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Notícias
10
nov
2010
(COMÉRCIO EXTERIOR)
A queda das exportações estimula a importação
A valorização do real, que se acentuou com a desvalorização da moeda norte-americana, afetou mais ainda, nas últimas semanas, a produção industrial em que o Brasil tinha nítida vantagem comparativa.
Aumentou a importação de componentes para atender à demanda de fim de ano de bens de consumo duráveis, que a indústria, cada vez mais, se limita apenas a montar.
No entanto, nos últimos meses registrou-se uma evolução ainda mais desfavorável para a balança comercial e a indústria nacional. Alguns produtos industriais, como os bens da metalurgia básica ou o papelão - que até agora encontravam uma grande procura externa, em razão das condições muito favoráveis em que são produzidos aqui, dada a abundância mineral e florestal de que o Brasil dispõe -, estão vendo suas vantagens comparativas serem anuladas pela valorização do real, que aumenta os preços externos desses produtos.
Em razão da queda das exportações - gerada também por certa retração externa - há uma acumulação de estoques que obriga as empresas a reduzirem sua produção.
Normalmente, quando uma empresa industrial está muito estocada, reduz sua produção até que os estoques cheguem a um nível de normalidade, podendo até aceitar alguma redução de preços para acelerar a desova dos estoques excessivos.
Atualmente se está verificando uma situação paradoxal: as empresas não conseguem normalizar seus estoques, pois, com a valorização da moeda nacional, os produtos importados ficam mais baratos do que os nacionais, levando em conta não só a taxa cambial, mas as facilidades de infraestrutura e transporte de que desfrutam.
A produção de aço neste ano, por exemplo, com a demanda doméstica mais alta do que no ano passado, vem recuando em relação a 2009, e o mesmo tende a se verificar no caso do papelão.
Esses produtos não só encontram dificuldades para serem vendidos no exterior, como sofrem concorrência da importação, o que deixa a utilização da capacidade instalada em queda, num período em que a indústria teria possibilidade de se aproveitar da taxa cambial para modernizar suas instalações e aumentar a produtividade.
O governo não pode ignorar os feitos dramáticos da chamada guerra cambial sobre nossa indústria. Ela está acabando com os poucos setores que até agora apresentavam vantagens comparativas.
O que está em jogo é o futuro de nossa indústria, e isso justifica que se preparem medidas capazes de conter um processo que destrói a base do comércio internacional.
Aumentou a importação de componentes para atender à demanda de fim de ano de bens de consumo duráveis, que a indústria, cada vez mais, se limita apenas a montar.
No entanto, nos últimos meses registrou-se uma evolução ainda mais desfavorável para a balança comercial e a indústria nacional. Alguns produtos industriais, como os bens da metalurgia básica ou o papelão - que até agora encontravam uma grande procura externa, em razão das condições muito favoráveis em que são produzidos aqui, dada a abundância mineral e florestal de que o Brasil dispõe -, estão vendo suas vantagens comparativas serem anuladas pela valorização do real, que aumenta os preços externos desses produtos.
Em razão da queda das exportações - gerada também por certa retração externa - há uma acumulação de estoques que obriga as empresas a reduzirem sua produção.
Normalmente, quando uma empresa industrial está muito estocada, reduz sua produção até que os estoques cheguem a um nível de normalidade, podendo até aceitar alguma redução de preços para acelerar a desova dos estoques excessivos.
Atualmente se está verificando uma situação paradoxal: as empresas não conseguem normalizar seus estoques, pois, com a valorização da moeda nacional, os produtos importados ficam mais baratos do que os nacionais, levando em conta não só a taxa cambial, mas as facilidades de infraestrutura e transporte de que desfrutam.
A produção de aço neste ano, por exemplo, com a demanda doméstica mais alta do que no ano passado, vem recuando em relação a 2009, e o mesmo tende a se verificar no caso do papelão.
Esses produtos não só encontram dificuldades para serem vendidos no exterior, como sofrem concorrência da importação, o que deixa a utilização da capacidade instalada em queda, num período em que a indústria teria possibilidade de se aproveitar da taxa cambial para modernizar suas instalações e aumentar a produtividade.
O governo não pode ignorar os feitos dramáticos da chamada guerra cambial sobre nossa indústria. Ela está acabando com os poucos setores que até agora apresentavam vantagens comparativas.
O que está em jogo é o futuro de nossa indústria, e isso justifica que se preparem medidas capazes de conter um processo que destrói a base do comércio internacional.
Fonte: O Estado de São Paulo
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