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Notícias
15
ago
2010
(ECONOMIA)
Novas técnicas recuperam cacaueiros
Ceplac foi criada pelo Mapa, há mais de 50 anos, para administrar desafios e conquistas do setor.
Durante muitos anos do século 19, o cacau foi um dos principais produtos agrícolas do Brasil, cultivado principalmente no sul da Bahia. O País chegou a ser o segundo maior produtor mundial a abastecer mercados importadores. Para promover o desenvolvimento, estimular a competitividade e sustentabilidade da cadeia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou em 1957 a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A atuação da instituição centra-se no apoio aos seis estados produtores: Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Naquela época, a economia cacaueira atravessava grave crise na comercialização do produto, provocada pela queda do preço internacional. Em 1980, surgiu também a praga ‘vassoura-de-bruxa’ que, em cinco anos, devastou a cultura do cacau no País. A produção caiu de 460 mil toneladas por ano para menos de um quarto desse total. Desde então, a Ceplac desenvolveu um programa de pesquisas para variedades resistentes ou tolerantes, além de novos métodos de controle da praga. “Hoje, a instituição dispõe de clones de elevada produtividade e conta com o esforço participativo dos cacauicultores baianos”, explica o diretor da comissão executiva, Jay Wallace da Silva.
Atualmente, a prioridade da Ceplac é investir na recuperação da economia regional, com ênfase no combate à "vassoura-de-bruxa", incentivo à mudança de atividade agropecuária, implantando agroindústrias e expandindo novos cultivos. Para isso, o governo federal lançou, em 2008, o Plano de Desenvolvimento e Diversificação Agrícola na Região Cacaueira do Estado da Bahia (PAC do Cacau), que prevê a aplicação de R$ 2,2 bilhões até 2016, beneficiando 25 mil produtores regionais.
Os recursos do PAC do Cacau estão sendo empregados na revitalização das lavouras e em alternativas para a produção baiana, além de ser decisivo para promover a renegociação das dívidas do setor. Com o apoio tecnológico oferecido pelo plano, deverão ser implantados 150 mil hectares de cacau em clones (mudas de alto rendimento e resistentes à vassoura-de-bruxa) e adensamento da lavoura (aumento do número de plantas por hectare).
Considerando a recuperação dos níveis de produtividade da cacauicultura baiana e capixaba, associada à expansão da lavoura na Amazônia, o diretor da Ceplac destaca o crescimento do setor. “As projeções apontam para produção de 300 a 400 mil toneladas nos próximos oito anos, assegurando a autossuficiência brasileira na produção de cacau. Por outro lado, o incentivo ao processamento local, para os pequenos produtores, abre perspectivas de agregar valor e gerar emprego e renda”, conclui o diretor.
Tecnologias - A recuperação da cacauicultura pode ser atribuída à implantação de técnicas que permitem a convivência com a “vassoura-de-bruxa”. Os trabalhos de melhoramento tecnológico, desde sua instalação no sul da Bahia, voltaram-se quase que exclusivamente para fontes de resistência ao fungo. A clonagem é uma das práticas mais bem-sucedidas e cria espécies da planta resistentes à praga.
Outra ação para recuperar as lavouras baianas de cacau é o sistema de plantio consorciado com seringueiras, tanto para produção de borracha, quanto para sequestro de carbono e sombreamento dos cacaueiros clonados.
A substituição da monocultura do cacau pelo sistema consorciado pretende aumentar o rendimento anual por hectare de R$ 1.800 para R$ 10,8 mil, em média.
Durante muitos anos do século 19, o cacau foi um dos principais produtos agrícolas do Brasil, cultivado principalmente no sul da Bahia. O País chegou a ser o segundo maior produtor mundial a abastecer mercados importadores. Para promover o desenvolvimento, estimular a competitividade e sustentabilidade da cadeia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou em 1957 a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). A atuação da instituição centra-se no apoio aos seis estados produtores: Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Naquela época, a economia cacaueira atravessava grave crise na comercialização do produto, provocada pela queda do preço internacional. Em 1980, surgiu também a praga ‘vassoura-de-bruxa’ que, em cinco anos, devastou a cultura do cacau no País. A produção caiu de 460 mil toneladas por ano para menos de um quarto desse total. Desde então, a Ceplac desenvolveu um programa de pesquisas para variedades resistentes ou tolerantes, além de novos métodos de controle da praga. “Hoje, a instituição dispõe de clones de elevada produtividade e conta com o esforço participativo dos cacauicultores baianos”, explica o diretor da comissão executiva, Jay Wallace da Silva.
Atualmente, a prioridade da Ceplac é investir na recuperação da economia regional, com ênfase no combate à "vassoura-de-bruxa", incentivo à mudança de atividade agropecuária, implantando agroindústrias e expandindo novos cultivos. Para isso, o governo federal lançou, em 2008, o Plano de Desenvolvimento e Diversificação Agrícola na Região Cacaueira do Estado da Bahia (PAC do Cacau), que prevê a aplicação de R$ 2,2 bilhões até 2016, beneficiando 25 mil produtores regionais.
Os recursos do PAC do Cacau estão sendo empregados na revitalização das lavouras e em alternativas para a produção baiana, além de ser decisivo para promover a renegociação das dívidas do setor. Com o apoio tecnológico oferecido pelo plano, deverão ser implantados 150 mil hectares de cacau em clones (mudas de alto rendimento e resistentes à vassoura-de-bruxa) e adensamento da lavoura (aumento do número de plantas por hectare).
Considerando a recuperação dos níveis de produtividade da cacauicultura baiana e capixaba, associada à expansão da lavoura na Amazônia, o diretor da Ceplac destaca o crescimento do setor. “As projeções apontam para produção de 300 a 400 mil toneladas nos próximos oito anos, assegurando a autossuficiência brasileira na produção de cacau. Por outro lado, o incentivo ao processamento local, para os pequenos produtores, abre perspectivas de agregar valor e gerar emprego e renda”, conclui o diretor.
Tecnologias - A recuperação da cacauicultura pode ser atribuída à implantação de técnicas que permitem a convivência com a “vassoura-de-bruxa”. Os trabalhos de melhoramento tecnológico, desde sua instalação no sul da Bahia, voltaram-se quase que exclusivamente para fontes de resistência ao fungo. A clonagem é uma das práticas mais bem-sucedidas e cria espécies da planta resistentes à praga.
Outra ação para recuperar as lavouras baianas de cacau é o sistema de plantio consorciado com seringueiras, tanto para produção de borracha, quanto para sequestro de carbono e sombreamento dos cacaueiros clonados.
A substituição da monocultura do cacau pelo sistema consorciado pretende aumentar o rendimento anual por hectare de R$ 1.800 para R$ 10,8 mil, em média.
Fonte: Revista Panorama Rural
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