Voltar
Notícias
20
dez
2010
(SETOR FLORESTAL)
ArcelorMittal desenvolve clone de eucalipto para ser usado na fabricação do aço
A siderúrgica está a um passo de alcançar a primeira opção renovável para fabricação do aço.
A ArcelorMittal Bioenergia, empresa controlada pela ArcelorMittal (maior companhia siderúrgica mundial), está prestes a alcançar uma variedade de eucalipto capaz de ser a primeira opção renovável de carvão para uso na fabricação de aço.
Atualmente, grande parte da produção de aço é dependente do carvão mineral, insumo não renovável do qual o Brasil é grande importador.
O carvão é insumo essencial na produção do aço. No alto-forno, exerce duas funções: eleva a temperatura do forno a 1.500 graus Celsius e desencadeia uma reação química. O carbono existente no carvão mineral ou vegetal se associa ao oxigênio liberado do minério de ferro em altas temperaturas.
A redução, como é chamado esse processo, purifica o ferro. O uso do carvão vegetal no processo reduz o balanço negativo de emissões do setor siderúrgico, diminui a dependência de importações e representa queda no custo da tonelada do insumo.
A tonelada do carvão vegetal é US$ 90 mais barata que a do carvão mineral.
Mas, para ter esses benefícios, o setor tinha de vencer uma limitação técnica. E é isso que a pesquisa realizada pela ArcelorMittal está perto de conseguir.
A novidade está no desenvolvimento de uma madeira muito dura, resistente a ponto de, após ser transformada em carvão, suportar o peso da mistura colocada num alto-forno. Essa coluna de "ingredientes" despejados no alto-forno exerce uma pressão sobre o carvão. Somente o carvão mineral suporta essa pressão.
"O carvão vegetal não suporta esse peso, por isso só é usado para a produção do ferro-gusa, produzido em fornos menores. Se for usado nos grandes altos-fornos, o carvão vegetal é esmagado, o que pode vedar o forno. Isso não pode acontecer", afirma Wanderley Cunha, gerente de desenvolvimento técnico da companhia.
A nova variedade pode superar essa limitação. O clone de eucalipto obtido a partir do cruzamento de três variedades chega perto da resistência obtida com o carvão mineral. Testes feitos com o carvão dessa árvore mostraram resistência a pressões de até 220 quilos por centímetro quadrado.
O mesmo teste feito com o carvão mineral mostrou resistência de até 250 quilos por centímetro quadrado. "Se obtivermos uma variedade que alcance essa resistência, teremos então um redutor renovável", diz Cunha. A ArcelorMittal já produz 2,3 milhões de toneladas de carvão vegetal e vai duplicar essa produção.
Transgenia
Selos de manejo florestal vedam o uso de clones transgênicos em áreas certificadas, mas a empresa avalia que não pode ignorar a tecnologia de transferência de genes na busca de variedades adequadas para a siderurgia.
Segundo o gerente de pesquisa da ArcelorMittal , Roosevelt Almado, a siderúrgica estuda a opção de desenvolver pesquisas para obtenção de clones transgênicos. "Isso poderia, por exemplo, reduzir o tempo para obtenção de um desses clones que oferecem madeira mais dura."
Hoje, todo o desenvolvimento de clones para uso comercial utiliza técnicas clássicas de melhoramento, muito mais lenta para a obtenção de variedades novas.
A ArcelorMittal Bioenergia, empresa controlada pela ArcelorMittal (maior companhia siderúrgica mundial), está prestes a alcançar uma variedade de eucalipto capaz de ser a primeira opção renovável de carvão para uso na fabricação de aço.
Atualmente, grande parte da produção de aço é dependente do carvão mineral, insumo não renovável do qual o Brasil é grande importador.
O carvão é insumo essencial na produção do aço. No alto-forno, exerce duas funções: eleva a temperatura do forno a 1.500 graus Celsius e desencadeia uma reação química. O carbono existente no carvão mineral ou vegetal se associa ao oxigênio liberado do minério de ferro em altas temperaturas.
A redução, como é chamado esse processo, purifica o ferro. O uso do carvão vegetal no processo reduz o balanço negativo de emissões do setor siderúrgico, diminui a dependência de importações e representa queda no custo da tonelada do insumo.
A tonelada do carvão vegetal é US$ 90 mais barata que a do carvão mineral.
Mas, para ter esses benefícios, o setor tinha de vencer uma limitação técnica. E é isso que a pesquisa realizada pela ArcelorMittal está perto de conseguir.
A novidade está no desenvolvimento de uma madeira muito dura, resistente a ponto de, após ser transformada em carvão, suportar o peso da mistura colocada num alto-forno. Essa coluna de "ingredientes" despejados no alto-forno exerce uma pressão sobre o carvão. Somente o carvão mineral suporta essa pressão.
"O carvão vegetal não suporta esse peso, por isso só é usado para a produção do ferro-gusa, produzido em fornos menores. Se for usado nos grandes altos-fornos, o carvão vegetal é esmagado, o que pode vedar o forno. Isso não pode acontecer", afirma Wanderley Cunha, gerente de desenvolvimento técnico da companhia.
A nova variedade pode superar essa limitação. O clone de eucalipto obtido a partir do cruzamento de três variedades chega perto da resistência obtida com o carvão mineral. Testes feitos com o carvão dessa árvore mostraram resistência a pressões de até 220 quilos por centímetro quadrado.
O mesmo teste feito com o carvão mineral mostrou resistência de até 250 quilos por centímetro quadrado. "Se obtivermos uma variedade que alcance essa resistência, teremos então um redutor renovável", diz Cunha. A ArcelorMittal já produz 2,3 milhões de toneladas de carvão vegetal e vai duplicar essa produção.
Transgenia
Selos de manejo florestal vedam o uso de clones transgênicos em áreas certificadas, mas a empresa avalia que não pode ignorar a tecnologia de transferência de genes na busca de variedades adequadas para a siderurgia.
Segundo o gerente de pesquisa da ArcelorMittal , Roosevelt Almado, a siderúrgica estuda a opção de desenvolver pesquisas para obtenção de clones transgênicos. "Isso poderia, por exemplo, reduzir o tempo para obtenção de um desses clones que oferecem madeira mais dura."
Hoje, todo o desenvolvimento de clones para uso comercial utiliza técnicas clássicas de melhoramento, muito mais lenta para a obtenção de variedades novas.
Fonte: FSP/Painel Florestal
Notícias em destaque
Pinheiro-americano ameaça biodiversidade e recursos hídricos na Serra do Cipó
Pesquisadores da UFMG alertam para o avanço de espécie invasora que aumenta risco de incêndios e prejudica a...
(GERAL)
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, ponte histórica atravessa um rio sem usar aço, concreto, pregos ou qualquer argamassa
Com estrutura totalmente de madeira encaixada, cinco arcos consecutivos e quase 200 metros de extensão, esta ponte histórica...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Erva-mate fatura mais de R$ 1 bi e pode ter novo ciclo de crescimento no Paraná
Estado pretende implantar ações voltadas à rastreabilidade e ao padrão de qualidade do produto
A erva-mate...
(AGRO)
As incertezas continuam a influenciar as previsões para a indústria de processamento de madeira em 2026
Após enfrentarem tempestades de incerteza em 2025, alguns vislumbram mais desafios pela frente, enquanto outros se mostram...
(INTERNACIONAL)
Tecnologias de construção em madeira mostram como esse material chegou a um novo nível
Veja como as tecnologias de construção em madeira unem inovação, velocidade de obra e soluções que...
(TECNOLOGIA)
De 2 para 15 anos de vida útil: entenda a “mágica” do vácuo e pressão que injeta Cobre e Arsênio na madeira
De 2 para 15 anos de vida útil: entenda a “mágica” do vácuo e pressão que injeta Cobre e Arsênio na...
(TECNOLOGIA)














