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Notícias
25
jun
2011
(MEIO AMBIENTE)
Aumento do nível do mar é o maior em dois mil anos
Estudo indica que variações nos níveis oceânicos estão ligadas a mudanças de temperatura e que desde a revolução industrial o índice do aumento é de cerca dois milímetros ao ano, o maior registrado no intervalo de tempo analisado.
O fato de que o nível dos oceanos está subindo já não é novidade para a comunidade acadêmica. No entanto, uma nova pesquisa da Universidade da Pensilvânia sugere que esse aumento está ocorrendo mais rapidamente do que em qualquer outro período nos últimos dois mil anos.
O relatório, intitulado “Variações do nível do mar relacionadas ao clima nos últimos dois milênios” e publicado pela Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (NSF), indica que há uma relação entre as alterações nos níveis oceânicos e as variações climáticas ocorridas no período, visto que quando a temperatura estava mais baixa o nível do mar permanecia estável, enquanto que nos de aumento de temperatura, verificou-se que o nível oceânico subia.
“O aumento do nível do mar é um resultado potencialmente desastroso das mudanças climáticas, à medida que o aumento das temperaturas derrete o gelo terrestre e aquece as águas do aceano”, declarou Benjamin Horton, professor e diretor do Laboratório de Pesquisas de Nível do Mar da Universidade da Pensilvânia e um dos coautores da pesquisa.
Para comprovar que há essa ligação entre as alterações climáticas e as variações do nível dos oceanos, os pesquisadores coletaram amostras de salinas de diferentes regiões, onde existem micro fósseis de bactérias e plantas que podem ser analisados a fim de medir os níveis de salinidade, o que pode fornecer pistas sobre os níveis dos oceanos. “À medida que você vai mais e mais fundo [na profundidade das salinas], você volta no tempo”, disse Horton.
De acordo com o relatório, entre 200 AC e 1000 DC, o nível do mar manteve-se relativamente estável, e passou a aumentar no século 11, quando ocorreu um período de 400 anos de aquecimento nas temperaturas conhecido como Anomalia Climática Medieval, no qual os cientistas perceberam que o nível oceânico passou a subir cerca de 0,6 milímetros ao ano.
Após este período, entre os anos de 1400 e 1800, o planeta passou pela chamada Pequena Idade do Gelo, na qual as temperaturas estabilizaram-se novamente, só vindo a aumentar a partir do século 19, depois do começo da Revolução Industrial. Desde então, o índice do aumento oceânico é de cerca dois milímetros ao ano, o maior registrado no intervalo de tempo analisado.
Segundo Horton, “se se olha o recorde do nível do mar, a primeira aceleração é em 1000 DC. O que se pode imaginar é que as temperaturas eram mais quentes, como sabemos que elas eram durante o aquecimento medieval. Pode-se assumir que os oceanos expandiram e os mantos de gelo derreteram. Então há um período estável do nível do mar, que coincide com a Pequena Idade do Gelo – os oceanos podem ter se contraído levemente, então o nível do mar responde a isso”.
“É evidente sustentar o óbvio. As leis básicas da física dizem que se você aumenta a temperatura, o gelo derreterá. Mas o que mostramos é o quão sensível o nível do mar é às mudanças de temperatura. O período de aquecimento medieval foi uma mudança muito súbita, mas resultou em uma resposta do nível do mar. Isso indica que eles estão ligados intrinsicamente, e que é uma resposta muito sensível e instantânea”, continuou Horton.
Para Stefan Rahmstorf, um dos coautores do relatório, a descoberta confirma outros estudos que sugerem que o nível oceânico está aumentando. “Isso reforça nossas projeções… o aumento acelera por causa do princípio de que quanto mais quente fica, mais rápido o nível do mar sobe. Os dados do passado ajudaram a calibrar nosso modelo, e melhorarão as projeções do aumento do nível do mar em relação aos cenários de futuros aumentos de temperatura”.
“Cenários de um futuro aumento dependem de entender a resposta do nível do mar às mudanças climáticas. Estimativas precisas da variabilidade do nível do mar fornecem um contexto para tais projeções”, ressaltou Andrew Kemp, outro coautor da pesquisa.
Paul Cutler, diretor do programa da Divisão de Ciências da Terra da NSF exaltou a importância do estudo, alegando que “ter um quadro detalhado dos índices da mudança do nível do mar dos últimos dois milênios fornece um contexto importante para entender as mudanças atuais e as potencialmente futuras. É especialmente valioso para antecipar a evolução de sistemas costeiros nos quais mais da metade da população mundial vive agora”.
“Nos últimos mil anos, quando a temperatura mudava, o nível do mar mudava. É um grande conjunto de evidências dizer que no século 21, com a indicação de que as temperaturas estão aumentando, o nível do mar vai subir. Essa é uma grande preocupação que resulta desse estudo”, concluiu Horton.
O fato de que o nível dos oceanos está subindo já não é novidade para a comunidade acadêmica. No entanto, uma nova pesquisa da Universidade da Pensilvânia sugere que esse aumento está ocorrendo mais rapidamente do que em qualquer outro período nos últimos dois mil anos.
O relatório, intitulado “Variações do nível do mar relacionadas ao clima nos últimos dois milênios” e publicado pela Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (NSF), indica que há uma relação entre as alterações nos níveis oceânicos e as variações climáticas ocorridas no período, visto que quando a temperatura estava mais baixa o nível do mar permanecia estável, enquanto que nos de aumento de temperatura, verificou-se que o nível oceânico subia.
“O aumento do nível do mar é um resultado potencialmente desastroso das mudanças climáticas, à medida que o aumento das temperaturas derrete o gelo terrestre e aquece as águas do aceano”, declarou Benjamin Horton, professor e diretor do Laboratório de Pesquisas de Nível do Mar da Universidade da Pensilvânia e um dos coautores da pesquisa.
Para comprovar que há essa ligação entre as alterações climáticas e as variações do nível dos oceanos, os pesquisadores coletaram amostras de salinas de diferentes regiões, onde existem micro fósseis de bactérias e plantas que podem ser analisados a fim de medir os níveis de salinidade, o que pode fornecer pistas sobre os níveis dos oceanos. “À medida que você vai mais e mais fundo [na profundidade das salinas], você volta no tempo”, disse Horton.
De acordo com o relatório, entre 200 AC e 1000 DC, o nível do mar manteve-se relativamente estável, e passou a aumentar no século 11, quando ocorreu um período de 400 anos de aquecimento nas temperaturas conhecido como Anomalia Climática Medieval, no qual os cientistas perceberam que o nível oceânico passou a subir cerca de 0,6 milímetros ao ano.
Após este período, entre os anos de 1400 e 1800, o planeta passou pela chamada Pequena Idade do Gelo, na qual as temperaturas estabilizaram-se novamente, só vindo a aumentar a partir do século 19, depois do começo da Revolução Industrial. Desde então, o índice do aumento oceânico é de cerca dois milímetros ao ano, o maior registrado no intervalo de tempo analisado.
Segundo Horton, “se se olha o recorde do nível do mar, a primeira aceleração é em 1000 DC. O que se pode imaginar é que as temperaturas eram mais quentes, como sabemos que elas eram durante o aquecimento medieval. Pode-se assumir que os oceanos expandiram e os mantos de gelo derreteram. Então há um período estável do nível do mar, que coincide com a Pequena Idade do Gelo – os oceanos podem ter se contraído levemente, então o nível do mar responde a isso”.
“É evidente sustentar o óbvio. As leis básicas da física dizem que se você aumenta a temperatura, o gelo derreterá. Mas o que mostramos é o quão sensível o nível do mar é às mudanças de temperatura. O período de aquecimento medieval foi uma mudança muito súbita, mas resultou em uma resposta do nível do mar. Isso indica que eles estão ligados intrinsicamente, e que é uma resposta muito sensível e instantânea”, continuou Horton.
Para Stefan Rahmstorf, um dos coautores do relatório, a descoberta confirma outros estudos que sugerem que o nível oceânico está aumentando. “Isso reforça nossas projeções… o aumento acelera por causa do princípio de que quanto mais quente fica, mais rápido o nível do mar sobe. Os dados do passado ajudaram a calibrar nosso modelo, e melhorarão as projeções do aumento do nível do mar em relação aos cenários de futuros aumentos de temperatura”.
“Cenários de um futuro aumento dependem de entender a resposta do nível do mar às mudanças climáticas. Estimativas precisas da variabilidade do nível do mar fornecem um contexto para tais projeções”, ressaltou Andrew Kemp, outro coautor da pesquisa.
Paul Cutler, diretor do programa da Divisão de Ciências da Terra da NSF exaltou a importância do estudo, alegando que “ter um quadro detalhado dos índices da mudança do nível do mar dos últimos dois milênios fornece um contexto importante para entender as mudanças atuais e as potencialmente futuras. É especialmente valioso para antecipar a evolução de sistemas costeiros nos quais mais da metade da população mundial vive agora”.
“Nos últimos mil anos, quando a temperatura mudava, o nível do mar mudava. É um grande conjunto de evidências dizer que no século 21, com a indicação de que as temperaturas estão aumentando, o nível do mar vai subir. Essa é uma grande preocupação que resulta desse estudo”, concluiu Horton.
Fonte: * Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
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