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Notícias
06
jul
2010
(PAPEL E CELULOSE)
APP quer produzir celulose no Brasil
Empresa deve investir US$ 1 bi para produzir no País.
O Brasil poderá ter em breve mais um aporte que poderá elevar em 5% a previsão de US$ 20 bilhões no ciclo 2010-2017. Iniciadas as obras da maior linha de produção de celulose do mundo, a da Eldorado Celulose, agora é a vez da Asia Pulp & Paper (APP) de voltar sua atenção para o Brasil. A companhia, que possui fábricas de papel na China e na Indonésia que somam 15 milhões de toneladas de capacidade instalada, prevê investir pelo menos US$ 1 bilhão na produção da commodity no País.
Geraldo Ferreira, diretor-geral da subsidiária da APP no Brasil, afirmou que a empresa procura por terras para floresta própria, fábricas de celulose ou algum parceiro que atenda aos dois quesitos anteriores. Ele disse que a empresa está de olho para o maior país da América do Sul depois da crise mundial. "Estamos focados no Brasil em regiões como sul, centro oeste e possivelmente nordeste. Queremos fabricar a celulose aqui e exportar para nossas fábricas na China, e depois importar para cá o produto final: o papel", afirma Ferreira. O porta-voz lembrou que pode ser escolhida mais de uma alternativa.
Com essa incursão no Brasil, a APP busca reduzir a dependência de celulose de fibra curta de mercado e de seus constantes aumentos, que vêm se sucedendo desde o ano.
passado. Atualmente, a APP produz uma parte da celulose que utiliza em suas linhas - são 20 fábricas ao todo. De acordo com Ferreira, a empresa asiática compra cerca de dois milhões de toneladas anuais dessa matéria-prima no mercado. Um quarto deste volume tem origem brasileira.
Os motivos que levaram a APP a querer entrar neste mercado estão relacionados ao menor custo de produção da commodity em terras nacionais. Segundo dados da entidade setorial, a produtividade das florestas plantadas de eucalipto em 2009 alcançou 44,2 metros cúbicos por hectare ao ano e prazo de maturação de sete anos. Esse índice de produtividade é muito mais elevado que a média encontrada na Europa, onde a empresa tem uma fábrica (França). De acordo com os dados da Bracelpa, naquele continente o rendimento anual não passa de 12 metros cúbicos por hectare plantado.
Por esses motivos, Carvalhaes não se surpreende com a vinda de empresas como a APP, pois, além do menor custo de produção, há cerca de 70 milhões de hectares de terras aráveis. A maior parte dessa área, explica ela, está localizada no centro-oeste. Não coincidentemente, é nessa região do País que está a mais nova fábrica do setor em operação, a Fibria, em Três Lagoas, e uma outra que está em construção no mesmo município, a Eldorado Celulose.
Ferreira compartilha da mesma opinião: para ele, as condições de produtividade brasileira atraem os investidores e os fabricantes de papel. "A consolidação do setor está trazendo empresários do segmento para o Brasil em busca de matéria-prima", afirmou o executivo.
Expansão
A estimativa da associação é de que, com os US$ 20 bilhões de investimentos já conhecidos, o setor aumente em 25% a base florestal e eleve a produção da commodity dos atuais 14 milhões de toneladas para até 22 milhões de toneladas ao final deste período. Em papel, a expectativa é de passar a produzir 13 milhões de toneladas do produto, crescimento de cerca de 40% ante o registrado no ano passado.
O vice-presidente da consultoria finlandesa Pöyry e membro do conselho da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Carlos Farinha e Silva, é mais otimista.De acordo com ele, com a chegada de novas empresas ao País e com os projetos de implantação de novas fábricas, a produção de celulose, até meados de 2020, deverá aumentar 100%. Segundo ele, além dos novos projetos em andamento, a produção já deve aumentar entre 2010 e 2011 em função de melhorias nas fábricas.
O Brasil poderá ter em breve mais um aporte que poderá elevar em 5% a previsão de US$ 20 bilhões no ciclo 2010-2017. Iniciadas as obras da maior linha de produção de celulose do mundo, a da Eldorado Celulose, agora é a vez da Asia Pulp & Paper (APP) de voltar sua atenção para o Brasil. A companhia, que possui fábricas de papel na China e na Indonésia que somam 15 milhões de toneladas de capacidade instalada, prevê investir pelo menos US$ 1 bilhão na produção da commodity no País.
Geraldo Ferreira, diretor-geral da subsidiária da APP no Brasil, afirmou que a empresa procura por terras para floresta própria, fábricas de celulose ou algum parceiro que atenda aos dois quesitos anteriores. Ele disse que a empresa está de olho para o maior país da América do Sul depois da crise mundial. "Estamos focados no Brasil em regiões como sul, centro oeste e possivelmente nordeste. Queremos fabricar a celulose aqui e exportar para nossas fábricas na China, e depois importar para cá o produto final: o papel", afirma Ferreira. O porta-voz lembrou que pode ser escolhida mais de uma alternativa.
Com essa incursão no Brasil, a APP busca reduzir a dependência de celulose de fibra curta de mercado e de seus constantes aumentos, que vêm se sucedendo desde o ano.
passado. Atualmente, a APP produz uma parte da celulose que utiliza em suas linhas - são 20 fábricas ao todo. De acordo com Ferreira, a empresa asiática compra cerca de dois milhões de toneladas anuais dessa matéria-prima no mercado. Um quarto deste volume tem origem brasileira.
Os motivos que levaram a APP a querer entrar neste mercado estão relacionados ao menor custo de produção da commodity em terras nacionais. Segundo dados da entidade setorial, a produtividade das florestas plantadas de eucalipto em 2009 alcançou 44,2 metros cúbicos por hectare ao ano e prazo de maturação de sete anos. Esse índice de produtividade é muito mais elevado que a média encontrada na Europa, onde a empresa tem uma fábrica (França). De acordo com os dados da Bracelpa, naquele continente o rendimento anual não passa de 12 metros cúbicos por hectare plantado.
Por esses motivos, Carvalhaes não se surpreende com a vinda de empresas como a APP, pois, além do menor custo de produção, há cerca de 70 milhões de hectares de terras aráveis. A maior parte dessa área, explica ela, está localizada no centro-oeste. Não coincidentemente, é nessa região do País que está a mais nova fábrica do setor em operação, a Fibria, em Três Lagoas, e uma outra que está em construção no mesmo município, a Eldorado Celulose.
Ferreira compartilha da mesma opinião: para ele, as condições de produtividade brasileira atraem os investidores e os fabricantes de papel. "A consolidação do setor está trazendo empresários do segmento para o Brasil em busca de matéria-prima", afirmou o executivo.
Expansão
A estimativa da associação é de que, com os US$ 20 bilhões de investimentos já conhecidos, o setor aumente em 25% a base florestal e eleve a produção da commodity dos atuais 14 milhões de toneladas para até 22 milhões de toneladas ao final deste período. Em papel, a expectativa é de passar a produzir 13 milhões de toneladas do produto, crescimento de cerca de 40% ante o registrado no ano passado.
O vice-presidente da consultoria finlandesa Pöyry e membro do conselho da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Carlos Farinha e Silva, é mais otimista.De acordo com ele, com a chegada de novas empresas ao País e com os projetos de implantação de novas fábricas, a produção de celulose, até meados de 2020, deverá aumentar 100%. Segundo ele, além dos novos projetos em andamento, a produção já deve aumentar entre 2010 e 2011 em função de melhorias nas fábricas.
Fonte: DCI/Celulose Online
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