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Notícias
17
dez
2010
(SETOR FLORESTAL)
Pesquisa faz controle biológico de doenças do eucalipto
Embrapa tem o único laboratório de quarentena no país credenciado pelo Ministério da Agricultura para a introdução de agente de controle biológico.
Da mesma origem australiana do eucalipto, duas pragas ainda tiram o sono dos pesquisadores. Uma delas é o percevejo bronzeado, que chegou em 2008 no Rio Grande do Sul e Jaguariúna, e atinge hoje seis estados brasileiros. Ele procura as brotações novas, suga a seiva da folha até ficar seca e avermelhada.
As tentativas de fazer o controle biológico dele com uma vespa trazida das praças urbanas de Sidney não deram certo, mas os pesquisadores aguardam uma nova remessa do parasitóide para retomarem os estudos. "Nós já temos alguns dados bioecológicos da praga, mas do inimigo natural ainda não conseguimos, por isso vamos partir para uma segunda remessa", explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luiz Alexandre Nogueira.
Outra praga que está sendo monitorada é a vespa da galha. Ela foi descoberta em 2007 em viveiros de mudas na Bahia, Anhembi e Piracicaba e tem se mostrado tão destrutiva quanto o percevejo. Segundo Nogueira, o ataque da praga é muito sério, está secando os brotos e muitas folhas estão caindo, então está se tornando uma muito danosa.
Os pesquisadores negociam com autoridades israelenses o envio de outras duas vespas que podem ajudar no controle biológico.
Quando os inimigos naturais das pragas exóticas são trazidos pelos pesquisadores para Brasília, eles vêm para uma área restrita que fica dentro da Embrapa Meio Ambiente. Para chegar até ela é preciso passar por três antecâmaras escuras e totalmente protegidas, e também seguir uma série de regras de entrada e saída, para evitar a contaminação de quem entra e depois do meio ambiente.
Este é o único laboratório de quarentena no país credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a introdução de agente de controle biológico.
É neste laboratório que os pesquisadores estabelecem a população tanto da praga, como do inimigo natural exótico introduzido. "Depois dessa criação em temperatura e umidade controlados em condições de laboratório, nós fazemos as liberações no campo", diz Nogueira.
Foi assim para combater o psilídio de concha, presente em mais de 140 municípios paulistas e mais de 12 do sudeste e centro oeste do país. A praga provoca a queda das folhas, seca os ramos e reduz em até 30% a produção de madeira. Em três anos de infestação o índice de mortalidade chega aos 95%.
A solução para o problema foi um parasitóide, uma vespinha, trazida do México. De acordo com Nogueira, ela já está em mais de dez estados, incluindo o Distrito Federal, ela está trazendo resultados espetaculares: "A idéia é que ela se estabeleça em outras regiões e controle biológico seja total, tanto regional, como municipal, estadual e até continental".
As pragas australianas preferem o eucaliptus camaldulensis, espécie considerada a base dos híbridos plantados no Brasil. Aqui, elas encontram temperatura e umidade semelhantes ao país de origem e se alastram com facilidade pelo vento.
De acordo com os pesquisadores elas vão longe com a ajuda dos caminhoneiros. "Os caminhoneiros usam uma lona amarela que atrai as pragas adultas, as conchas caem ao longo das rodovias, principalmente do estado de São Paulo. Então é possível verificar focos de infestação frutos deste transporte rodoviário", conta Nogueira.
A boa notícia é que o parasitóide das pragas também se alastra com a mesma facilidade. A vespa que ajuda no controle biológico do psilídeo foi multiplicada por pesquisadores da UNESP de Botucatu e usada em 14 propriedades infestadas. O índice de sucesso no campo chegou a 85%.
Nogueira explica que as condições climáticas brasileiras são boas, e a fartura de milhares de hectares de eucaliptos tem favorecido o bom desenvolvimento do controle da praga e o estabelecimento do parasitóide nesse nicho florestal.
Da mesma origem australiana do eucalipto, duas pragas ainda tiram o sono dos pesquisadores. Uma delas é o percevejo bronzeado, que chegou em 2008 no Rio Grande do Sul e Jaguariúna, e atinge hoje seis estados brasileiros. Ele procura as brotações novas, suga a seiva da folha até ficar seca e avermelhada.
As tentativas de fazer o controle biológico dele com uma vespa trazida das praças urbanas de Sidney não deram certo, mas os pesquisadores aguardam uma nova remessa do parasitóide para retomarem os estudos. "Nós já temos alguns dados bioecológicos da praga, mas do inimigo natural ainda não conseguimos, por isso vamos partir para uma segunda remessa", explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luiz Alexandre Nogueira.
Outra praga que está sendo monitorada é a vespa da galha. Ela foi descoberta em 2007 em viveiros de mudas na Bahia, Anhembi e Piracicaba e tem se mostrado tão destrutiva quanto o percevejo. Segundo Nogueira, o ataque da praga é muito sério, está secando os brotos e muitas folhas estão caindo, então está se tornando uma muito danosa.
Os pesquisadores negociam com autoridades israelenses o envio de outras duas vespas que podem ajudar no controle biológico.
Quando os inimigos naturais das pragas exóticas são trazidos pelos pesquisadores para Brasília, eles vêm para uma área restrita que fica dentro da Embrapa Meio Ambiente. Para chegar até ela é preciso passar por três antecâmaras escuras e totalmente protegidas, e também seguir uma série de regras de entrada e saída, para evitar a contaminação de quem entra e depois do meio ambiente.
Este é o único laboratório de quarentena no país credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a introdução de agente de controle biológico.
É neste laboratório que os pesquisadores estabelecem a população tanto da praga, como do inimigo natural exótico introduzido. "Depois dessa criação em temperatura e umidade controlados em condições de laboratório, nós fazemos as liberações no campo", diz Nogueira.
Foi assim para combater o psilídio de concha, presente em mais de 140 municípios paulistas e mais de 12 do sudeste e centro oeste do país. A praga provoca a queda das folhas, seca os ramos e reduz em até 30% a produção de madeira. Em três anos de infestação o índice de mortalidade chega aos 95%.
A solução para o problema foi um parasitóide, uma vespinha, trazida do México. De acordo com Nogueira, ela já está em mais de dez estados, incluindo o Distrito Federal, ela está trazendo resultados espetaculares: "A idéia é que ela se estabeleça em outras regiões e controle biológico seja total, tanto regional, como municipal, estadual e até continental".
As pragas australianas preferem o eucaliptus camaldulensis, espécie considerada a base dos híbridos plantados no Brasil. Aqui, elas encontram temperatura e umidade semelhantes ao país de origem e se alastram com facilidade pelo vento.
De acordo com os pesquisadores elas vão longe com a ajuda dos caminhoneiros. "Os caminhoneiros usam uma lona amarela que atrai as pragas adultas, as conchas caem ao longo das rodovias, principalmente do estado de São Paulo. Então é possível verificar focos de infestação frutos deste transporte rodoviário", conta Nogueira.
A boa notícia é que o parasitóide das pragas também se alastra com a mesma facilidade. A vespa que ajuda no controle biológico do psilídeo foi multiplicada por pesquisadores da UNESP de Botucatu e usada em 14 propriedades infestadas. O índice de sucesso no campo chegou a 85%.
Nogueira explica que as condições climáticas brasileiras são boas, e a fartura de milhares de hectares de eucaliptos tem favorecido o bom desenvolvimento do controle da praga e o estabelecimento do parasitóide nesse nicho florestal.
Fonte: EPTV/Celulose Online
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