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Notícias
23
ago
2011
(BIOENERGIA)
Energia de biomassa é essencial para reduzir emissões de CO2, diz estudo
A energia de biomassa ainda é alvo de muita controvérsia quando se trata de questões ambientais e da redução das emissões de CO2. Se por um lado os biocombustíveis são defendidos por liberarem muito menos carbono que as alternativas fósseis, por outro são acusados de causarem o desmatamento de florestas e elevarem o preço dos alimentos.
No entanto, de acordo com um novo estudo de cientistas do Instituto para Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam (PIK) publicado no jornal Environmental Research Letters, a biomassa é sim fundamental para a diminuição das emissões de dióxido de carbono, e, consequentemente, para a mitigação das mudanças climáticas.
No entanto, é necessário preservar florestas, recursos hídricos e investir no crescimento da produtividade da agricultura para evitar que o efeito seja o contrário e que os preços dos alimentos aumentem muito devido à substituição de plantações destinadas à alimentação por safras reservadas para a produção de combustível.
“A conservação florestal combinada com o cultivo de bioenergia em larga escala dedicado à mitigação das mudanças climáticas gerará conflitos com respeito ao abastecimento de alimentos e à gestão de recursos hídricos”, afirma o relatório. “O uso da biomassa pode levar a emissões adicionais de gases do efeito estufa. Isso acontecerá se as florestas forem cortadas para serem plantadas colheitas no lugar”, acrescentou Alexander Popp, um dos autores.
Para saber como aliar os dois lados da questão, o grupo de nove pesquisadores analisou o potencial da bioenergia limitado pela proteção florestal. “Não apenas calculamos o potencial biofísico. Estabelecemos que quantidade de bioenergia, competindo com outras formas de energia, é, no final, rentável”, declarou Popp.
Segundo os cientistas, seria necessário que a produtividade alimentícia aumentasse cerca de 1% ao ano até 2095 para que 20% da energia mundial fosse gerada a partir da biomassa e, ao mesmo tempo, as florestas mundial pudessem ser conservadas. Para eles, tais avanços são possíveis, mas aumentariam o preço da bioenergia.
“Se alguém quer atingir grandes potenciais de bioenergia sob a coação da proteção florestal, muito mais investimento tem que ser feito para aumentar a produtividade agrícola”, sugeriu Popp. “O crescimento histórico da produção de cerca de 1,3% ao ano foi atingido de 1970 a 1995 em média por todas as colheitas. As taxas de crescimento da produção diminuíram na última década, mas o crescimento potencial da produção ainda é considerável”, diz o relatório.
Então, para os pesquisadores do PIK, uma das ferramentas para conseguir equilibrar a geração de bioenergia com a conservação ambiental e a produção de alimentos é a criação de políticas que associem esses processos. “Políticas integradas para a produção de energia, uso da terra e gestão de água são, portanto, necessárias”, declararam os cientistas.
A pesquisa sugere também que o desenvolvimento tecnológico tem um papel importante neste desenvolvimento. “Precisamos encontrar novas formas de realmente passar as mudanças tecnológicas, por exemplo, para os camponeses nos países em desenvolvimento”, explicou Popp.
“Sem a biomassa e a captura e o armazenamento de carbono, a proteção climática pode ficar muito cara, como muitos estudos mostram. Mas esse tipo de energia também tem um preço. As políticas, portanto, não devem apenas visar a bioenergia, mas também integrar questões de mudanças no uso da terra e segurança alimentar global”, concluiu Ottmar Edenhofer, co-autor do relatório e economista do PIK.
No entanto, de acordo com um novo estudo de cientistas do Instituto para Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam (PIK) publicado no jornal Environmental Research Letters, a biomassa é sim fundamental para a diminuição das emissões de dióxido de carbono, e, consequentemente, para a mitigação das mudanças climáticas.
No entanto, é necessário preservar florestas, recursos hídricos e investir no crescimento da produtividade da agricultura para evitar que o efeito seja o contrário e que os preços dos alimentos aumentem muito devido à substituição de plantações destinadas à alimentação por safras reservadas para a produção de combustível.
“A conservação florestal combinada com o cultivo de bioenergia em larga escala dedicado à mitigação das mudanças climáticas gerará conflitos com respeito ao abastecimento de alimentos e à gestão de recursos hídricos”, afirma o relatório. “O uso da biomassa pode levar a emissões adicionais de gases do efeito estufa. Isso acontecerá se as florestas forem cortadas para serem plantadas colheitas no lugar”, acrescentou Alexander Popp, um dos autores.
Para saber como aliar os dois lados da questão, o grupo de nove pesquisadores analisou o potencial da bioenergia limitado pela proteção florestal. “Não apenas calculamos o potencial biofísico. Estabelecemos que quantidade de bioenergia, competindo com outras formas de energia, é, no final, rentável”, declarou Popp.
Segundo os cientistas, seria necessário que a produtividade alimentícia aumentasse cerca de 1% ao ano até 2095 para que 20% da energia mundial fosse gerada a partir da biomassa e, ao mesmo tempo, as florestas mundial pudessem ser conservadas. Para eles, tais avanços são possíveis, mas aumentariam o preço da bioenergia.
“Se alguém quer atingir grandes potenciais de bioenergia sob a coação da proteção florestal, muito mais investimento tem que ser feito para aumentar a produtividade agrícola”, sugeriu Popp. “O crescimento histórico da produção de cerca de 1,3% ao ano foi atingido de 1970 a 1995 em média por todas as colheitas. As taxas de crescimento da produção diminuíram na última década, mas o crescimento potencial da produção ainda é considerável”, diz o relatório.
Então, para os pesquisadores do PIK, uma das ferramentas para conseguir equilibrar a geração de bioenergia com a conservação ambiental e a produção de alimentos é a criação de políticas que associem esses processos. “Políticas integradas para a produção de energia, uso da terra e gestão de água são, portanto, necessárias”, declararam os cientistas.
A pesquisa sugere também que o desenvolvimento tecnológico tem um papel importante neste desenvolvimento. “Precisamos encontrar novas formas de realmente passar as mudanças tecnológicas, por exemplo, para os camponeses nos países em desenvolvimento”, explicou Popp.
“Sem a biomassa e a captura e o armazenamento de carbono, a proteção climática pode ficar muito cara, como muitos estudos mostram. Mas esse tipo de energia também tem um preço. As políticas, portanto, não devem apenas visar a bioenergia, mas também integrar questões de mudanças no uso da terra e segurança alimentar global”, concluiu Ottmar Edenhofer, co-autor do relatório e economista do PIK.
Fonte: Insitituto CarbonoBrasil
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