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Notícias

30
ago
2010
(GERAL)
Percevejo Bronzeado: A nova praga das florestas de eucalipto
O percevejo bronzeado (Thaumastocoris peregrinus) é atualmente uma das pragas do eucalipto que mais preocupa os produtores, estando presente em nove estados brasileiros. Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais são os estados mais atacados pelo inseto.

De origem australiana, a praga apareceu no Brasil há pouco tempo, em 2008. O inseto pode ter chego ao País pela Argentina. “Existem duas hipóteses. A primeira que ele veio através de materiais vegetativos que possam ter vindo de forma clandestina e a mais provável, que ele tenha vindo da Argentina, pois é onde foi diagnosticado primeiro e depois no Uruguai”, afirma o pesquisador da Embrapa Florestas, Leonardo Rodrigues Barbosa.

O percevejo bronzeado é um inseto praga sugador que até o momento atacou somente os eucaliptos. A sua atuação tem como característica a desfolha da cultura. “O dano dele está associado à sucção de seiva, o que altera a taxa fotossintética da planta. Isso prejudica o desenvolvimento da planta e, em alguns casos, pode até ocasionar a morte da planta”, explica Leonardo.

De acordo com o pesquisador, por ainda ser pouco conhecida não se sabe ao certo a forma de combater a praga, mas as pesquisas, que estão sendo realizadas, apontam o “combate biológico” como a melhor estratégia. A praga tem como único inimigo natural uma micro-vespa Cleruchoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae) que é um parasitóide de ovos. “Essa micro-vespa parasita o ovo do percevejo. Então existe uma confiança que essa vespa pode ser eficiente para o controle”, conta.

Essa micro-vespa também é de origem australiana, por isso estudos estão sendo realizado para saber se ela não pode trazer outros danos. “Geralmente as pragas são de outros países e os inimigos naturais delas também só serão encontrados na região. Por esse motivo que estudos estão sendo realizados para saber se o parasitóide não irá competir com algum outro inseto nativo aqui do Brasil”, explica o pesquisador.

Fonte: Painel Florestal

Sindimadeira_rs ITTO