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Notícias

28
set
2010
(PAPEL E CELULOSE)
Governo da Bahia elabora estudo para minimizar fuga de cargas de celulose
Ele elegeu a celulose como o alvo a ser estudado, pois o produto corresponde a 20% do que a Bahia gera de riqueza e cerca de 80% da produção é escoada pelo Portocel.

Em entrevista concedida ao site PortoGente, o presidente da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), José Rebouças, fala sobre a fuga de cargas baianas para portos de outros estados. Ele elegeu a celulose como o alvo a ser estudado, pois o produto corresponde a 20% do que a Bahia gera de riqueza e cerca de 80% da produção é escoada pelo Portocel, no Espírito Santo. “Seguiremos negociando, até porque carga é como água, vai para quem der a melhor condição”.

PortoGente – A fuga de cargas baianas para os portos de outros estados ainda é um problema?

José Rebouças – Estamos fazendo um amplo estudo juntamente com a Secretaria de Infraestrutura do Governo da Bahia para mapear quais as cargas que são nossas e saem por outros portos. Esse estudo servirá de base até para o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto de Salvador. A gente sabe que existe sim uma carga cuja produção baiana acaba saindo por outro estado.

PortoGente – Qual carga?

José Rebouças – A celulose. Ela representa 20% da corrente econômica da Bahia. Não é movimentada em 100% fora da Bahia, até porque Salvador opera 400 mil toneladas/ano de celulose, mas eu tenho cerca de 2 milhões de toneladas/ano do produto que saem pelo Portocel, lá no Espírito Santo. São fábricas localizadas no sul da Bahia e que têm, dentro da estruturação da empresa, a previsão de uso do porto capixaba em vez do nosso. Mas lembro que existem negociações sempre com empresários do setor, pois queremos atrair estas cargas para nossos portos. Mas são negociações. Podem dar certo ou não. Até porque carga é como água, vai para quem der a melhor condição. E lutamos para dar o melhor.

PortoGente – Após um ano na presidência da Codeba, a situação financeira da estatal melhorou?

José Rebouças – Melhorou muito. Hoje estamos no azul. Nós tínhamos todo o débito de curto prazo e não devemos mais nada. O que era de longo prazo está tudo escalonado. Pagamos mais de R$ 11 milhões em débitos trabalhistas e, além do mais, nossos balancetes apontam para o azul. E não tinha outro jeito a não ser encarar os desafios e resolvê-los. Colocamos o trem no trilho e agora ele pegará velocidade.

Fonte: PortoGente

ITTO Sindimadeira_rs