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Notícias
25
mar
2011
(GERAL)
Produtores paraguaios trocam maconha por gergelim
Um empresário paraguaio do ramo de soja recebeu como pagamento por um negócio, há cerca de dez anos, dois contêineres carregados de gergelim. Sem experiência no ramo, decidiu deixar o produto do escambo nas mãos dos filhos, então com menos de 20 anos.
Foi assim que começaram os negócios da Hierbapar, companhia especializada na venda de ervas que, nos últimos três anos, se tornou importante exportador de gergelim do país. No país da soja, a empresa é um exemplo dos efeitos positivos que o crescimento de um produto cultivado pode ter sobre os demais.
A história dos contêineres é contada pelo proprietário da empresa, Maurício Stadecker, filho do empresário da soja e hoje com 29 anos. "Eu e meu irmão decidimos tentar vender o produto, e assim começamos, com apenas um motorista e um vendedor", afirma.
Sem dinheiro do pai, que apesar de ter deixado os contêineres nas mãos dos filhos não acreditava muito no gergelim, Stadecker também demorou a se convencer de que o projeto tinha futuro. Primeiro, resolveu trabalhar numa multinacional. Ficou por três anos, até que a Hierbapar se tornou grande demais para ser tocada sem estrutura profissional.
Maurício faz parte de uma geração de jovens empreendedores que estão fazendo fama no Paraguai. São todos filhos de empresários, políticos ou membros de alto escalão do governo ou de ex-governos. Todos têm muita sede de crescer e, claro, ser os primeiros em seus mercados.
Em 2007, a Hierbapar adquiriu a Arasy Orgânca e, hoje, compram de 15 mil a 20 mil toneladas de gergelim por ano de produtores associados, ou 30% das exportações nacionais. "Queremos ser os primeiros", diz. Para superar a concorrente e líder Shirosawa, precisam dobrar a produção. A Hierbapar Arasy exporta 75% de sua produção para o Japão. Os outros principais clientes são Oriente Medio e Europa. É administrada por Maurício e seus dois irmãos: Javier e Fernando.
Segundo Maurício, o Paraguai é o maior vendedor de gergelim para o Japão, um dos maiores consumidores globais. Presidente da Câmara Paraguaia de Exportadores de Gergelim (Capexse), ele diz que o país tem um grande caminho a percorrer na produção de gergelim. A China, por exemplo, produz 700 mil toneladas, seguida por Etiópia (600 mil) e Índia (300 mil).
Troca-se maconha por gergelim
Reservado, muito sério e formal, Stadecker fala com orgulho disfarçado dos dois prêmios que a Arasy Orgânica ganhou do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Do BID, ganhou também um financiamento de R$ 1,7 milhão para o projeto de cultivo alternativo que resultou nas premiações: na terra da soja, ele decidiu usar o gergelim como moeda de troca. Ofereceu o produto a famílias que cultivavam maconha.
O projeto de cultivo sustentável dos irmãos Stadecker começou antes mesmo do pedido de financiamento ao BID. Em 2004, eles passaram a trabalhar com 25 famílias do estado de San Pedro, na região central do país, para trocar suas plantações de maconha por ervas. "Trabalhávamos no início apenas com as mulheres, mas percebemos que o projeto não iria adiante sem incluir os maridos, que ficavam sem fazer nada."
Nesse ponto entrou o gergelim, "um cultivo que estava se desenvolvendo naquele momento e que tinha grande potencial". Ele diz que as ervas são mais difíceis de exportar e têm custos altos, pois são mais leves geram menos lucro. O financiamento do BID veio em 2005 e a produção cresceu. Hoje, são 12 mil famílias vivendo do gergelim de Stadecker.
Foi assim que começaram os negócios da Hierbapar, companhia especializada na venda de ervas que, nos últimos três anos, se tornou importante exportador de gergelim do país. No país da soja, a empresa é um exemplo dos efeitos positivos que o crescimento de um produto cultivado pode ter sobre os demais.
A história dos contêineres é contada pelo proprietário da empresa, Maurício Stadecker, filho do empresário da soja e hoje com 29 anos. "Eu e meu irmão decidimos tentar vender o produto, e assim começamos, com apenas um motorista e um vendedor", afirma.
Sem dinheiro do pai, que apesar de ter deixado os contêineres nas mãos dos filhos não acreditava muito no gergelim, Stadecker também demorou a se convencer de que o projeto tinha futuro. Primeiro, resolveu trabalhar numa multinacional. Ficou por três anos, até que a Hierbapar se tornou grande demais para ser tocada sem estrutura profissional.
Maurício faz parte de uma geração de jovens empreendedores que estão fazendo fama no Paraguai. São todos filhos de empresários, políticos ou membros de alto escalão do governo ou de ex-governos. Todos têm muita sede de crescer e, claro, ser os primeiros em seus mercados.
Em 2007, a Hierbapar adquiriu a Arasy Orgânca e, hoje, compram de 15 mil a 20 mil toneladas de gergelim por ano de produtores associados, ou 30% das exportações nacionais. "Queremos ser os primeiros", diz. Para superar a concorrente e líder Shirosawa, precisam dobrar a produção. A Hierbapar Arasy exporta 75% de sua produção para o Japão. Os outros principais clientes são Oriente Medio e Europa. É administrada por Maurício e seus dois irmãos: Javier e Fernando.
Segundo Maurício, o Paraguai é o maior vendedor de gergelim para o Japão, um dos maiores consumidores globais. Presidente da Câmara Paraguaia de Exportadores de Gergelim (Capexse), ele diz que o país tem um grande caminho a percorrer na produção de gergelim. A China, por exemplo, produz 700 mil toneladas, seguida por Etiópia (600 mil) e Índia (300 mil).
Troca-se maconha por gergelim
Reservado, muito sério e formal, Stadecker fala com orgulho disfarçado dos dois prêmios que a Arasy Orgânica ganhou do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Do BID, ganhou também um financiamento de R$ 1,7 milhão para o projeto de cultivo alternativo que resultou nas premiações: na terra da soja, ele decidiu usar o gergelim como moeda de troca. Ofereceu o produto a famílias que cultivavam maconha.
O projeto de cultivo sustentável dos irmãos Stadecker começou antes mesmo do pedido de financiamento ao BID. Em 2004, eles passaram a trabalhar com 25 famílias do estado de San Pedro, na região central do país, para trocar suas plantações de maconha por ervas. "Trabalhávamos no início apenas com as mulheres, mas percebemos que o projeto não iria adiante sem incluir os maridos, que ficavam sem fazer nada."
Nesse ponto entrou o gergelim, "um cultivo que estava se desenvolvendo naquele momento e que tinha grande potencial". Ele diz que as ervas são mais difíceis de exportar e têm custos altos, pois são mais leves geram menos lucro. O financiamento do BID veio em 2005 e a produção cresceu. Hoje, são 12 mil famílias vivendo do gergelim de Stadecker.
Fonte: IG
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