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Notícias
13
dez
2010
(AQUECIMENTO GLOBAL)
Conferência do Clima termina com acordo modesto
Os países reunidos em Cancún chegaram a um consenso sobre um pacote de medidas que inclui a criação de um Fundo Climático, porém a extensão do Protocolo de Kyoto continua sem uma decisão definitiva.
Foi necessário prolongar as negociações até a madrugada deste sábado, mas depois de duas semanas de conversas os mais de 190 países reunidos em Cancún finalmente conseguiram fechar um pacote de medidas para combater as mudanças climáticas.
Desde o começo, a Conferência do Clima (COP16) deixou de lado a idéia de um acordo global com força de lei para limitar as emissões e se focou em conseguir avanços concretos em temas como financiamento, preservação florestal e transferência de tecnologias limpas.
Tendo isto em vista, a COP16 foi considerada um sucesso pela presidente da Conferência, a secretária de Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa.
“É uma nova era de cooperação internacional na luta às mudanças climáticas”, declarou Patricia.
Essa opinião foi compartilhada pela representante da União Européia e pela Ministra do Meio Ambiente do Brasil.
"O que nós da União Europeia queríamos era um conjunto substancial de decisões para salvar todo esse processo, mostrar que ele pode trazer resultados. Acho que vimos isso aqui em Cancún”, disse Connie Heedegard negociadora chefe da UE.
"Criou-se o mecanismo de adaptação (dos países em desenvolvimento às mudanças climáticas), o REDD (Redução das Emissões de Desmatamento das Florestas) está colocado, o comitê do fundo de adaptação foi criado", afirmou Izabella Teixeira.
Medidas
O acordo realizado em Cancún pede para que os países ricos cortem suas emissões de gases do efeito estufa, mas não os obriga a isso.
Já as nações em desenvolvimento devem honram suas metas de emissão definidas na COP15 em Copenhague no ano passado.
Talvez a grande decisão de conferência tenha sido a criação do “Fundo Verde”, que irá distribuir US$ 100 bilhões por ano para a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas nos locais mais vulneráveis. Inicialmente caberá ao Banco Mundial administrar esses recursos.
“Hoje, com esta conferência, temos a oportunidade de começar a construir uma nova história onde o crescimento econômico, a luta contra a pobreza e a vida em harmonia com o meio ambiente estão ao nosso alcance”, declarou Felipe Calderon, presidente do México.
“É realmente algo histórico. Pela primeira vez os países concordaram em adotar instrumentos tão amplos e medidas que vão ajudar os mais pobres”, disse Christiana Figueres, presidente da UNFCCC.
Protocolo de Kyoto e desavenças
Se a criação do “Fundo Verde” foi a grande conquista, falta de uma decisão definitiva sobre o futuro do Protocolo de Kyoto foi o grande fracasso.
A discussão sobre a continuidade do tratado após 2012 foi a mais acalorada da COP 16. Japão, Canadá e Rússia não queriam sua extensão, pois diziam não ver sentido num novo período de compromisso se ele não se aplica a China e EUA, os dois maiores emissores de gases-estufa.
No fim, se optou pelo texto que afirma que a questão deve ser definida "o mais rápido possível", a tempo de não permitir que os países desenvolvidos fiquem sem metas de redução de emissão de gases-estufa.
A Bolívia foi o único país contrário ao acordo fechado em Cancún, alegando que as medidas são fracas e levarão a um aquecimento de mais de 4°C. Dessa forma se recusou a assinar o pacote de decisões.
Mesmo assim, a presidente da COP 16 Patricia Espinosa deu os textos como aprovados.
Foi necessário prolongar as negociações até a madrugada deste sábado, mas depois de duas semanas de conversas os mais de 190 países reunidos em Cancún finalmente conseguiram fechar um pacote de medidas para combater as mudanças climáticas.
Desde o começo, a Conferência do Clima (COP16) deixou de lado a idéia de um acordo global com força de lei para limitar as emissões e se focou em conseguir avanços concretos em temas como financiamento, preservação florestal e transferência de tecnologias limpas.
Tendo isto em vista, a COP16 foi considerada um sucesso pela presidente da Conferência, a secretária de Relações Exteriores do México, Patricia Espinosa.
“É uma nova era de cooperação internacional na luta às mudanças climáticas”, declarou Patricia.
Essa opinião foi compartilhada pela representante da União Européia e pela Ministra do Meio Ambiente do Brasil.
"O que nós da União Europeia queríamos era um conjunto substancial de decisões para salvar todo esse processo, mostrar que ele pode trazer resultados. Acho que vimos isso aqui em Cancún”, disse Connie Heedegard negociadora chefe da UE.
"Criou-se o mecanismo de adaptação (dos países em desenvolvimento às mudanças climáticas), o REDD (Redução das Emissões de Desmatamento das Florestas) está colocado, o comitê do fundo de adaptação foi criado", afirmou Izabella Teixeira.
Medidas
O acordo realizado em Cancún pede para que os países ricos cortem suas emissões de gases do efeito estufa, mas não os obriga a isso.
Já as nações em desenvolvimento devem honram suas metas de emissão definidas na COP15 em Copenhague no ano passado.
Talvez a grande decisão de conferência tenha sido a criação do “Fundo Verde”, que irá distribuir US$ 100 bilhões por ano para a adaptação e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas nos locais mais vulneráveis. Inicialmente caberá ao Banco Mundial administrar esses recursos.
“Hoje, com esta conferência, temos a oportunidade de começar a construir uma nova história onde o crescimento econômico, a luta contra a pobreza e a vida em harmonia com o meio ambiente estão ao nosso alcance”, declarou Felipe Calderon, presidente do México.
“É realmente algo histórico. Pela primeira vez os países concordaram em adotar instrumentos tão amplos e medidas que vão ajudar os mais pobres”, disse Christiana Figueres, presidente da UNFCCC.
Protocolo de Kyoto e desavenças
Se a criação do “Fundo Verde” foi a grande conquista, falta de uma decisão definitiva sobre o futuro do Protocolo de Kyoto foi o grande fracasso.
A discussão sobre a continuidade do tratado após 2012 foi a mais acalorada da COP 16. Japão, Canadá e Rússia não queriam sua extensão, pois diziam não ver sentido num novo período de compromisso se ele não se aplica a China e EUA, os dois maiores emissores de gases-estufa.
No fim, se optou pelo texto que afirma que a questão deve ser definida "o mais rápido possível", a tempo de não permitir que os países desenvolvidos fiquem sem metas de redução de emissão de gases-estufa.
A Bolívia foi o único país contrário ao acordo fechado em Cancún, alegando que as medidas são fracas e levarão a um aquecimento de mais de 4°C. Dessa forma se recusou a assinar o pacote de decisões.
Mesmo assim, a presidente da COP 16 Patricia Espinosa deu os textos como aprovados.
Fonte: Carbono Brasil/Agências Internacionais
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