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Notícias
11
jul
2011
(QUEIMADAS)
Proibir as queimadas não basta
O governo de Mato Grosso inovou ao antecipar operíodo de proibição de queimadas no Estado, que este ano vai de 04 de julho até 15 de outubro. A preocupação do governo está centrada nos alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontam o predomínio de ar seco e umidade relativa do ar abaixo dos 30% entre junho e setembro deste ano.
No entanto, medidas proibitivas raramente têm efeitos positivos se não vêm acompanhadas de outras ações que possibilitem o seu resultado prático. No cenário das queimadas em Mato Grosso, o alto desmatamento acumulado este ano, aliado a greve dos servidores da Secretaria deEstado de Meio Ambiente (SEMA), que está com os serviços de fiscalização e monitoramento comprometidos enquanto o governo não fizer um acordo com acategoria, sinalizam que o futuro é incerto.
A destruição das florestas, seja por desmatamentoou pelas queimadas, está intimamente ligada ao agronegócio e pelo lobby de sua bancada na Assembléia Legislativa do estado e no Congresso Nacional e não por decreto. A comprovação pode ser sentida analisando, por exemplo, dois episódios recentes.
Em 20 de abril deste ano o governador Silval Barbosa sancionou a polêmica lei do zoneamento estadual que abre brechas para a regularização da ilegalidade, contrariando o apelo da sociedade civil ecomunidade cientifica. Um mês depois a Câmara de Deputados em Brasília aprovou o projeto de Lei para o novo Código Florestal que, entre outras medidas contrárias ao meio ambiente, dá poderes aos estados legislarem sobre as Áreasde Preservação Permanentes (APP).
O resultado desse caldeirão político se traduziu em números assustadores. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Mato Grosso lidera o ranking da degradação florestal na Amazônia com 61% do total da área no período compreendido entre agosto de 2010 a maio de 2011. Em números absolutos foram 3.695 quilômetros quadrados de degradação no estado, sendo que sua quasetotalidade aconteceu nos meses de agosto de 2010, abril e maio de 2011, quando o debate do zoneamento e do código florestal estava mais acalorado.
Para se ter uma idéia do tamanho do descontrole a área degrada neste período é 409% maior do que nos meses de agosto de 2009 a maio de 2010.
Algumas falhas históricas e que não são exclusivas de um estado ou outro estão marcadas pela alta impunidade dos crimes ambientais que dá a sensação aos infratores de que o crime compensa. O que infelizmente tem se mostrado verdade no caso dos crimes ambientais.
Ou seja, para o governo ter sucesso no controle nas queimadas e no desmatamento ilegal é preciso ter políticas e ações eficazes que direcionem nesse sentido. Além de proibir é preciso fiscalizar e punir os responsáveis. Uma parte do caminho já começou a ser percorrida em governos anteriores como a implantação da Licença Ambiental Única (LAU) e o programa MT Legal, que o atual governo sinaliza que continuará.
A direção para reduzir a ilegalidade do desmatamento e das queimadas tem que passar, de acordo com o estudo “Três Estratégias Fundamentais para Redução do Desmatamento” do Instituto Centro deVida – ICV por um aumento da transparência das ações governamentais, o desenvolvimento de mecanismos de mercado que incentive a conservação da floresta e seu uso sustentável além do desenvolvimento de políticas públicas amplas e eficientes para este mesmo fim.
Sem essas ações um decreto no papel não significamuita coisa. Além do mais, papel também pega fogo!
No entanto, medidas proibitivas raramente têm efeitos positivos se não vêm acompanhadas de outras ações que possibilitem o seu resultado prático. No cenário das queimadas em Mato Grosso, o alto desmatamento acumulado este ano, aliado a greve dos servidores da Secretaria deEstado de Meio Ambiente (SEMA), que está com os serviços de fiscalização e monitoramento comprometidos enquanto o governo não fizer um acordo com acategoria, sinalizam que o futuro é incerto.
A destruição das florestas, seja por desmatamentoou pelas queimadas, está intimamente ligada ao agronegócio e pelo lobby de sua bancada na Assembléia Legislativa do estado e no Congresso Nacional e não por decreto. A comprovação pode ser sentida analisando, por exemplo, dois episódios recentes.
Em 20 de abril deste ano o governador Silval Barbosa sancionou a polêmica lei do zoneamento estadual que abre brechas para a regularização da ilegalidade, contrariando o apelo da sociedade civil ecomunidade cientifica. Um mês depois a Câmara de Deputados em Brasília aprovou o projeto de Lei para o novo Código Florestal que, entre outras medidas contrárias ao meio ambiente, dá poderes aos estados legislarem sobre as Áreasde Preservação Permanentes (APP).
O resultado desse caldeirão político se traduziu em números assustadores. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) Mato Grosso lidera o ranking da degradação florestal na Amazônia com 61% do total da área no período compreendido entre agosto de 2010 a maio de 2011. Em números absolutos foram 3.695 quilômetros quadrados de degradação no estado, sendo que sua quasetotalidade aconteceu nos meses de agosto de 2010, abril e maio de 2011, quando o debate do zoneamento e do código florestal estava mais acalorado.
Para se ter uma idéia do tamanho do descontrole a área degrada neste período é 409% maior do que nos meses de agosto de 2009 a maio de 2010.
Algumas falhas históricas e que não são exclusivas de um estado ou outro estão marcadas pela alta impunidade dos crimes ambientais que dá a sensação aos infratores de que o crime compensa. O que infelizmente tem se mostrado verdade no caso dos crimes ambientais.
Ou seja, para o governo ter sucesso no controle nas queimadas e no desmatamento ilegal é preciso ter políticas e ações eficazes que direcionem nesse sentido. Além de proibir é preciso fiscalizar e punir os responsáveis. Uma parte do caminho já começou a ser percorrida em governos anteriores como a implantação da Licença Ambiental Única (LAU) e o programa MT Legal, que o atual governo sinaliza que continuará.
A direção para reduzir a ilegalidade do desmatamento e das queimadas tem que passar, de acordo com o estudo “Três Estratégias Fundamentais para Redução do Desmatamento” do Instituto Centro deVida – ICV por um aumento da transparência das ações governamentais, o desenvolvimento de mecanismos de mercado que incentive a conservação da floresta e seu uso sustentável além do desenvolvimento de políticas públicas amplas e eficientes para este mesmo fim.
Sem essas ações um decreto no papel não significamuita coisa. Além do mais, papel também pega fogo!
Fonte: Correio do Brasil
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