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Notícias
27
set
2010
(INDÚSTRIA)
Setor madeireiro: momento difícil antes mesmo da crise
Cerca de 59% das indústrias brasileiras ainda não se recuperaram dos efeitos da crise econômica mundial. É o que aponta dados levantados da Sondagem Especial - A Indústria Antes e Depois da Crise - divulgada, ontem, pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Apesar da economia brasileira conquistar diversos índices positivos neste ano, nem todos os setores estão conseguindo desfrutar do clima de euforia. Tal discrepância, segundo a CNI, ocorre porque os problemas decorrentes da crise afetaram setores específicos, principalmente, aqueles dependentes do mercado externo. Madeira, móveis, couros e calçados foram os segmentos foram os segmentos mais atingidos.
O câmbio impactando negativamente no volume de produtos exportados e a conseqüente dificuldade de acesso ao crédito são os principais obstáculos para a retomada das indústrias em dificuldade no país. Parece que o crédito voltou à normalidade apenas para as indústrias que voltaram a operar normalmente, mas para os setores que ainda estão passando por dificuldades financeiras o acesso a crédito e financiamento está cada vez mais difícil.
Entre as empresas que não retomaram o padrão normal de investimentos e que buscaram crédito, 59% afirmaram estar mais difícil o acesso após 2008. Já entre aquelas que conseguiram recuperar o mesmo nível de investimentos, 27% declarou isso, é que relata o levantamento feito pela CNI.
Mais da metade das empresas que exportam (51%) reconhecem que a demanda externa é menor do que antes da crise. A CNI já vem buscando alertar o Ministério da Fazenda sobre a necessidade de criar meios de melhorar a competitividade desses setores, bem como elaborar mecanismos de incentivos via tributação e via o desenvolvimento de linhas de crédito específicas.
Crise
Um dos setores mais tradicionais da economia paranaense, o setor madeireiro, há pelo menos quatro anos não consegue compartilhar da sensação de bem-estar econômico que tomou conta da indústria nacional. Voltado basicamente para o mercado externo, o setor vem sendo pressionado seguidamente pelo câmbio. “Não temos mais preço para competir com a China no mercado internacional. O nosso câmbio inviabilizou a produção”, lamenta o empresário Luciano Camilotti.
Desde 2007, para não fechar as portas de sua empresa, Camilotti precisou reduzir em mais de 50% a produção de madeira (de 800 m³ para 370 m³) e enxugou para um terço o quadro de funcionários, passou de 154 para 56.
“Com a queda nas exportações, as empresas passaram a contar com o mercado interno, porém, ele não dá conta de absorver o volume que produzíamos há quatro anos, nem remunera com os valores que recebíamos do mercado internacional, se nada for feito, a tendência é que mais empresas fechem”, aponta o empresário.
“A situação só não é ainda pior porque a decolagem da construção civil alavancou a demanda por produtos como portas”, complementa. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Madeira do Paraná, nos últimos quatro anos, 60% dos postos de trabalho do setor desapareceram e estima-se que 37% das empresas do estado estejam em processo de encerramento das atividades.
Apesar da economia brasileira conquistar diversos índices positivos neste ano, nem todos os setores estão conseguindo desfrutar do clima de euforia. Tal discrepância, segundo a CNI, ocorre porque os problemas decorrentes da crise afetaram setores específicos, principalmente, aqueles dependentes do mercado externo. Madeira, móveis, couros e calçados foram os segmentos foram os segmentos mais atingidos.
O câmbio impactando negativamente no volume de produtos exportados e a conseqüente dificuldade de acesso ao crédito são os principais obstáculos para a retomada das indústrias em dificuldade no país. Parece que o crédito voltou à normalidade apenas para as indústrias que voltaram a operar normalmente, mas para os setores que ainda estão passando por dificuldades financeiras o acesso a crédito e financiamento está cada vez mais difícil.
Entre as empresas que não retomaram o padrão normal de investimentos e que buscaram crédito, 59% afirmaram estar mais difícil o acesso após 2008. Já entre aquelas que conseguiram recuperar o mesmo nível de investimentos, 27% declarou isso, é que relata o levantamento feito pela CNI.
Mais da metade das empresas que exportam (51%) reconhecem que a demanda externa é menor do que antes da crise. A CNI já vem buscando alertar o Ministério da Fazenda sobre a necessidade de criar meios de melhorar a competitividade desses setores, bem como elaborar mecanismos de incentivos via tributação e via o desenvolvimento de linhas de crédito específicas.
Crise
Um dos setores mais tradicionais da economia paranaense, o setor madeireiro, há pelo menos quatro anos não consegue compartilhar da sensação de bem-estar econômico que tomou conta da indústria nacional. Voltado basicamente para o mercado externo, o setor vem sendo pressionado seguidamente pelo câmbio. “Não temos mais preço para competir com a China no mercado internacional. O nosso câmbio inviabilizou a produção”, lamenta o empresário Luciano Camilotti.
Desde 2007, para não fechar as portas de sua empresa, Camilotti precisou reduzir em mais de 50% a produção de madeira (de 800 m³ para 370 m³) e enxugou para um terço o quadro de funcionários, passou de 154 para 56.
“Com a queda nas exportações, as empresas passaram a contar com o mercado interno, porém, ele não dá conta de absorver o volume que produzíamos há quatro anos, nem remunera com os valores que recebíamos do mercado internacional, se nada for feito, a tendência é que mais empresas fechem”, aponta o empresário.
“A situação só não é ainda pior porque a decolagem da construção civil alavancou a demanda por produtos como portas”, complementa. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Madeira do Paraná, nos últimos quatro anos, 60% dos postos de trabalho do setor desapareceram e estima-se que 37% das empresas do estado estejam em processo de encerramento das atividades.
Fonte: Paraná Online/Painel Florestal
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