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Notícias
23
jul
2011
(PAPEL E CELULOSE)
Boas oportunidades para o setor de papel e celulose
Em tempos de crescente preocupação sobre o futuro dos combustíveis não- renováveis, cresce, cada vez mais, o interesse por tecnologias que visam à produção sustentável de energia e geração de combustíveis a partir de fontes renováveis. Nesse quesito, uma nova oportunidade se abre para o setor de papel de celulose. Nesse contexto, o conceito de biorrefinaria, processo que se refere à conversão da biomassa em uma gama de produtos, com pouco desperdício e mínimas emissões, desponta como como aposta promissora para as fábricas de papel e celulose. A biorrefinaria é aplicada à indústria para transformar materiais brutos de fonte renovável (bagaço de cana, bambu, palha de cereais, madeira, licor negro Kraft, etc), em produtos de maior valor agregado (energia, materiais e produtos químicos).
De acordo com a revista O Papel, nos últimos 15 anos, a biorrefinaria tem se desenvolvido progressivamente no Brasil, Estados Unidos e Europa. E embora ainda não haja nenhum modelo de usina de biorrefinaria integrado a fábricas de celulose e papel, é grande o número de empresas espalhadas pelo mundo que investem em pesquisa e desenvolvimento para sua viabilidade. Entre os países que abrigam plantas piloto e unidades de demonstração a partir de matérias-primas lignocelulósicas estão Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Canadá e Irlanda.
Recentemente, o gerente geral de tecnologia da Fibria Celulose, Ergílio Claudio da Silva Jr, disse o que aprimoramento progressivo da eficiência energética é uma tendência para futuras plantas do setor. Segundo o engenheiro químico e consultor da Eldorado Celulose e Papel, Roberto Villarroel, muito esforço já foi feito pelas empresas do ramo e a principal conquista foi obtida a partir do incremento na geração de energia por meio da queima de resíduos florestais e do licor negro Kraft.
“O licor negro, composto basicamente por lignina e substâncias químicas, pode ser utilizado como combustível, gerando vapor e energia elétrica”, explica. E mais, não se pode negar que o Brasil não tem potencial para ampliar seu potencial de produção de energia elétrica paralela ao processo produtivo de celulose e papel. No Brasil, os baixos custos de produção e a disponibilidade de terras têm induzido a busca de ganhos de escala com a instalação de unidades de papel e celulose cada vez maiores.
Na avaliação de Villarroel, a escala de produção das plantas nesse mercado é uma ferramenta importante para a redução dos custos de produção com ganhos de competitividade. Para se ter ideia do quanto evoluiu esse setor, há duas décadas, a capacidade padrão de uma linha de celulose era de 360.000 toneladas de por ano, hoje, esse volume é em torno de 1,5 a 1,8 milhão de toneladas/ano. Paralelo a isso, nota-se que o investimento em automação tem permitido melhorias significativas, principalmente na qualidade e estabilidade da produção de celulose e na geração de energia elétrica.
“Esse crescimento em escala é fundamental para a adoção de novas tecnologias de geração de eletricidade, o que possibilita o uso de caldeiras de licor negro maiores e mais eficientes, além de maior empenho na redução do consumo de energia nos processos de produtivos”, argumenta.
Mercado em potencial
A indústria papeleira não tem limitado suas pesquisas à bioenergia. O grande enfoque dos estudos atuais se dirige à busca de alternativas para desconstruir a madeira em seus principais componentes: celulose, hemiceluloses e lignina. Afinal, são eles que escondem as diversas oportunidades da biorrefinaria. E, nesse contexto, o Brasil poderá ser muito competitivo em relação aos outros países. Para se ter uma ideia, há 20 anos, o rendimento das florestas brasileira girava em torno de 25 m³/ha/ano, atualmente, este está perto de 50 m³/ha/ano e as perspectivas indicam aumentos próximos a 50% sobre num futuro próximo. No comparativo, uma floresta canadense ou finlandesa o rendimento dificilmente supera os 10 m³/ha/ano.
A madeira e os resíduos de madeira apresentam-se como excelentes fontes de biomassa. Enquanto não competem com a produção de alimentos, 1 hectare de floresta pode produzir 9.500 litros de etanol, enquanto que a mesma área cultivada com milho produz apenas 3.400 litros desse combustível. No caso do Brasil, as novas plantas instaladas estão preparadas para gerar eletricidade a partir da madeira, entretanto, o preço da madeira e os custos logísticos ainda são empecilho para esse mercado decolar.
De acordo com a revista O Papel, nos últimos 15 anos, a biorrefinaria tem se desenvolvido progressivamente no Brasil, Estados Unidos e Europa. E embora ainda não haja nenhum modelo de usina de biorrefinaria integrado a fábricas de celulose e papel, é grande o número de empresas espalhadas pelo mundo que investem em pesquisa e desenvolvimento para sua viabilidade. Entre os países que abrigam plantas piloto e unidades de demonstração a partir de matérias-primas lignocelulósicas estão Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Canadá e Irlanda.
Recentemente, o gerente geral de tecnologia da Fibria Celulose, Ergílio Claudio da Silva Jr, disse o que aprimoramento progressivo da eficiência energética é uma tendência para futuras plantas do setor. Segundo o engenheiro químico e consultor da Eldorado Celulose e Papel, Roberto Villarroel, muito esforço já foi feito pelas empresas do ramo e a principal conquista foi obtida a partir do incremento na geração de energia por meio da queima de resíduos florestais e do licor negro Kraft.
“O licor negro, composto basicamente por lignina e substâncias químicas, pode ser utilizado como combustível, gerando vapor e energia elétrica”, explica. E mais, não se pode negar que o Brasil não tem potencial para ampliar seu potencial de produção de energia elétrica paralela ao processo produtivo de celulose e papel. No Brasil, os baixos custos de produção e a disponibilidade de terras têm induzido a busca de ganhos de escala com a instalação de unidades de papel e celulose cada vez maiores.
Na avaliação de Villarroel, a escala de produção das plantas nesse mercado é uma ferramenta importante para a redução dos custos de produção com ganhos de competitividade. Para se ter ideia do quanto evoluiu esse setor, há duas décadas, a capacidade padrão de uma linha de celulose era de 360.000 toneladas de por ano, hoje, esse volume é em torno de 1,5 a 1,8 milhão de toneladas/ano. Paralelo a isso, nota-se que o investimento em automação tem permitido melhorias significativas, principalmente na qualidade e estabilidade da produção de celulose e na geração de energia elétrica.
“Esse crescimento em escala é fundamental para a adoção de novas tecnologias de geração de eletricidade, o que possibilita o uso de caldeiras de licor negro maiores e mais eficientes, além de maior empenho na redução do consumo de energia nos processos de produtivos”, argumenta.
Mercado em potencial
A indústria papeleira não tem limitado suas pesquisas à bioenergia. O grande enfoque dos estudos atuais se dirige à busca de alternativas para desconstruir a madeira em seus principais componentes: celulose, hemiceluloses e lignina. Afinal, são eles que escondem as diversas oportunidades da biorrefinaria. E, nesse contexto, o Brasil poderá ser muito competitivo em relação aos outros países. Para se ter uma ideia, há 20 anos, o rendimento das florestas brasileira girava em torno de 25 m³/ha/ano, atualmente, este está perto de 50 m³/ha/ano e as perspectivas indicam aumentos próximos a 50% sobre num futuro próximo. No comparativo, uma floresta canadense ou finlandesa o rendimento dificilmente supera os 10 m³/ha/ano.
A madeira e os resíduos de madeira apresentam-se como excelentes fontes de biomassa. Enquanto não competem com a produção de alimentos, 1 hectare de floresta pode produzir 9.500 litros de etanol, enquanto que a mesma área cultivada com milho produz apenas 3.400 litros desse combustível. No caso do Brasil, as novas plantas instaladas estão preparadas para gerar eletricidade a partir da madeira, entretanto, o preço da madeira e os custos logísticos ainda são empecilho para esse mercado decolar.
Fonte: Informa Economics FNP
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