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Notícias
07
nov
2010
(SETOR FLORESTAL)
Os Eucaliptos e a Conservação do Solo
Solos mal manejados perdem cerca de 20T de sedimentos secos por hectare.
O solo é um dos maiores patrimônios que a Natureza nos oferece. É ele que permite às plantas terrestres que se desenvolvam e realizem a fotossíntese. Sem a fotossíntese, esse nosso planeta não seria o que ele é hoje. A fotossíntese realizada pelas folhas dos vegetais é a base de toda a cadeia alimentar onde se insere o ser humano. Com solos saudáveis, as plantas se desenvolvem bem, fabricam carboidratos, proteínas, lipídeos, etc. Esses compostos orgânicos servem de base tanto para a restauração da qualidade do solo, ao caírem neles como resíduos, como também servem de alimentos para outros seres vivos. Antropocentricamente falando, colocamos o homem no topo dessa cadeia alimentar que começa nas folhas das árvores. Podemos então entender que a qualidade dos solos é um dos fatores para dar sustentabilidade à população humana. As plantas, para formar o material orgânico, necessitam de um habitat viável para viver. Os corpos dos vegetais que crescem sobre os solos do planeta abastecem duas cadeias importantes: a cadeia alimentar já mencionada e a não muito conhecida cadeia dos detritos. Nessa última, os detritos vegetais que caem sobre os solos se decompõem e liberam carbono orgânico e nutrientes para os mesmos solos. Isso ajuda a melhorar a estruturação dos solos, sua micro-vida e restaura parte da fertilidade dos mesmos. Com isso, realimentam a cadeia produtiva, pois dão nova fertilidade e revitalizam o solo, permitindo às plantas crescerem pelo uso desses nutrientes assim ciclados. Nos ambientes desérticos, onde o solo é pobre e quase estéril, a vegetação é rala, os cultivos agrícolas não vingam e existe pouca capacidade de suporte desse ecossistema para que o homem e outros seres vivos aí habitem. Fácil de compreender então a importância dos solos, não é mesmo? Difícil de entender é porque existe por parte do mesmo ser humano, tão pouco respeito aos solos de nosso planeta.
O uso intenso dos solos pelo homem tem ajudado a sua constante degradação. Na verdade, os solos continuarão a ser cada vez mais demandados pelo homem, que cresce em população e em bens que têm origem de coisas que vêm dos solos. Agora então, que estão a falar em fabricar combustíveis a partir de plantas (bio-combustíveis) aumentará ainda mais a pressão sobre os solos. O que precisamos também entender é que podemos minorar os impactos sobre a qualidade dos solos, se os utilizarmos bem. A degradação dos solos e a perda de sua fertilidade têm-se devido, em muito, ao mau uso desses solos. Em parte isso é compreensível. Toda a ciência dos solos e os conhecimentos sobre as suas interações com as culturas agrícolas e plantações florestais são recentes. Até há poucas décadas atrás o solo era mais visto como um substrato físico onde as plantas, as florestas e as pastagens cresciam em cima. Algo com uma "riqueza inesgotável" e com uma capacidade enorme de resistir aos nossos desmandos. O que muitos não enxergavam e outros ainda hoje não enxergam é que a Natureza tomou milhões de anos para engenheirar e moldar tão perfeitos esses solos. E isso tudo pode ser perdido em pouquíssimo tempo.
Isso tem acontecido em muitos casos: todos nós já nos deparamos com essas situações de abandono e de desrespeito aos solos.
Solos mal manejados ou mal conservados, sem adequada prevenção contra a erosão, podem perder cerca de 10 a 20 toneladas de sedimentos secos por hectare e por ano. Isso corresponde a uma lâmina de cerca de 1 mm de espessura do solo perdida por ano. Já em ambientes cobertos com florestas, mesmo as florestas plantadas, essa perda pode ser de cerca de 20 a 100 vezes menor.
Se nada for feito para se dar o merecido respeito aos solos do planeta, podemos estar condenando toda a cadeia alimentar. O prejuízo será para o solo, para o planeta, para as plantas e animais que dependem dela, entre eles, nós humanos.
Quando o setor de florestas plantadas de eucalipto fala em sustentabilidade, está entre outras coisas se referindo à sustentabilidade da capacidade produtiva dessas áreas de plantações. É uma das prioridades do setor. O plantador de florestas tem buscado entender seus impactos e minorá-los através dos conhecimentos gerados pela pesquisa e pelo monitoramento de seus efeitos ambientais. Com isso, uma das metas é a de manter os solos saudáveis e produtivos. Se isso não acontecer, a produtividade cairá e os solos não mais poderão atender os propósitos de produção florestal sustentável. O solo se esgotaria em fertilidade, carbono orgânico, teor de argila, umidade, micro-vida, etc. As florestas não se desenvolveriam mais e novas áreas teriam que ser buscadas, mais ou menos algo do tipo "agricultura de rapina". Felizmente, isso não está acontecendo e sequer sendo considerado pelas empresas líderes florestais brasileiras.
É muito fácil se identificar o caso de empresas florestais que não estejam fazendo bom uso de seus solos. O mesmo se aplica a fazendeiros de cultivos agrícolas ou de pastagens. Basta olhar 5 coisas fundamentais: o nível de erosão que esteja ocorrendo na área; a proporção de cobertura vegetal e de solo descoberto na propriedade; o vigor de crescimento das plantas; a manutenção de matas ciliares e de outros tipos de áreas de preservação permanente; a cor e o nível de eutrofização e de assoreamento das águas dos cursos d'água das micro-bacias da propriedade em questão.
Para conferir a publicação completa basta acessar: www.eucalyptus.com.br/newspt_abril08.html#quatorze.
O solo é um dos maiores patrimônios que a Natureza nos oferece. É ele que permite às plantas terrestres que se desenvolvam e realizem a fotossíntese. Sem a fotossíntese, esse nosso planeta não seria o que ele é hoje. A fotossíntese realizada pelas folhas dos vegetais é a base de toda a cadeia alimentar onde se insere o ser humano. Com solos saudáveis, as plantas se desenvolvem bem, fabricam carboidratos, proteínas, lipídeos, etc. Esses compostos orgânicos servem de base tanto para a restauração da qualidade do solo, ao caírem neles como resíduos, como também servem de alimentos para outros seres vivos. Antropocentricamente falando, colocamos o homem no topo dessa cadeia alimentar que começa nas folhas das árvores. Podemos então entender que a qualidade dos solos é um dos fatores para dar sustentabilidade à população humana. As plantas, para formar o material orgânico, necessitam de um habitat viável para viver. Os corpos dos vegetais que crescem sobre os solos do planeta abastecem duas cadeias importantes: a cadeia alimentar já mencionada e a não muito conhecida cadeia dos detritos. Nessa última, os detritos vegetais que caem sobre os solos se decompõem e liberam carbono orgânico e nutrientes para os mesmos solos. Isso ajuda a melhorar a estruturação dos solos, sua micro-vida e restaura parte da fertilidade dos mesmos. Com isso, realimentam a cadeia produtiva, pois dão nova fertilidade e revitalizam o solo, permitindo às plantas crescerem pelo uso desses nutrientes assim ciclados. Nos ambientes desérticos, onde o solo é pobre e quase estéril, a vegetação é rala, os cultivos agrícolas não vingam e existe pouca capacidade de suporte desse ecossistema para que o homem e outros seres vivos aí habitem. Fácil de compreender então a importância dos solos, não é mesmo? Difícil de entender é porque existe por parte do mesmo ser humano, tão pouco respeito aos solos de nosso planeta.
O uso intenso dos solos pelo homem tem ajudado a sua constante degradação. Na verdade, os solos continuarão a ser cada vez mais demandados pelo homem, que cresce em população e em bens que têm origem de coisas que vêm dos solos. Agora então, que estão a falar em fabricar combustíveis a partir de plantas (bio-combustíveis) aumentará ainda mais a pressão sobre os solos. O que precisamos também entender é que podemos minorar os impactos sobre a qualidade dos solos, se os utilizarmos bem. A degradação dos solos e a perda de sua fertilidade têm-se devido, em muito, ao mau uso desses solos. Em parte isso é compreensível. Toda a ciência dos solos e os conhecimentos sobre as suas interações com as culturas agrícolas e plantações florestais são recentes. Até há poucas décadas atrás o solo era mais visto como um substrato físico onde as plantas, as florestas e as pastagens cresciam em cima. Algo com uma "riqueza inesgotável" e com uma capacidade enorme de resistir aos nossos desmandos. O que muitos não enxergavam e outros ainda hoje não enxergam é que a Natureza tomou milhões de anos para engenheirar e moldar tão perfeitos esses solos. E isso tudo pode ser perdido em pouquíssimo tempo.
Isso tem acontecido em muitos casos: todos nós já nos deparamos com essas situações de abandono e de desrespeito aos solos.
Solos mal manejados ou mal conservados, sem adequada prevenção contra a erosão, podem perder cerca de 10 a 20 toneladas de sedimentos secos por hectare e por ano. Isso corresponde a uma lâmina de cerca de 1 mm de espessura do solo perdida por ano. Já em ambientes cobertos com florestas, mesmo as florestas plantadas, essa perda pode ser de cerca de 20 a 100 vezes menor.
Se nada for feito para se dar o merecido respeito aos solos do planeta, podemos estar condenando toda a cadeia alimentar. O prejuízo será para o solo, para o planeta, para as plantas e animais que dependem dela, entre eles, nós humanos.
Quando o setor de florestas plantadas de eucalipto fala em sustentabilidade, está entre outras coisas se referindo à sustentabilidade da capacidade produtiva dessas áreas de plantações. É uma das prioridades do setor. O plantador de florestas tem buscado entender seus impactos e minorá-los através dos conhecimentos gerados pela pesquisa e pelo monitoramento de seus efeitos ambientais. Com isso, uma das metas é a de manter os solos saudáveis e produtivos. Se isso não acontecer, a produtividade cairá e os solos não mais poderão atender os propósitos de produção florestal sustentável. O solo se esgotaria em fertilidade, carbono orgânico, teor de argila, umidade, micro-vida, etc. As florestas não se desenvolveriam mais e novas áreas teriam que ser buscadas, mais ou menos algo do tipo "agricultura de rapina". Felizmente, isso não está acontecendo e sequer sendo considerado pelas empresas líderes florestais brasileiras.
É muito fácil se identificar o caso de empresas florestais que não estejam fazendo bom uso de seus solos. O mesmo se aplica a fazendeiros de cultivos agrícolas ou de pastagens. Basta olhar 5 coisas fundamentais: o nível de erosão que esteja ocorrendo na área; a proporção de cobertura vegetal e de solo descoberto na propriedade; o vigor de crescimento das plantas; a manutenção de matas ciliares e de outros tipos de áreas de preservação permanente; a cor e o nível de eutrofização e de assoreamento das águas dos cursos d'água das micro-bacias da propriedade em questão.
Para conferir a publicação completa basta acessar: www.eucalyptus.com.br/newspt_abril08.html#quatorze.
Fonte: Eucalyptus
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