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Notícias

06
ago
2010
(SETOR FLORESTAL)
Produtores de SP investem no eucalipto
O plantio possibilita nova possibilidade de renda a agricultores.

As terras antes destinadas apenas à cana-de-açúcar no interior do Estado de São Paulo têm agora outro destino: o cultivo de eucaliptos. Essa e uma realidade que vem se configurando em várias regiões.Desta forma, os produtores encontram uma nova alternativa de renda e uma forma de ocupar áreas não utilizadas em suas terras.

Um exemplo é a fazenda do agricultor Maurílio Cristofani, em Altinópolis, a 382 quilômetros de São Paulo. A propriedade tem 250 hectares e a lavoura substituiu a pecuária há cinco anos. “No início a gente trabalhou com pecuária. Depois de um tempo, passamos a plantar cana. Mas nas áreas que a usina achou que não era de inviabilidade de mecanização nós optamos por plantar eucalipto”, justificou Cristofani.

Em 30 hectares foram cultivadas 40 mil mudas de eucalipto. O plantio contou com apoio de uma empresa especializada que cuida do preparo do solo, controla as formigas e levou agilidade ao processo.

O cultivo está sendo feito com o auxílio da máquina chamada de tanque de aplicação de gel. As mudas são injetadas e em seguida o gel é despejado. O produto tem a capacidade de reter a água e liberá-la lentamente no solo. Com isso, é possível diminuir o número de irrigações após o plantio. A máquina também aumenta a velocidade do serviço. No plantio convencional um trabalhador é capaz de colocar as mudas em meio hectare por dia. Com estes sistemas, são dois hectares por dia.

Em áreas degradadas ou em regiões onde o solo tem baixa fertilidade seria necessário investimento para a manutenção das lavouras com colheita anual, os produtores preferem plantar o eucalipto porque o custo de manutenção da floresta pode ser menor.

José Zani Filho é consultor florestal e dono de um viveiro que produz cerca de oito milhões de mudas de eucalipto por ano. Ele aponta que o que está puxando esses bons resultados de eucalipto é a grande procura que existe no mercado.

“Hoje temos em torno de 350 milhões de metros cúbicos de consumo e só produzimos em torno de 90 milhões de metros de cúbicos de madeira. Então, este déficit de madeira estamos buscando no cerrado, devastando mata nativa. Agora, é necessário que o governo faça um planejamento para se retirar racionalmente madeira da mata nativa e incentivar o plantio de floresta de rápido crescimento, como é o caso do eucalipto, para suprir essa demanda de madeira", alertou Zani Filho.

Regras de zoneamento agrícola para eucalipto

O Ministério da Agricultura divulgou, em julho, as regras do zoneamento agrícola para o eucalipto . O documento aponta as áreas adequadas para o plantio com menor risco climático em oito estados.

Fonte: Globo Rural/Celulose ONline

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