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Notícias
01
jun
2011
(CARBONO)
Novo mapa de carbono global para 2,5 bilhões de hectares de florestas
As florestas tropicais da América Latina, da África e do sudeste da Ásia armazenavam 247 gigatoneladas de carbono – o equivalente a mais de 30 anos das atuais emissões pelo uso de combustíveis fósseis – até o início dos anos 2000, de acordo com uma avaliação dos estoques de carbono do mundo.
A pesquisa, publicada no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences por um grupo internacional de cientistas, usou dados de 4079 terrenos de todo o mundo e medições de satélite para estimar que as florestas armazenam 193 bilhões de toneladas de carbono em sua vegetação e 54 bilhões de toneladas na estrutura de suas raízes. O estudo produziu um mapa de carbono para 2,5 bilhões de hectares (6,2 bilhões de acres) de florestas.
De acordo com o estudo, as florestas na América Latina somam 49% do total de estoque de carbono, seguidas pelas florestas do sudeste da Ásia (26%) e da África (25%). As florestas brasileiras somam cerca de um quarto do total de biomassa medido no estudo. A República Democrática do Congo (9,8%), a Indonésia (9,3%), o Peru (4,9%) e a Colômbia (4,1%) completam os cinco países com mais florestas, que juntos somam mais da metade (52,8%) da biomassa de floresta tropical.
Os pesquisadores, liderados por Sassan Saatchi, do laboratório de jato-propulsão Caltech, usaram os dados de altura das florestas medidos pelo Sistema Altímetro Laser de Geociências (GLAS em inglês) a bordo do Satélite de Gelo, Nuvem e Elevação de terra da NASA (ICESat em inglês) para observar a distribuição da biomassa terrestre armazenada na vegetação florestal. Essas estimativas foram calibradas usando mais de quatro mil terrenos de pesquisa.
O artigo sugere que outros sistemas aéreos mais precisos para mapeamento de estoques de carbono estão sendo desenvolvidos, mas são atualmente caros demais para serem implementados em larga escala. Por isso, os autores afirmam que seu mapa pode ser usado para avaliações nacionais e para projetos maiores que dez mil hectares (24,7 mil acres).
O estudo estimou o armazenamento de carbono usando três limiares de cobertura florestal: 10%, 25% e 30% de cobertura florestal. Sob a menor definição (10% de cobertura), estima-se que as florestas armazenem 247 gigatoneladas de carbono. Áreas de floresta com mais de 30% de cobertura florestal armazenam 208 gigatoneladas.
Os dados para o estudo datam do início dos anos 2000 – a extensão florestal e a biomassa podem ser menores atualmente devido ao desmatamento. Contudo, as descobertas podem servir como referência para a medição da redução de emissões de gases do efeito estufa (GEEs) para o programa de redução de emissões do desmatamento e degradação (REDD), que visa compensar os países em desenvolvimento para protegerem florestas e zonas de turfa.
“O mapa de referência pode também ser usado para ajudar países a avaliar as emissões de carbono que podem ser evitadas com a implementação de diferentes políticas e programas que visem à redução do desmatamento e da degradação florestal em escalas regionais e de projeto”, escreveram os autores. “O mapa ajudará governos de países em desenvolvimento, administradores de terra, políticos e sociedade civil a se tornarem mais informados sobre o provável resultado de suas políticas e programas na redução nacional dos GEEs do setor de uso da terra”.
* Tradução: Jéssica Lipinski
A pesquisa, publicada no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences por um grupo internacional de cientistas, usou dados de 4079 terrenos de todo o mundo e medições de satélite para estimar que as florestas armazenam 193 bilhões de toneladas de carbono em sua vegetação e 54 bilhões de toneladas na estrutura de suas raízes. O estudo produziu um mapa de carbono para 2,5 bilhões de hectares (6,2 bilhões de acres) de florestas.
De acordo com o estudo, as florestas na América Latina somam 49% do total de estoque de carbono, seguidas pelas florestas do sudeste da Ásia (26%) e da África (25%). As florestas brasileiras somam cerca de um quarto do total de biomassa medido no estudo. A República Democrática do Congo (9,8%), a Indonésia (9,3%), o Peru (4,9%) e a Colômbia (4,1%) completam os cinco países com mais florestas, que juntos somam mais da metade (52,8%) da biomassa de floresta tropical.
Os pesquisadores, liderados por Sassan Saatchi, do laboratório de jato-propulsão Caltech, usaram os dados de altura das florestas medidos pelo Sistema Altímetro Laser de Geociências (GLAS em inglês) a bordo do Satélite de Gelo, Nuvem e Elevação de terra da NASA (ICESat em inglês) para observar a distribuição da biomassa terrestre armazenada na vegetação florestal. Essas estimativas foram calibradas usando mais de quatro mil terrenos de pesquisa.
O artigo sugere que outros sistemas aéreos mais precisos para mapeamento de estoques de carbono estão sendo desenvolvidos, mas são atualmente caros demais para serem implementados em larga escala. Por isso, os autores afirmam que seu mapa pode ser usado para avaliações nacionais e para projetos maiores que dez mil hectares (24,7 mil acres).
O estudo estimou o armazenamento de carbono usando três limiares de cobertura florestal: 10%, 25% e 30% de cobertura florestal. Sob a menor definição (10% de cobertura), estima-se que as florestas armazenem 247 gigatoneladas de carbono. Áreas de floresta com mais de 30% de cobertura florestal armazenam 208 gigatoneladas.
Os dados para o estudo datam do início dos anos 2000 – a extensão florestal e a biomassa podem ser menores atualmente devido ao desmatamento. Contudo, as descobertas podem servir como referência para a medição da redução de emissões de gases do efeito estufa (GEEs) para o programa de redução de emissões do desmatamento e degradação (REDD), que visa compensar os países em desenvolvimento para protegerem florestas e zonas de turfa.
“O mapa de referência pode também ser usado para ajudar países a avaliar as emissões de carbono que podem ser evitadas com a implementação de diferentes políticas e programas que visem à redução do desmatamento e da degradação florestal em escalas regionais e de projeto”, escreveram os autores. “O mapa ajudará governos de países em desenvolvimento, administradores de terra, políticos e sociedade civil a se tornarem mais informados sobre o provável resultado de suas políticas e programas na redução nacional dos GEEs do setor de uso da terra”.
* Tradução: Jéssica Lipinski
Fonte: CarbonoBrasil
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