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Notícias
08
jul
2010
(MEIO AMBIENTE)
Em florestas replantadas, desafio são capim e insetos
Além do custo, um dos grandes problemas da recriação de reserva legal é de ordem ecológica. Segundo Giselda Durigan, do Instituto Florestal, não dá para garantir que as florestas refeitas continuarão saudáveis.
Embora grande parte das experiências de reposição de mata ciliar tenha tido sucesso -como no caso de Iracemápolis-, um levantamento feito por Durigan mostra que, quando se trata de reserva legal, longe de cursos d'água, a coisa não é tão simples.
"Em distâncias maiores que 50 metros da margem, você começa a ter influência negativa", diz. Ela monitorou dois plantios de mata ciliar, de 28 anos e 38 anos, numa fazenda em Assis, noroeste paulista. Ambos têm florestas saudáveis.
Um terceiro plantio na mesma fazenda, longe do rio, teve um destino diferente. "É só capim e formiga”.
"Longe do rio, a braquiária vem com tudo, o colonião vem com tudo", diz Durigan, em referência a duas espécies de capim que sufocam os brotos de árvore.
ISOLADOS
Outro problema da mata atlântica é o isolamento dos fragmentos florestais e sua distância de matas nativas que possam servir de fontes de regeneração. "Na Amazônia, já ouvi fazendeiro falar que o grande segredo de manter um pasto é não deixar a floresta voltar", diz Paulo Barreto, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Isso se deve ao fato de a mata estar próxima e de os pastos serem recentes. "No Sul e Sudeste é diferente. Você usou muitos anos, queimou e não tem fonte de regeneração", diz Barreto.
Durigan conta que acompanhou uma dessas "ilhas" de floresta de 3 hectares em Tarumã (SP). Em 18 anos, 15 espécies de árvore desapareceram do fragmento -quase uma extinção por ano.
Ricardo Rodrigues, do Lerf, aposta na área de reserva legal plantada em Campinas como contraprova. "Ela está ali há quatro anos, toda coberta e crescendo superbem, dentro da curva que projetamos", afirma.
Segundo ele, a distância dos cursos d'água deixa de ser um problema quando se aplica o método de plantio da USP. "Fazendo com alta diversidade e com a manutenção adequada, não consigo imaginar por que não daria certo", afirma.
Embora grande parte das experiências de reposição de mata ciliar tenha tido sucesso -como no caso de Iracemápolis-, um levantamento feito por Durigan mostra que, quando se trata de reserva legal, longe de cursos d'água, a coisa não é tão simples.
"Em distâncias maiores que 50 metros da margem, você começa a ter influência negativa", diz. Ela monitorou dois plantios de mata ciliar, de 28 anos e 38 anos, numa fazenda em Assis, noroeste paulista. Ambos têm florestas saudáveis.
Um terceiro plantio na mesma fazenda, longe do rio, teve um destino diferente. "É só capim e formiga”.
"Longe do rio, a braquiária vem com tudo, o colonião vem com tudo", diz Durigan, em referência a duas espécies de capim que sufocam os brotos de árvore.
ISOLADOS
Outro problema da mata atlântica é o isolamento dos fragmentos florestais e sua distância de matas nativas que possam servir de fontes de regeneração. "Na Amazônia, já ouvi fazendeiro falar que o grande segredo de manter um pasto é não deixar a floresta voltar", diz Paulo Barreto, do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia).
Isso se deve ao fato de a mata estar próxima e de os pastos serem recentes. "No Sul e Sudeste é diferente. Você usou muitos anos, queimou e não tem fonte de regeneração", diz Barreto.
Durigan conta que acompanhou uma dessas "ilhas" de floresta de 3 hectares em Tarumã (SP). Em 18 anos, 15 espécies de árvore desapareceram do fragmento -quase uma extinção por ano.
Ricardo Rodrigues, do Lerf, aposta na área de reserva legal plantada em Campinas como contraprova. "Ela está ali há quatro anos, toda coberta e crescendo superbem, dentro da curva que projetamos", afirma.
Segundo ele, a distância dos cursos d'água deixa de ser um problema quando se aplica o método de plantio da USP. "Fazendo com alta diversidade e com a manutenção adequada, não consigo imaginar por que não daria certo", afirma.
Fonte: Folha
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