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Notícias
24
mai
2011
(GERAL)
Tecnologia ajuda a identificar mogno e pode evitar comércio ilegal
O cerco à madeira ilegal pode ficar ainda mais forte com o uso de uma nova tecnologia que vem sendo aplicada a madeiras tropicais pelo Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro.
Com a ajuda de um equipamento que usa luz infravermelha, os pesquisadores conseguiram distinguir o mogno, que está ameaçado de extinção, de outras três espécies bastante semelhantes a ele, que são a andiroba, o cedro e o curupixá.
O estudo, publicado esta semana no International Association of Wood Anatomists (IAWA) Journal, pode ter impacto principalmente na fiscalização e comercialização de madeira, pois abre a possibilidade de utilizar, no futuro, a técnica para identificar as toras de forma mais objetiva e mais rápida nessas ações.
O método ajudaria a complementar a identificação feita atualmente, que se baseia na análise visual da madeira com o auxílio de uma lupa e requer que o profissional conheça as características de cada espécie para poder distingui-las.
A pesquisadora Tereza C. M. Pastore, uma das autoras do estudo, diz que a tecnologia é especialmente útil nos casos de identificação mais difíceis, como é o caso de duas das quatro espécies estudadas: o mogno e a andiroba.
"O método consegue predizer a espécie com mais de 95% de certeza, o que é importantíssimo, considerando que o mogno é uma madeira de comércio controlado para exportação e pode ser facilmente confundida com outras espécies da Amazônia", afirma.
Metodologia - Foram necessários quatro anos de estudos para chegar aos resultados. Na primeira etapa da pesquisa, as amostras de madeira foram tratadas e transformadas em pó e só depois analisadas em um aparelho - um espectrômetro - que fornece em segundos o espectro, ou "mapa", da composição química delas.
Estudos com o equipamento associado à análise estatística dos dados mostraram que era possível diferenciar as espécies e motivou a etapa seguinte, de realizar a avaliação com amostras de madeira íntegras (inteiras), mais semelhantes à forma dos materiais fiscalizados nos caminhões durante as ações de fiscalização.
Das 111 amostras, 66 foram utilizadas para montar a base de informações das espécies no espectrômetro, conhecida como calibração. A partir dos dados obtidos e de sua análise estatística, foram criados os modelos para classificar cada espécie.
As amostras restantes serviram para validar os modelos e os resultados confirmaram a expectativa dos pesquisadores. Mesmo com a madeira inteira, a técnica conseguia diferenciar entre si o mogno, o cedro, a andiroba e o curupixá.
A equipe agora avalia se um equipamento portátil que usa a luz infravermelha fornecerá informações confiáveis como os equipamentos de laboratório. Em outra etapa, pretendem ampliar o número de amostras e incluir mais espécies nos estudos.
A pesquisa foi realizada em conjunto com os especialistas em identificação de madeira do Laboratório de Produtos Florestais (LPF)/Serviço Florestal Vera Coradin e José Arlete Camargos, com o químico e professor da Universidade de Brasília (UnB) Jez Willian Batista Braga e com bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF e aluno do curso de Química da UnB Allan Ribeiro Silva.
Com a ajuda de um equipamento que usa luz infravermelha, os pesquisadores conseguiram distinguir o mogno, que está ameaçado de extinção, de outras três espécies bastante semelhantes a ele, que são a andiroba, o cedro e o curupixá.
O estudo, publicado esta semana no International Association of Wood Anatomists (IAWA) Journal, pode ter impacto principalmente na fiscalização e comercialização de madeira, pois abre a possibilidade de utilizar, no futuro, a técnica para identificar as toras de forma mais objetiva e mais rápida nessas ações.
O método ajudaria a complementar a identificação feita atualmente, que se baseia na análise visual da madeira com o auxílio de uma lupa e requer que o profissional conheça as características de cada espécie para poder distingui-las.
A pesquisadora Tereza C. M. Pastore, uma das autoras do estudo, diz que a tecnologia é especialmente útil nos casos de identificação mais difíceis, como é o caso de duas das quatro espécies estudadas: o mogno e a andiroba.
"O método consegue predizer a espécie com mais de 95% de certeza, o que é importantíssimo, considerando que o mogno é uma madeira de comércio controlado para exportação e pode ser facilmente confundida com outras espécies da Amazônia", afirma.
Metodologia - Foram necessários quatro anos de estudos para chegar aos resultados. Na primeira etapa da pesquisa, as amostras de madeira foram tratadas e transformadas em pó e só depois analisadas em um aparelho - um espectrômetro - que fornece em segundos o espectro, ou "mapa", da composição química delas.
Estudos com o equipamento associado à análise estatística dos dados mostraram que era possível diferenciar as espécies e motivou a etapa seguinte, de realizar a avaliação com amostras de madeira íntegras (inteiras), mais semelhantes à forma dos materiais fiscalizados nos caminhões durante as ações de fiscalização.
Das 111 amostras, 66 foram utilizadas para montar a base de informações das espécies no espectrômetro, conhecida como calibração. A partir dos dados obtidos e de sua análise estatística, foram criados os modelos para classificar cada espécie.
As amostras restantes serviram para validar os modelos e os resultados confirmaram a expectativa dos pesquisadores. Mesmo com a madeira inteira, a técnica conseguia diferenciar entre si o mogno, o cedro, a andiroba e o curupixá.
A equipe agora avalia se um equipamento portátil que usa a luz infravermelha fornecerá informações confiáveis como os equipamentos de laboratório. Em outra etapa, pretendem ampliar o número de amostras e incluir mais espécies nos estudos.
A pesquisa foi realizada em conjunto com os especialistas em identificação de madeira do Laboratório de Produtos Florestais (LPF)/Serviço Florestal Vera Coradin e José Arlete Camargos, com o químico e professor da Universidade de Brasília (UnB) Jez Willian Batista Braga e com bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF e aluno do curso de Química da UnB Allan Ribeiro Silva.
Fonte: MMA - Ministério do Meio Ambiente
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