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Notícias

09
dez
2010
(MADEIRA E PRODUTOS)
Materiais rodantes utilizados na colheita de madeira
Atualmente, a busca crescente por aumento na produtividade, redução de custos e impactos ambientais, representam o dia-a-dia das empresas do setor florestal e estão diretamente relacionados ao tipo de material rodante escolhido.

A escolha destes está intimamente relacionada à topografia do terreno, ao tipo de solo, à umidade do solo, à distância de operação, entre outras variáveis.

Os tipos de rodados podem ser classificados como: pneumáticos, semi-esteira – acoplada aos pneus – e esteira fixa.

Falando-se inicialmente sobre pneus, alguns fatores são fundamentais para a escolha correta do melhor tipo, tais como:

* aspectos físicos: tipo de banda de rodagem (parte do pneu que entra em contato com o solo), profundidade de rodagem (profundidade dos sulcos), relação entre a altura e largura do pneu;

* desempenho em campo: custo (por km, hora e tonelada transportada), vida útil (resistência ao desgaste, à separação e ao calor, cortes e impacto), mobilidade (tração e flutuação), custos de manutenção, comportamento do equipamento (dirigibilidade, estabilidade e fator de ajustes) (GUIA GOODYEAR, 2007).

Para cada situação na qual o pneu se encontre, é necessário proporcioná-lo uma correta calibragem para reduzir desgastes, consumo de combustível, tempo de operação, compactação, impactos ao operador e aumentar a velocidade em campo, elevando a produtividade.

O principal aspecto a ser analisado quando se fala de materiais rodantes seria a compactação que o mesmo proporciona, pois isso poderá afetar o desenvolvimento até mesmo de futuros plantios. Segundo Soane (1980), os aspectos que irão influenciar essa perda de porosidade no solo são: carga no eixo; dimensões do rodado; pressão de inflagem; patinamento; velocidade de deslocamento; número de passadas.

Correntes ou semi-esteiras podem ser adicionadas nos pneus florestais, proporcionando benefícios á operação, reduzindo o consumo de energia, a manutenção, a pressão no solo, o dano às raízes, o desgaste da maquina e dos pneus, e aumentando a tração e a capacidade de carga.

Utilitários florestais equipados com semi-esteiras apresentam melhor desempenho em áreas com declividade acima de 20%, contando com menor tempo de operação para transporte somente em longas distâncias devido a maior mobilidade e menor patinação em relação aos pneumáticos (LOPES et al., 2006). O uso de esteiras móveis, de acordo com Sakai et al. (2008), proporciona menor impacto no solo e diminuição em 40% dos sulcos, sendo estas, excelentes para solos úmidos e sensíveis.

As esteiras fixas não possuem a mesma versatilidade que os pneus, haja vista que não há como alterar muito suas características. São empregadas mais para máquinas utilizadas em abertura de estradas e mobilização de solo, vistas também em máquinas de corte florestal, mas muito raramente nas operações de extração. Comparadas com os pneus, as esteiras possuem algumas vantagens, tais como: maior estabilidade em locais inclinados, baixa patinagem e baixa compactação. Por outro lado, apresentam também algumas desvantagens, como mobilidade, custo de manutenção e impossibilidade de circular em estradas asfaltadas.

Quadro comparativo entre os tipos de rodado:

  Compactação Durabilidade (horas)
Pneus Alta 4.000 - 8.000
Semi-esteiras Média 6.000 - 10.000
Esteiras fixas Baixa 15.000 - 20.000

Fonte: Equipe de Colheita de Madeira – UFPR

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