudar espécies nativas ou para fiscalizar. Mas a preservação vem sendo ameaçada por posseiros, que ocupam ilegalmente áreas imensas.

O prefeito de Davinópolis, Chico do Rádio, do PDT, se diz dono de uma fazenda dentro da floresta (área com mais de dois mil hectares).
Segundo o prefeito, a fazenda ocupa essa área aberta no meio da mata fechada. Ele diz que fez a compra no ano passado e que pagou R$ 30 mil pela fazenda. Agora quer que o estado pague R$ 6 milhões de indenização para devolver a área. E já entrou com o um pedido na Justiça para ser indenizado.

O governo federal informou que ele nunca apresentou documentação da propriedade. Por enquanto, o prefeito diz que vai continuar com atividades no local.

A presença de posseiros na região acaba facilitando o acesso de outro grupo que ameaça a preservação da floresta: os madeireiros.
No meio da Reserva do Gurupi, para onde se olha, se vê uma imensa área verde. E mesmo assim, os madeireiros conseguem chegar lá. Dá para ver clarões abertos no meio da mata, com toras de madeiras separadas e cortadas, prontas para serem retiradas. Encontramos até uma madeireira funcionando dentro da floresta.

O Ibama informou que a área devastada é maior do que a cidade de Campinas, em São Paulo, 946 quilômetros quadrados.

“Fizemos todo levantamento territorial, estamos questionando a validade de uma série de títulos que foram apresentados. Alguns deles também não foram apresentados ainda. E nós estamos fazendo um esforço grande para a consolidação da unidade”, afirma Rômulo Mello, presidente do Instituto Chico Mendes.

Fonte: G1

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