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Notícias
08
dez
2010
(GERAL)
México exibe exemplo de gestão florestal responsável
Líderes comunitários encarregados da gestão de parte de uma floresta mexicana dizem que seu trabalho na extração de madeiras raras está protegendo a população local de jaguares e pode servir de exemplo para a conferência climática da ONU que, não muito longe dali, em Cancún, discute formas de preservar as florestas do mundo.
Nesse modelo de gestão florestal comunitária, as terras pertencem às populações nativas, que exploram a madeira de olho no futuro, causando menos danos que as madeireiras tradicionais, que em geral possuem concessões por prazos de 20 a 30 anos.
Representantes de quase 200 países estão reunidos de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, 250 quilômetros ao norte da localidade de Noh-bec, para discutir medidas destinadas a reduzir o ritmo da mudança climática global – o que inclui incentivos à preservação florestal nos países em desenvolvimento.
A comunidade (“ejido”, como se diz no México) de Noh-bec foi fundada em 1936 e é considerada um dos melhores exemplos de exploração florestal sustentável no país. Seus moradores retiram três árvores de mogno por hectare por ano, deixando intocados outros 24 mil hectares.
No futuro, essa prática pode ser beneficiada por um mecanismo que confere créditos negociáveis para atividades, como a preservação florestal, que contrabalancem emissões de gases do efeito estufa – o chamado REDD (redução de emissões pelo desmatamento e degradação), que está sendo discutido em Cancún.
“Temos 50 milhões de hectares de florestas comunitárias no México e na América Central que potencialmente poderiam se qualificar para o REDD”, disse Salvador Anta, gerente de florestas comunitárias da ComissãoNacional Florestal mexicana.
Segundo Bernabé del Angel, engenheiro florestal e membro do ejido de Noh-bec, a região abriga espécies raras de felinos, como jaguares e jaguatiricas. Outro membro da comunidade, Luis Alfonso Arguelles, disse haver na região um grupo de cem árvores que não existem em nenhum outro lugar – e aponta como exemplo um cedro vermelho de 400 anos, na parte protegida da floresta.
A comunidade tem se beneficiado da certificação ambiental da madeira, que permite ao seu mogno ser exportado a preços melhores para os mercados dos Estados Unidos e Europa.
Mas as margens de lucro, segundo Del Angel, ainda são pequenas. Após um investimento de 1 milhão de dólares na operação, cada morador do ejido recebeu até agora dividendos em torno de 2.400 dólares, mais os salários. Cada árvore de mogno custa em média 1.600 dólares, o que explica porque a exploração é tão atraente.
Especialistas dizem que a gestão florestal comunitária não é uma panaceia, já que também pode levar à exploração excessiva. Segundo Simon Counselll, da entidade britânica Rainforest Foundation UK, há dúvidas sobre se o ritmo de exploração em Noh-bec será suficiente para permitir a recomposição do mogno em longo prazo.
Mesmo assim, ele vê a experiência com bons olhos. “O importante é que isso dá às comunidades locais uma razão para cuidar das florestas, isso é bom. Teoricamente, seria bom se fosse replicado”.
Nesse modelo de gestão florestal comunitária, as terras pertencem às populações nativas, que exploram a madeira de olho no futuro, causando menos danos que as madeireiras tradicionais, que em geral possuem concessões por prazos de 20 a 30 anos.
Representantes de quase 200 países estão reunidos de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, 250 quilômetros ao norte da localidade de Noh-bec, para discutir medidas destinadas a reduzir o ritmo da mudança climática global – o que inclui incentivos à preservação florestal nos países em desenvolvimento.
A comunidade (“ejido”, como se diz no México) de Noh-bec foi fundada em 1936 e é considerada um dos melhores exemplos de exploração florestal sustentável no país. Seus moradores retiram três árvores de mogno por hectare por ano, deixando intocados outros 24 mil hectares.
No futuro, essa prática pode ser beneficiada por um mecanismo que confere créditos negociáveis para atividades, como a preservação florestal, que contrabalancem emissões de gases do efeito estufa – o chamado REDD (redução de emissões pelo desmatamento e degradação), que está sendo discutido em Cancún.
“Temos 50 milhões de hectares de florestas comunitárias no México e na América Central que potencialmente poderiam se qualificar para o REDD”, disse Salvador Anta, gerente de florestas comunitárias da ComissãoNacional Florestal mexicana.
Segundo Bernabé del Angel, engenheiro florestal e membro do ejido de Noh-bec, a região abriga espécies raras de felinos, como jaguares e jaguatiricas. Outro membro da comunidade, Luis Alfonso Arguelles, disse haver na região um grupo de cem árvores que não existem em nenhum outro lugar – e aponta como exemplo um cedro vermelho de 400 anos, na parte protegida da floresta.
A comunidade tem se beneficiado da certificação ambiental da madeira, que permite ao seu mogno ser exportado a preços melhores para os mercados dos Estados Unidos e Europa.
Mas as margens de lucro, segundo Del Angel, ainda são pequenas. Após um investimento de 1 milhão de dólares na operação, cada morador do ejido recebeu até agora dividendos em torno de 2.400 dólares, mais os salários. Cada árvore de mogno custa em média 1.600 dólares, o que explica porque a exploração é tão atraente.
Especialistas dizem que a gestão florestal comunitária não é uma panaceia, já que também pode levar à exploração excessiva. Segundo Simon Counselll, da entidade britânica Rainforest Foundation UK, há dúvidas sobre se o ritmo de exploração em Noh-bec será suficiente para permitir a recomposição do mogno em longo prazo.
Mesmo assim, ele vê a experiência com bons olhos. “O importante é que isso dá às comunidades locais uma razão para cuidar das florestas, isso é bom. Teoricamente, seria bom se fosse replicado”.
Fonte: Portal Terra
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