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Notícias
23
fev
2011
(MEIO AMBIENTE)
Rondônia: látex é transformado em tecido ecológico
Machadinho d’Oeste fica a 400 quilômetros de Porto Velho. Existem doze reservas extrativistas na região. Oito delas estão ativas. Na reserva Quariquara moram 38 famílias. O dia de trabalho na floresta começa muito cedo. Os seringueiros caminham até sete quilômetros por dia na mata fechada. Eles vêm de muitas direções e têm um código sonoro para se encontrar.
O látex é a principal atividade econômica da região há décadas. Os atuais seringueiros cresceram na floresta. “Sou filho de seringueiro, neto de soldado da borracha”, revela um seringueiro.
O instrumento usado no trabalho reúne uma faca e uma rapadeira. “Você limpa para o leite não sair fora do risco, é para ir direto dentro da cuia”, ensina outro seringueiro.
Com gravetos, os seringueiros fazem o suporte para as canecas. O látex escorre até o reservatório.
Atualmente, o tecido da floresta dá muito mais lucro do que a borracha. Em 2004, o Sebrae apoiou a criação de uma cooperativa que organizou o setor.
A produção de borracha já foi lucrativa. Com o enfraquecimento do mercado, muita gente abandonou a atividade. Mas em Machadinho d’Oeste, interior de Rondônia, dentro da Floresta Amazônica, os seringueiros foram criativos e encontraram um novo fim para o látex. O líquido é transformado em um tecido ecologicamente correto, usado para fazer pastas, bolsas e mochilas. Mas até isso ficar pronto é preciso muito trabalho.
A colheita acaba e é hora de transformar o látex em tecido. Na floresta, os seringueiros usam a defumação. Em um barracão fechado, a fornalha é abastecida. A fumaça sobe, aquece o ambiente.
O látex é derramado sobre uma manta de algodão. O calor une os dois materiais em um tecido emborrachado e a fumaça ainda ajuda na coloração. O Sebrae contratou um químico que eliminou o cheiro do tecido.
“Era um odor muito forte, característico da vulcanização da manta com a defumação com coco de babaçu. Alguns clientes achavam ruim porque quando guardavam no guarda-roupa, deixavam cheiros em outras roupas”, lembra o consultor do Sebrae Hiram Leal.
Dona Giselda Pereira Ramos ganha R$ 700 por mês com o trabalho. Já construiu até uma casa nova.
“Não é um luxo, mas é nossa casa de moradia. Nós temos muito orgulho disso. E isso foi gerado através do nosso trabalho com o tecido da floresta”, ressalta a seringueira.
A outra forma de transformar o látex em tecido é com uma estufa. Um processo mais industrial, feito na sede da cooperativa dos extrativistas da floresta de Rondônia. Os seringueiros usam corantes para fazer tecidos coloridos.
“Hoje a gente pode fazer quase todos os tipos de cores que a gente quiser”, avisa o seringueiro Dino Ferreira dos Santos.
O tecido está pronto para ser transformado em moda. A cadeia produtiva do tecido da floresta beneficia a cidade inteira. Quinze mulheres fizeram cursos de design, corte e costura. Elas produzem duzentas bolsas por mês e cada uma ganha entre R$ 15 e R$ 25 por peça pronta.
Edna Rufino era dona de casa. Com a ajuda do Sebrae, virou uma profissional de corte e costura e já ganha R$ 250 por mês.
“Agora é bom porque a gente já tem o dinheiro da gente”, explica a costureira.
A cada três meses, a cooperativa lança novos modelos. As bolsas já são vendidas em lojas de vários estados. Um novo curso do Sebrae vai ensinar a substituir argolas e fechos pelo ouriço da castanha.
“Buscar os nossos recursos existentes aqui para tornar o produto ainda mais sustentável”, revela o secretário da cooperativa Erni Santos Lima.
A coperativa tem outra fonte de renda: vende o tecido da floresta para fábricas de São Paulo que desenvolvem produtos próprios. O Sebrae continua a buscar mercado para o tecido da floresta. O objetivo é fazer o produto ser tão popular quanto o algodão ou o linho.
“É nossa pretensão, nos próximos dias, oferecer a uma grande franquia nacional uniformes e acessórios provenientes da utilização desse produto para os seus franqueados”, avisa o consultor Hiram Leal.
O látex é a principal atividade econômica da região há décadas. Os atuais seringueiros cresceram na floresta. “Sou filho de seringueiro, neto de soldado da borracha”, revela um seringueiro.
O instrumento usado no trabalho reúne uma faca e uma rapadeira. “Você limpa para o leite não sair fora do risco, é para ir direto dentro da cuia”, ensina outro seringueiro.
Com gravetos, os seringueiros fazem o suporte para as canecas. O látex escorre até o reservatório.
Atualmente, o tecido da floresta dá muito mais lucro do que a borracha. Em 2004, o Sebrae apoiou a criação de uma cooperativa que organizou o setor.
A produção de borracha já foi lucrativa. Com o enfraquecimento do mercado, muita gente abandonou a atividade. Mas em Machadinho d’Oeste, interior de Rondônia, dentro da Floresta Amazônica, os seringueiros foram criativos e encontraram um novo fim para o látex. O líquido é transformado em um tecido ecologicamente correto, usado para fazer pastas, bolsas e mochilas. Mas até isso ficar pronto é preciso muito trabalho.
A colheita acaba e é hora de transformar o látex em tecido. Na floresta, os seringueiros usam a defumação. Em um barracão fechado, a fornalha é abastecida. A fumaça sobe, aquece o ambiente.
O látex é derramado sobre uma manta de algodão. O calor une os dois materiais em um tecido emborrachado e a fumaça ainda ajuda na coloração. O Sebrae contratou um químico que eliminou o cheiro do tecido.
“Era um odor muito forte, característico da vulcanização da manta com a defumação com coco de babaçu. Alguns clientes achavam ruim porque quando guardavam no guarda-roupa, deixavam cheiros em outras roupas”, lembra o consultor do Sebrae Hiram Leal.
Dona Giselda Pereira Ramos ganha R$ 700 por mês com o trabalho. Já construiu até uma casa nova.
“Não é um luxo, mas é nossa casa de moradia. Nós temos muito orgulho disso. E isso foi gerado através do nosso trabalho com o tecido da floresta”, ressalta a seringueira.
A outra forma de transformar o látex em tecido é com uma estufa. Um processo mais industrial, feito na sede da cooperativa dos extrativistas da floresta de Rondônia. Os seringueiros usam corantes para fazer tecidos coloridos.
“Hoje a gente pode fazer quase todos os tipos de cores que a gente quiser”, avisa o seringueiro Dino Ferreira dos Santos.
O tecido está pronto para ser transformado em moda. A cadeia produtiva do tecido da floresta beneficia a cidade inteira. Quinze mulheres fizeram cursos de design, corte e costura. Elas produzem duzentas bolsas por mês e cada uma ganha entre R$ 15 e R$ 25 por peça pronta.
Edna Rufino era dona de casa. Com a ajuda do Sebrae, virou uma profissional de corte e costura e já ganha R$ 250 por mês.
“Agora é bom porque a gente já tem o dinheiro da gente”, explica a costureira.
A cada três meses, a cooperativa lança novos modelos. As bolsas já são vendidas em lojas de vários estados. Um novo curso do Sebrae vai ensinar a substituir argolas e fechos pelo ouriço da castanha.
“Buscar os nossos recursos existentes aqui para tornar o produto ainda mais sustentável”, revela o secretário da cooperativa Erni Santos Lima.
A coperativa tem outra fonte de renda: vende o tecido da floresta para fábricas de São Paulo que desenvolvem produtos próprios. O Sebrae continua a buscar mercado para o tecido da floresta. O objetivo é fazer o produto ser tão popular quanto o algodão ou o linho.
“É nossa pretensão, nos próximos dias, oferecer a uma grande franquia nacional uniformes e acessórios provenientes da utilização desse produto para os seus franqueados”, avisa o consultor Hiram Leal.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
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