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Notícias
14
mar
2011
(EXPORTAÇÃO)
Em 2011, a oferta de madeira aumentará no Uruguai
Os volumes provém da nova fábrica de celulose de Montes del Plata implicarão em um forte salto na oferta de madeira no Uruguai.
A fábrica de Montes del Plata começará a demandar – a partir de 2013 – cerca de 4.500.000 m3 adicionais, mais de 50% do consumo atual. Parte dessa madeira está nas florestas e outro volume agregado crescerá nos próximos anos, dado que se incorporam novas plantações a produção.
Segundo manifestaram os produtores- fazer crescer a madeira na floresta é apenas o começo de um processo que requer colheita e transporte, levando a significativos investimentos em pessoal e equipamento. Certamente, isso vai envolver tensões e a competição.
Abre-se um cenário muito positivo para os produtores. Conforme o El País Agropecuário, o presidente da Sociedade de Produtores Florestais (SPF), Gerardo Barrios: "Vemos com bons olhos que a oferta se incremente e que se abra e tenha novos jogadores no mercado. Agora a oferta tem sido muito intensa, porém basicamente de um só comprador, UPM.
A UPM tem até agora um posicionamento bastante cômodo, quase um monopólio em determinada região. “Que venha outro fornecedor que vai dar mais transparência ao mercado e mais oportunidades aos produtores".
Ao mesmo tempo, o presidente da Sociedade de Produtores Florestais explicou como funciona o mercado de madeira para celulose. "O preço se forma por oferta e demanda, onde, além da demanda da UPM – que está mais forte –, temos a exportação, que é o que tem proporcionado o contrapeso e a que logra preços. Isto ocorre nas madeiras que são exportáveis, basicamente Eucalyptus globulus e maidenii.
Porém as que não são exportáveis – Eucalyptus grandis e outras– tem como colocação alternativa a UPM, a industria de serrado, a de energia, que estão com bons preços, porém são mercados muito limitados em volume. Neste caso a demanda de UPM termina marcando o preço e comandando o mercado".
Com relação aos preços, em 2010 se registrou uma melhora, que se espera continue em 2011. "O ano passado os valores de globulus andavam em entorno de 58 U$S/m3, posto em Montevidéu. O grandis e o dunnii se colocavam a 40, postos em Fray Bentos (UPM). Para 2011, se vislumbra um aumento de 13% para as madeiras de exportação, que ficarão acima de U$S 60. Para as outras madeiras, a tendência tende a subir", estimou Barrios.
Enfatizou a firmeza do mercado energético, que pode seguir crescendo, paulatinamente, nos próximos anos: "A demanda de energia está muito forte, com valores que – em alguns casos– superam a exportação. É um mercado pequeno, porém interessante. A indústria consome lenha ou chips como geradoras de energia, porém a madeira tem que estar perto do lugar de consumo. Alguns industriais tem adaptado sistemas para comprar os rolos de 2,2 metros - que é como é cortada a maior parte da madeira-, cortam ao meio e introduzem na caldeira".
De todos modos, a UPM é o principal demandante e compra –usualmente- através de sua firma Forestal Oriental, que prefere adquirir a floresta em pé para utilizar sua logística. Barrios disse que "para eles é muito mais complicado para um produtor de madeira propor fornecer de forma independente, porque a logística de fornecedores de madeira para a fábrica é muito mais complexa e deve ser um relógio. Deve sempre haver madeira disponível. É melhor comprar a montagem em pé no local, cortar e transportar".
A fábrica de Montes del Plata começará a demandar – a partir de 2013 – cerca de 4.500.000 m3 adicionais, mais de 50% do consumo atual. Parte dessa madeira está nas florestas e outro volume agregado crescerá nos próximos anos, dado que se incorporam novas plantações a produção.
Segundo manifestaram os produtores- fazer crescer a madeira na floresta é apenas o começo de um processo que requer colheita e transporte, levando a significativos investimentos em pessoal e equipamento. Certamente, isso vai envolver tensões e a competição.
Abre-se um cenário muito positivo para os produtores. Conforme o El País Agropecuário, o presidente da Sociedade de Produtores Florestais (SPF), Gerardo Barrios: "Vemos com bons olhos que a oferta se incremente e que se abra e tenha novos jogadores no mercado. Agora a oferta tem sido muito intensa, porém basicamente de um só comprador, UPM.
A UPM tem até agora um posicionamento bastante cômodo, quase um monopólio em determinada região. “Que venha outro fornecedor que vai dar mais transparência ao mercado e mais oportunidades aos produtores".
Ao mesmo tempo, o presidente da Sociedade de Produtores Florestais explicou como funciona o mercado de madeira para celulose. "O preço se forma por oferta e demanda, onde, além da demanda da UPM – que está mais forte –, temos a exportação, que é o que tem proporcionado o contrapeso e a que logra preços. Isto ocorre nas madeiras que são exportáveis, basicamente Eucalyptus globulus e maidenii.
Porém as que não são exportáveis – Eucalyptus grandis e outras– tem como colocação alternativa a UPM, a industria de serrado, a de energia, que estão com bons preços, porém são mercados muito limitados em volume. Neste caso a demanda de UPM termina marcando o preço e comandando o mercado".
Com relação aos preços, em 2010 se registrou uma melhora, que se espera continue em 2011. "O ano passado os valores de globulus andavam em entorno de 58 U$S/m3, posto em Montevidéu. O grandis e o dunnii se colocavam a 40, postos em Fray Bentos (UPM). Para 2011, se vislumbra um aumento de 13% para as madeiras de exportação, que ficarão acima de U$S 60. Para as outras madeiras, a tendência tende a subir", estimou Barrios.
Enfatizou a firmeza do mercado energético, que pode seguir crescendo, paulatinamente, nos próximos anos: "A demanda de energia está muito forte, com valores que – em alguns casos– superam a exportação. É um mercado pequeno, porém interessante. A indústria consome lenha ou chips como geradoras de energia, porém a madeira tem que estar perto do lugar de consumo. Alguns industriais tem adaptado sistemas para comprar os rolos de 2,2 metros - que é como é cortada a maior parte da madeira-, cortam ao meio e introduzem na caldeira".
De todos modos, a UPM é o principal demandante e compra –usualmente- através de sua firma Forestal Oriental, que prefere adquirir a floresta em pé para utilizar sua logística. Barrios disse que "para eles é muito mais complicado para um produtor de madeira propor fornecer de forma independente, porque a logística de fornecedores de madeira para a fábrica é muito mais complexa e deve ser um relógio. Deve sempre haver madeira disponível. É melhor comprar a montagem em pé no local, cortar e transportar".
Fonte: Nearural
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