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Notícias

10
out
2010
(INDÚSTRIA)
Estoques reduzem ritmo na indústria
Maior volume de encomendas feitas pelo comércio às fábricas deve elevar emprego nos próximos meses.

Estoques industriais acima dos níveis desejados provocaram ligeira redução no uso do parque fabril em agosto. O indicador de utilização da capacidade aferido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou de 82,5% em julho para 82,3% no último mês.

Essa trajetória não deverá se repetir nos meses seguintes. O maior volume de encomendas feitas pelo comércio às fábricas leva a CNI a projetar vendas recordes e resultados excepcionais em setembro, outubro e novembro. Com isso, é maior a probabilidade de elevação do emprego e da capacidade instalada.

Os economistas da CNI salientaram que o uso da capacidade registrou a quarta retração consecutiva em agosto. O indicador saiu de 83% em abril e está em 82,3%. Essa trajetória, contudo, tende a ser interrompida em setembro. Em um contexto em que as horas trabalhadas na produção e o emprego industrial avançam, a CNI aponta a maturação dos investimentos como o fator que dá condições às empresas para ampliar a produção sem ameaçar os limites da capacidade instalada.

As horas trabalhadas e o emprego mantêm trajetória de ascensão. Em agosto, as taxas dessazonalizadas para esses dois indicadores foram de 0,5% e 0,8%.

No período de janeiro a agosto, os índices acumulados foram de 8,1% e 5,1%. De acordo com a CNI, o nível de emprego acumula 13 meses de crescimento "quase ininterrupto".

A massa salarial registrou alta de 8,5% somente em agosto, como consequência do maior número de admissões. No acumulado, o acréscimo é de 6%. Como o salário do trabalhador industrial está estabilizado, o indicador do rendimento médio real apresenta taxa bem mais modesta. O acréscimo foi de 1% em agosto e está em 0,9% nos oito primeiros meses do ano.

A CNI prevê a continuidade da expansão no setor industrial, baseada na constatação de que a renda do consumidor continua em elevação, os
empresários permanecem otimistas, há investimentos em curso e a expansão industrial é generalizada entre todos os subsetores.

Fonte: Valor Econômico/Celulose Online

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