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Notícias
07
jul
2010
(GERAL)
Credores licitam sete fazendas de Eucalipto que eram da Eucatex
Depois de terem sido transferidas aos credores há mais de três anos como parte de pagamento de dívida, sete fazendas com eucalipto que pertenciam à Eucatex, empresa da família Maluf, devem ser finalmente vendidas no mês que vem.
Bancos e um fundo de pensão lançaram um processo de licitação das terras que deverá movimentar, no mínimo, R$ 146 milhões. As propostas serão recebidas e abertas no dia 15 de julho.
Todas as propriedades estão localizadas no Estado de São Paulo e somam uma área de 8,6 mil hectares, quase um quinto do atual cultivo de florestas plantadas da Eucatex - que tem 44 mil hectares, todos também em São Paulo. A companhia é uma das maiores fabricantes do país de produtos de madeira como pisos laminados e portas, e entrou em processo de recuperação financeira em 2003.
As fazendas de eucalipto a serem licitadas foram distribuídas em dois lotes. O primeiro deles, com três propriedades, tem 3,6 mil hectares e valor mínimo de arremate de R$ 70,986 milhões. O segundo é formado por quatro fazendas e uma área de aproximadamente 5 mil hectares. O lance mínimo deste bloco foi estipulado em R$ 76,793 milhões.
Ainda não é possível avaliar o tamanho da demanda por essas áreas, porque as propostas serão entregues e divulgadas no mesmo dia. Mas o banco Bradesco, que lidera a organização do processo de licitação, vem desde o mês passado divulgando anúncios em jornais sobre a venda. Abriu também um plantão para fornecer informações e visitas aos interessados em conhecer as propriedades.
Procurado, o banco preferiu não conceder informações sobre a situação das fazendas, assim como das plantações de eucalipto, cultura que está em alta no Estado de São Paulo e cujo avanço só é menor que o da cana no Estado. Mas, segundo uma avaliação superficial da NAI Commercial Properties (multinacional do ramo imobiliário) feita a pedido do Valor, as propriedades estão sendo colocadas à venda por preços de mercado.
Aloisio Feres Barinotti, CEO da NAI, pondera que não se sabe a quantidade equivalente de madeira existente dentro das fazendas. Mas, a partir da relação entre preço, tamanho da área e município, é possível afirmar que o valor mínimo pedido pelo hectare do lote 1 (Anhembi e Botucatu) é de cerca de R$ 19 mil. "Trata-se de uma região mais valorizada, com melhores estradas. Esse preço está na média de mercado", afirma.
Avaliação semelhante também é feita no caso do lote 2 (Angatuba, Itu, Pilar do Sul e Salto de Pirapora). Na média, explica Barinotti, o valor mínimo pedido pelo hectare neste lote está em R$ 15 mil, preço "razoável" para aquisição se a área estiver bem reflorestada e em época de corte. "Uma fazenda boa de laranja em Angatuba está valendo R$ 20 mil o hectare", compara.
A licitação ofereceria uma maior oportunidade relativa ao comprador se os preços estivessem na chamada categoria "liquidez forçada" - ou seja, quando os preços pedidos são de 30% e 40% abaixo dos de mercado para agilizar a venda, segundo o especialista.
As fazendas da Eucatex foram transferidas aos credores em dezembro de 2006. O Itaú Unibanco é o que detém a maior fatia do conjunto desses ativos (29,63%), seguido por Bradesco (29,07%), Petros (26,64%) e Itaú BBA (14,66%).
O processo de recuperação financeira da empresa foi longo. Iniciou-se em 2003, ainda como uma concordata preventiva. Em 2005 foi substituído por um processo de recuperação judicial, mas somente em 2007 o plano foi aprovado. Na época, a dívida da companhia era avaliada em R$ 485 milhões, de acordo com informações publicadas pelo Valor na época. A transferência de propriedades foi uma das formas que a Eucatex encontrou para fazer o pagamento aos credores.
Bancos e um fundo de pensão lançaram um processo de licitação das terras que deverá movimentar, no mínimo, R$ 146 milhões. As propostas serão recebidas e abertas no dia 15 de julho.
Todas as propriedades estão localizadas no Estado de São Paulo e somam uma área de 8,6 mil hectares, quase um quinto do atual cultivo de florestas plantadas da Eucatex - que tem 44 mil hectares, todos também em São Paulo. A companhia é uma das maiores fabricantes do país de produtos de madeira como pisos laminados e portas, e entrou em processo de recuperação financeira em 2003.
As fazendas de eucalipto a serem licitadas foram distribuídas em dois lotes. O primeiro deles, com três propriedades, tem 3,6 mil hectares e valor mínimo de arremate de R$ 70,986 milhões. O segundo é formado por quatro fazendas e uma área de aproximadamente 5 mil hectares. O lance mínimo deste bloco foi estipulado em R$ 76,793 milhões.
Ainda não é possível avaliar o tamanho da demanda por essas áreas, porque as propostas serão entregues e divulgadas no mesmo dia. Mas o banco Bradesco, que lidera a organização do processo de licitação, vem desde o mês passado divulgando anúncios em jornais sobre a venda. Abriu também um plantão para fornecer informações e visitas aos interessados em conhecer as propriedades.
Procurado, o banco preferiu não conceder informações sobre a situação das fazendas, assim como das plantações de eucalipto, cultura que está em alta no Estado de São Paulo e cujo avanço só é menor que o da cana no Estado. Mas, segundo uma avaliação superficial da NAI Commercial Properties (multinacional do ramo imobiliário) feita a pedido do Valor, as propriedades estão sendo colocadas à venda por preços de mercado.
Aloisio Feres Barinotti, CEO da NAI, pondera que não se sabe a quantidade equivalente de madeira existente dentro das fazendas. Mas, a partir da relação entre preço, tamanho da área e município, é possível afirmar que o valor mínimo pedido pelo hectare do lote 1 (Anhembi e Botucatu) é de cerca de R$ 19 mil. "Trata-se de uma região mais valorizada, com melhores estradas. Esse preço está na média de mercado", afirma.
Avaliação semelhante também é feita no caso do lote 2 (Angatuba, Itu, Pilar do Sul e Salto de Pirapora). Na média, explica Barinotti, o valor mínimo pedido pelo hectare neste lote está em R$ 15 mil, preço "razoável" para aquisição se a área estiver bem reflorestada e em época de corte. "Uma fazenda boa de laranja em Angatuba está valendo R$ 20 mil o hectare", compara.
A licitação ofereceria uma maior oportunidade relativa ao comprador se os preços estivessem na chamada categoria "liquidez forçada" - ou seja, quando os preços pedidos são de 30% e 40% abaixo dos de mercado para agilizar a venda, segundo o especialista.
As fazendas da Eucatex foram transferidas aos credores em dezembro de 2006. O Itaú Unibanco é o que detém a maior fatia do conjunto desses ativos (29,63%), seguido por Bradesco (29,07%), Petros (26,64%) e Itaú BBA (14,66%).
O processo de recuperação financeira da empresa foi longo. Iniciou-se em 2003, ainda como uma concordata preventiva. Em 2005 foi substituído por um processo de recuperação judicial, mas somente em 2007 o plano foi aprovado. Na época, a dívida da companhia era avaliada em R$ 485 milhões, de acordo com informações publicadas pelo Valor na época. A transferência de propriedades foi uma das formas que a Eucatex encontrou para fazer o pagamento aos credores.
Fonte: Valor Econômico
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