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Notícias

16
set
2011
(GERAL)
Brasil tem a menor produtividade da construção e montagem industrial
Qualquer atividade de montagem industrial realizada no Brasil consome mais horas de trabalho que a mesma etapa realizada nos Estados Unidos. Essa diferença de produtividade é um dos fatores que impactam negativamente a competitividade da indústria de construção e montagem brasileira. O diagnóstico é do engenheiro Joaquim Maia, diretor Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI).

Para elevar o desempenho do setor, a associação está estruturando projeto de capacitação e certificação de mão-de-obra. A proposta, que deve ser colocada em prática já no primeiro trimestre de 2012, é realizar cursos nos próprios canteiros de obras, envolvendo cinco importantes categorias profissionais em diversas praças do país.

As categorias de encanador, soldador, montador, caldeireiro e eletricista, que correspondem a 60% da mão-de-obra especializada utilizada na montagem industrial – excluindo-se a construção civil – serão os alvos de aprimoramento. “Precisamos capacitar o nosso pessoal no mesmo nível de competência do primeiro mundo. Teremos um crescimento no volume de obras de todos os setores, principalmente no segmento de petróleo e gás”, afirma o empresário Carlos Maurício Lima de Paula Barros, presidente da ABEMI.

De acordo com Joaquim Maia, a inspiração para o projeto vem da experiência da National Center for Construction Education and Research (NCCER), entidade de treinamento e certificação de mão de obra mantida por empresas norte-americanas e que há 15 anos atua para melhorar a eficiência nas atividades de construção e montagem. “Grandes contratantes daquele país exigem que os trabalhadores sejam certificados pela NCCER e alguns pedem que 75% da mão de obra seja certified plus, certificação que comprova a experiência prática”, explica o executivo.

Para viabilizar o programa, foi firmado acordo entre a ABEMI e o Senai. Os cursos serão ministrados pelo Senai, enquanto a certificação ficará a cargo da ABEMI. Os primeiros polos devem ser implantados no Rio de Janeiro (Comperj), São Paulo (onde está concentrada a maioria da mão-de-obra das indústrias associadas da ABEMI, incluindo as refinarias Revap, Replan e RPBC) e Pernambuco (Abreu Lima e Petroquímica da Odebrecht e Petrobras). Em uma segunda etapa, o projeto deve chegar ao Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão e Bahia, explica Barros.

Fonte: CeluloseOnline.

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