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09
jul
2010
(CARBONO)
Valor do mercado global de carbono cresce 5% no primeiro semestre de 2010 com relação a 2009
Cerca de 3,7 bilhões de toneladas de CO2e foram negociadas na forma de permissões de emissão da União Européia (EUAs, em inglês) e Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) durante os primeiros seis meses de 2010, uma queda de 10% em relação ao mesmo período no ano passado.

Porém, o valor do mercado aumentou 5% em relação ao primeiro semestre de 2009, alcançando € 48 bilhões. A retração do volume se deve principalmente a queda drástica nas transações da Iniciativa Regional de Gases do Efeito Estufa (RGGI, em inglês), de acordo com análises da Point Carbon.

Aproximadamente 18% do volume total, ou 675 milhões de toneladas, foi proveniente do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), o segundo maior segmento global do mercado após o esquema da União Européia. O valor total do MDL somou cerca de € 8 bilhões, uma alta de 47% em relação ao primeiro semestre de 2009. A expansão dos volumes negociados foi de 19%.

“Apesar da redução total no volume de carbono... o valor das transações ainda aumentou devido aos preços mais altos, indicando que no geral os mercados globais de carbono continuam a desempenhar bem apesar da recessão global”, comentou o analista sênior e autor da análise Endre Tvinnereim.

A média de preços cresceu nos mercados ao redor do globo para € 12,97/t em comparação com € 11,16/t no ano passado. As EUAs subiram de € 12,89 para € 13,80 e as RCEs secundárias ficaram na média de € 12,36.

“Os players do mercado de carbono ainda estão esperando por uma ou mais decisões políticas críticas que possam levar o mercado de carbono para o próximo nível”, ponderou Tvinnereim.

Estados Unidos

Já nos Estados Unidos com toda a indecisão em torno da legislação climática, o mercado da RGGI despencou em 2010, com o volume caindo dois terços para 110 milhões de toneladas e o valor em baixa de 77% para US$ 237 milhões (€ 194 milhões).

Ontem, a empresa Cantor CO2 anunciou o encerramento das atividades do seu escritório de carbono em Londres. As negociações na Europa serão conduzidas a partir dos Estados Unidos, segundo a empresa.

O analista de carbono da desenvolvedora de projetos Orbeo Emmanuel Fages explica que o mercado está calmo e “grande parte do volume passa por bolsas, então é mais difícil para os brokers”. As bolsas de valores dominaram o mercado de EUAs até agora em 2010, com 64% das transações de EUAs segundo a Point Carbon.

As análises englobam todos os mercados compulsórios de carbono ao redor do globo, incluindo Quioto, RGGI, New South Whales, CPRS, esquemas da Nova Zelândia e Alberta e créditos antecipados norte-americanos, não abrangendo os mercados voluntários.

Fonte: Carbono Brasil

Sindimadeira_rs ITTO