Voltar
Notícias
24
mai
2011
(CARBONO)
ABNT publica norma para mercado voluntário de carbono
O mercado voluntário de carbono global, apesar de representar apenas 1% do tamanho do mercado regulado, já movimenta grandes quantias e desempenha um papel importante na redução das emissões de gases do efeito estufa e no desenvolvimento sustentável. Segundo dados de 2009, o mecanismo negociou 94 milhões de toneladas de dióxido de carbono (tCO2e) ao valor total de US$ 387 milhões.
Nesse cenário, a América Latina representa 16%, sendo que o Brasil responde por 58% dos créditos gerados no continente. Essa participação pode aumentar ainda mais agora que finalmente o país dispõe de um padrão que pode ser seguido pelos desenvolvedores de projeto, investidores, compradores e demais envolvidos no mercado.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a norma “Mercado voluntário de carbono — Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões”, que inclui, entre outras informações, os requisitos para elegibilidade das reduções de emissões e registro de projetos e de RVE.
O documento trabalha termos como ‘padronização’, afirmando que é “ideal em um mercado de commodities que as suas propriedades sejam bem definidas e mensuráveis, de maneira a trazer uniformidade para elas”. Também existe a preocupação com a transparência do mercado, dizendo que é preciso que “todas as informações, como preço, volume e comportamento de transações, sejam acessíveis, claras e divulgadas de maneira confiável. Quanto maior a facilidade de acesso aos dados, maior a segurança que o mercado oferece a todos os participantes.”
“A norma traz mais segurança e estímulo ao mercado de carbono nacional, uma vez que tem como objetivos reforçar a credibilidade do mercado de RVEs, diminuir os riscos a compradores e demais partes interessadas nesse tipo de negociação”, explicou o consultor Marco Antonio Fujihara, diretor da WayCarbon e coordenador do comitê que elaborou o documento.
“O mercado precisa ser crível para crescer. A maior credibilidade tem como consequência natural a expansão do número de investidores”, completou Fujihara.
A norma foi produzida através de um esforço que reuniu mais de 100 pessoas, entre técnicos da ABNT e consultores da WayCarbon e do Instituto Totum.
“Mais de um ano e meio de reuniões foi necessário para chegarmos a este documento. Não existia nada semelhante no Brasil, essa falta de referência foi uma grande dificuldade. Precisamos criar tudo do zero”, explicou Fujihara.
Cenário
O mercado de carbono voluntário abrange todas as negociações de créditos de carbono e neutralizações de emissões de gases do efeito estufa que são realizadas por empresas que não possuem metas sob o Protocolo de Quioto e, por isso, são consideradas ações voluntárias.
Apesar de ter registrado uma forte queda em 2009, em virtude da crise econômica global, o mercado voluntário apresenta uma tendência de crescimento devido à multiplicação das iniciativas de sustentabilidade em empresas de todo o planeta.
No Brasil, a falta de conhecimento e transparência de como o mecanismo funciona sempre foi um grande problema. A nova norma da ABNT poderá ajudar nessa questão, porém há ainda muito que ser desenvolvido.
“O mercado voluntário de carbono no Brasil está em seu início, é praticamente incipiente. Mas existe um grande potencial de crescimento. A norma é uma garantia para os envolvidos nas negociações e regula o que antes não possuía parâmetros, possibilitando assim meios para essa expansão”, concluiu Fujihara.
Existe a previsão de que o Brasil negocie aproximadamente 400 milhões de tCO2e em 2012, mais do que o quádruplo de 2009. Isto por causa das metas voluntárias anunciadas pelo governo federal na Política Nacional de Mudanças Climáticas, e por outros estados que desenvolveram leis específicas de redução de emissões, como São Paulo e o Amazonas.
A nova norma está disponível, mediante pagamento, no site da ABNT.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Nesse cenário, a América Latina representa 16%, sendo que o Brasil responde por 58% dos créditos gerados no continente. Essa participação pode aumentar ainda mais agora que finalmente o país dispõe de um padrão que pode ser seguido pelos desenvolvedores de projeto, investidores, compradores e demais envolvidos no mercado.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a norma “Mercado voluntário de carbono — Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões”, que inclui, entre outras informações, os requisitos para elegibilidade das reduções de emissões e registro de projetos e de RVE.
O documento trabalha termos como ‘padronização’, afirmando que é “ideal em um mercado de commodities que as suas propriedades sejam bem definidas e mensuráveis, de maneira a trazer uniformidade para elas”. Também existe a preocupação com a transparência do mercado, dizendo que é preciso que “todas as informações, como preço, volume e comportamento de transações, sejam acessíveis, claras e divulgadas de maneira confiável. Quanto maior a facilidade de acesso aos dados, maior a segurança que o mercado oferece a todos os participantes.”
“A norma traz mais segurança e estímulo ao mercado de carbono nacional, uma vez que tem como objetivos reforçar a credibilidade do mercado de RVEs, diminuir os riscos a compradores e demais partes interessadas nesse tipo de negociação”, explicou o consultor Marco Antonio Fujihara, diretor da WayCarbon e coordenador do comitê que elaborou o documento.
“O mercado precisa ser crível para crescer. A maior credibilidade tem como consequência natural a expansão do número de investidores”, completou Fujihara.
A norma foi produzida através de um esforço que reuniu mais de 100 pessoas, entre técnicos da ABNT e consultores da WayCarbon e do Instituto Totum.
“Mais de um ano e meio de reuniões foi necessário para chegarmos a este documento. Não existia nada semelhante no Brasil, essa falta de referência foi uma grande dificuldade. Precisamos criar tudo do zero”, explicou Fujihara.
Cenário
O mercado de carbono voluntário abrange todas as negociações de créditos de carbono e neutralizações de emissões de gases do efeito estufa que são realizadas por empresas que não possuem metas sob o Protocolo de Quioto e, por isso, são consideradas ações voluntárias.
Apesar de ter registrado uma forte queda em 2009, em virtude da crise econômica global, o mercado voluntário apresenta uma tendência de crescimento devido à multiplicação das iniciativas de sustentabilidade em empresas de todo o planeta.
No Brasil, a falta de conhecimento e transparência de como o mecanismo funciona sempre foi um grande problema. A nova norma da ABNT poderá ajudar nessa questão, porém há ainda muito que ser desenvolvido.
“O mercado voluntário de carbono no Brasil está em seu início, é praticamente incipiente. Mas existe um grande potencial de crescimento. A norma é uma garantia para os envolvidos nas negociações e regula o que antes não possuía parâmetros, possibilitando assim meios para essa expansão”, concluiu Fujihara.
Existe a previsão de que o Brasil negocie aproximadamente 400 milhões de tCO2e em 2012, mais do que o quádruplo de 2009. Isto por causa das metas voluntárias anunciadas pelo governo federal na Política Nacional de Mudanças Climáticas, e por outros estados que desenvolveram leis específicas de redução de emissões, como São Paulo e o Amazonas.
A nova norma está disponível, mediante pagamento, no site da ABNT.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
Fonte: CarbonoBrasil
Notícias em destaque

Agef celebra 50 anos com evento no dia 12 de julho em Lajeado
Em comemoração aos 50 anos de sua fundação, a Agef realizará o evento “A Engenharia Florestal na...
(EVENTOS)

Guia inovador para ampliar o uso inteligente de árvores de crescimento rápido
Árvores de crescimento rápido
A Comissão Internacional sobre Choupos e Outras Árvores de Crescimento Rápido...
(MADEIRA E PRODUTOS)

Exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12 por cento em valo
Em maio de 2025, as exportações brasileiras de produtos madeireiros (exceto celulose e papel) diminuíram 12% em valor em...
(MERCADO)

Suzano e SEST/SENAT impulsionam qualificação profissional e geração de empregos no setor florestal em Três Lagoas (MS)
Programa Escola de Motoristas já formou 57 motoristas, dos(as) quais 47,37% foram contratados pelas operações florestais da...
(GERAL)

As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva nos EUA?
As exportações de madeira da Malásia podem ganhar vantagem competitiva no mercado americano devido às tarifas mais...
(INTERNACIONAL)

Onde está localizada a maior árvore do mundo? Sua altura supera a do Cristo Redentor
Com um tamanho gigantesco, essas árvores podem ser consideradas verdadeiros arranha-céus verdes. Algumas delas têm o dobro da...
(GERAL)